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𝙈𝙖𝙙𝙚𝙡𝙮𝙣 𝙒𝙝𝙚𝙚𝙡𝙚𝙧

- Não funciona, ele toca, mas ninguém fala. - Falei assim que vi Finn tentando usar o telefone.

- Então porque toca? - Ele perguntou vindo até mim.

- Eu também não sei, me assusta as vezes, mas acho que já me acostumei. - Dei de ombros. - Quando estava aqui com Bruce, ele percebeu uma rachadura na cerâmica do banheiro, então começamos a cavar um buraco.

Puxei Finn junto comigo até o banheiro, tirando o tapete vermelho que cobria o buraco, Finn olhou o buraco e arregalou os olhos surpreso.

- Ainda não consegui atravessar tudo, mas cavei uma boa parte. - Cruzei os braços.

- Já é um bom começo. - Finn se ajoelhou e começou a cavar, ao menos ele era esforçado.

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- Sabe, seu pai nunca desiste de te procurar, sempre o vi colocando mais e mais cartazes sobre você. - Finn comentou depois de um tempo em silêncio, apenas cavando o buraco.

- Ele nunca desistiria tão fácil, ele não é muito de confiar na polícia, sabe que tem coisas que eles não contam e isso irrita ele. - Disse, colocando mais areia no vazo.

- A única pista que encontraram sua até hoje, foi sua bicicleta jogada na sua e uma pedra com seu sangue. - Ele falou e franzi o cenho.

- Maldita pedra. - Respirei fundo. - Grabber tem uma boa mira.

- Como veio parar aqui? Digo, como acabou sendo sequestrada junto com o Bruce? - Ele perguntou.

- Estava no lugar errado e na hora errada. - Falei simples. - Uma das coisas que eu mais gosto, é a fotografia, eu tinha uma câmera e um quarto cheio de álbuns infinitos de fotos. - Sorri levemente. - Eu tinha uma mania de fazer um álbum para cada mês, naquele dia, faltava apenas uma foto para completar o mês de Agosto, a ideia era tirar uma foto de bairro qualquer, talvez registrar como foi um mês difícil para toda a cidade de Denver.

- Você acabou parando no mesmo bairro onde Bruce estava prestes a ser sequestrado. - Ele deduziu e eu concordei.

- Eu vi ele sendo sequestrado, eu teria ido embora, mas fiquei com peso na consciência, meu plano era tirar uma foto do Grabber, sair correndo e mostrar para a polícia, mas ele me viu, o flash da câmera estava ligada. - Um arrepio subiu por minha espinha ao lembrar. - Eu tentei fugir, quase consegui, ele me acertou com pedra e eu cai, ele conseguiu me pegar e aqui estamos!

Abri os braços, tentando soar engraçada, falhando obviamente. Finn me olhou com pena e eu dei de ombros.

- Sinto muito Lyn, você não merecia isso. - Ele falou calmo.

- Nenhum de nós merecia. - Falei sorrindo tristemente.

Continuamos cavando em silêncio, as vezes parando por conta do cansaço e pela fome, Grabber ainda não tinha nos trazido comida.

Ouvi o telefone tocar, não dei muita importância por saber que não iria dar em nada, diferente de Finn, o mesmo parou o que estava fazendo e foi até o telefone, não me dei o trabalho de o avisar novamente, sabia que ele iria tentar até descobri algo.

- Alô? Tem alguém aí? Precisamos de ajuda. - Ouvi sua voz de longe. Se passou um tempo até que vi ele se afastar com medo e se jogar no chão.
Me levantei e lavei as mãos na privada, indo até o mesmo.

- Finn? Tá tudo bem? - Perguntei, minha voz foi cortada quando o telefone tocou novamente, o barulho irritante ecoava pelo local me dando náuseas, Finn ainda estava no chão, assustado.

Fui até o telefone o atendendo e colocando no lugar novamente, aquele barulho me assustava. Olhei para Finn que levantou-se mas ficou parado no lugar. O telefone toca novamente, me assustando, fazendo com que eu me afaste e vá para perto de Finn.

Dessa vez o toque do telefone não teve um intervalo, o barulho ficava constantemente tocando e não parava, nos deixando tensos, Finn respirou fundo e foi até ele o atendendo.

Observei confusa o "diálogo" que Finn teve com alguém, talvez ele esteja ouvindo coisas, mas porque pelo telefone? Porque só ele ouvia?
Ele respondia perguntas e fazia também, me deixando nervosa.

- Bruce... Bruce Yamada? - Ele perguntou, me olhando quando falou o nome de Bruce, franzi o cenho curiosa e surpresa.

- Porque falou o nome dele? - Me aproximei quando ele desligou o telefone. - Tá com algum tipo de brincadeira com a minha cara? Sério?

- O que? Não! - Ele negou rapidamente. - Bruce falou comigo, pelo telefone! Eu juro, não faria esse tipo de brincadeira com você.

- Sobre o que falaram? - Perguntei cruzando os braços.

- Ele me disse sobre as rachaduras na cerâmica, falou que tentou cavar com você até o outro lado, mas não teve tempo o suficiente. - Ele falou, engolindo seco. - Não sei como isso é possível, mas ele falou falou comigo.

- Porra, era para ter me avisado antes que ouvia espíritos. - Soltei o ar que havia prendido e me sentei na cama.

- Nem eu sabia disso. - Ele se sentou ao meu lado.

- Você tá bem? - Perguntei quando percebi sua mão tremendo ao meu lado.

- Vou ficar. - Ele suspirou trêmulo, segurei sua mão e as entrelaçei.

- Estou com você, Finn.

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Hey guys!

Capítulo pequeno mas gostei até, eles vão ter mais diálogos daqui pra frente mas no momento é tudo o que posso fazer.

É isso, espero que gostem.
Desculpem qualquer erro de ortografia.

Votem e comentem, isso me ajuda muito<3

𝕆𝕟𝕝𝕪 𝕐𝕠𝕦 ༺♡༻ 𝐅𝐢𝐧𝐧𝐞𝐲 𝐁𝐥𝐚𝐤𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora