Não se sabia ao certo quando Yeonjun, mais uma vez, passou a questionar-se sobre o que sentia. Olhando de volta para seu passado, era como se estivesse perguntando-se a mesma coisa por dias e dias, desde o dia em que nasceu. Simpatia? Paixão? Amor? Gostar? Dependência? Carência.
Afinal, quão confuso poderia ser?
Já haviam se passado algumas semanas e, bem, a crise de Yeonjun era justamente por não saber se finalmente poderia dizer que amava Soobin. Acreditava amá-lo como nunca fez antes, pois tudo sobre Soobin era tão … único.
Mas havia aquela voz em sua mente, aquela mesma vozinha aterrorizante e desagradável de sempre. A mesma voz que o perturbava dias e noites, dos bons momentos aos piores, era a maldita voz da dúvida, agressividade e da negatividade. Às vezes, até mesmo parecia outra pessoa tentando tomar o controle de sua consciência – ele sabia que era só a sensação, a voz sendo mais como a personificação utópica de seus impulsos e humor quebrado.
– Yeonjun, você tem realmente a idade que diz ter? – Soobin bufou, sua face estóica adotando uma expressão zangada. – Apenas sente-se adequadamente e assista.
– Não! Eu me recuso a assistir essa porcaria de novo!
– Não fale assim de O Show de Truman – repreendeu.
Eles estavam sentados, bem, Soobin especificamente era quem o fazia, pois Yeonjun resolveu que irritar o namorado, cutucando suas bochechas elásticas ou esfregando o rosto em sua roupa, seria muito mais eficiente – afinal assistir o mesmo filme pela terceira vez parecia realmente desagradável. Sabe-se lá quantas vezes Soobin já havia assistido aquele filme, pois apenas três vezes é que não havia sido. Ele parecia saber os diálogos e cenas de cor e salteado.
Soobin era realmente uma pessoa calma, não dando o mínimo olhar para o mais velho, ignorando completamente suas travessuras. Yeonjun revirou os olhos, decidindo mudar sua tática. No fundo, o rapaz sabia que não era o profundo desgosto pelo filme entediante que o fazia remexer-se hiperativamente e sim a falta de atenção que recebia.
Ele convidou Soobin para assistir e a partir do momento em que o filme passou a rolar, Yeonjun já sabia; nada muito emocionante aconteceria, pois Soobin era o tipo de cara que, realmente, você o chamou para assistir? Então era isso que ele faria. Você o chamou para beijar ou dar abraços? Bom, era isso que ele faria.
Era assim o Choi Soobin.
Ele também era realmente bom com promessas.
Cansado de ser ignorado, Yeonjun passou as pernas sobre as coxas de Soobin, sentando-se no colo do mais novo, impedindo-o de enxergar com clareza e qualidade o filme na televisão. Instantaneamente após sentar-se no colo, Yeonjun sentiu mãos grandes e fortes tomando conta de sua cintura, fazendo-o estremecer pelo contato mínimo. Ele admitia que estava na seca há algum tempo. Soobin também não dava resquícios de que um dia iria até o final com ele.
Entretanto, os olhos escuros e inexpressivos jamais se desviaram da televisão.
– Soobin, porra, você está fazendo de propósito – xingou.
Soobin finalmente encontrou seus olhos, um sorriso gélido brincando no cantos de seus lábios rosados e macios, banhados em algum lip balm aleatório de Yeonjun. Suspirando em desistência, Soobin finalmente desligou a televisão. Ele agora examinou a face de Yeonjun, que parecia ainda mais emburrada do que momentos antes.
– Você está bastante inquieto, quer conversar sobre o que está te incomodando? – Começou, rindo soprado quando Yeonjun revirou os olhos. Soobin apertou a cintura bem moldada por baixo da blusa estilo social, pousando sua testa no ombro do rapaz, aspirando o aroma masculino que Yeonjun exalava.

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Good boy bad guy (Yeonbin)
Fanfiction- Hoje eu vou te dar o que você quiser. Que grande erro eram suas palavras, Yeonjun pensou. Soobin era presunçoso o bastante para achar que podia dar-lhe o mundo? Instigado, Yeonjun percebeu que seu mundo agora não era nada mais do que ele. Se Soo...