Aquele era Finney Blake, na hora eu não disse seu nome, mas eu sabia que era ele.
O silêncio tomou conta do espaço, mas logo o sequestrador quebrou ele.
-Mas, eu não vou mais machucar vocês. -Ele diz olhando para Finney e logo olhou para mim. -O que eu disse sobre quebrar seu pescoço.. eu estava com raiva, apenas. -Ele soltou ar pela boca, enquanto falava. -Vocês não precisam ter medo, por que nada de ruim vai acontecer aqui, nisso eu dou minha palavra. -Ele colocou meu cabelo atrás da orelha, e tirou o cabelo de Finn dos olhos do mesmo.
-Vocês gostam de refrigerante? -Ele colocou a mão em meu ombro.-Sabe, eu vou pegar um refrigerante para vocês, e então.. -O sequestrador olhou para trás.
-Aquilo foi o telefone? Vocês escutam um telefone tocando? -Ele olhou para o lado, mas assustada, eu não tive a curiosidade de saber o que ele estava olhando.-Eu vou ver o que é e aí eu busco um refrigerante pra vocês, aí eu volto e explico tudo, hum? -Ele se levantou e foi a direção da porta, eu pensei em me levantar mais fiquei assustada. Ele fechou a porta, a porta era de metal ou ferro, e tinha uma tranca.
Finney se levantou.
-Aonde você vai? -Eu segui ele com o olhar. Finney se aproximou da porta e tentou abrir. Quando viu que não tinha saída, ele virou a direita, entrando em um pequeno corredor, eu fui atrás dele imediatamente. Quando eu cheguei, ele acendeu uma luz, puxando uma corda. Era um pequeno banheiro, apenas com um vaso sanitário, mas tinham alguns tapetes ao lado. Ele voltou para aonde estávamos. Eu fui atrás dele novamente.
Ele parou no caminho e encarou um telefone preto que tinha na parede. Ele olhou para trás e eu logo fui até o telefone. Eu peguei o telefone e coloquei na orelha, e disquei o número da polícia. Finney não falou nada para mim, apenas ficou me olhando. O telefone não funcionava e eu olhei o telefone todo para ver o motivo. O fio era cortado.
Eu me sentei no colchão, com minhas costas apoiadas na parede, Finney se deitou ao meu lado e tentou dormir. Eu tentei também mesmo estando com medo, adormeci rapidamente.
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Eu acordei e ouvi um telefone tocando, eu "balancei" Finn fazendo ele acordar e nós nos levantamos rapidamente e eu fui até o telefone. O telefone não tocou de novo, mas eu tentei atender ele do mesmo jeito. Finney ficou do meu lado, tentando ouvir o que iam falar.
-Não funciona, não desde que eu era criança. Pendure. -O sequestrador abriu a porta silenciosamente e falou. Ele acendeu a luz pelo interruptor que tem no lado de fora.
Eu olhei para trás sincronizada com Finn.
-Eu sei que vocês estão com medo e querem ir para casa, eu vou deixar vocês em casa em breve. É só.. Ah, tudo já está fodido. Vou ter que ficar lá em cima por um tempo. Algo surgiu.
-O que? -Finney perguntou e eu olhei para ele.
-Não importa o que. -O sequestrador retrucou.
-Alguém viu alguma coisa? -Finney continuou perguntando.
-A polícia está vindo? -Eu perguntei arqueando as sobrancelhas.
-Se você deixar a gente sair daqui antes deles chegarem, eu prometo que não vamos contar. -Finney olhou para mim e olhou para o sequestrador.
O sequestrador riu.
-Não é a polícia. -Ele respondeu-É alguém então? Alguém está vindo?! -Finney ia dar um passo a frente mas eu coloquei meu braço em sua frente, impedindo que ele chegasse perto do sequestrador.
-Nós vamos gritar. Se tiver alguém lá em cima, essa pessoa vai nos ouvir. -Finney falou. Eu tirei meu braço do caminho e Finney continuou ao meu lado.
-Não, ele não vai, não com a porta fechada. -O sequestrador segurou na maçaneta da porta.
-Ele? -Eu perguntei.
O sequestrador estava perdendo a paciência então ele respirou fundo.
-Com a porta fechada, ninguém consegue ouvir nada aqui em baixo. Eu mesmo insonorizei essa sala, então gritem o quanto quiser, vocês não vão incomodar ninguém! -Ele foi aumentando seu tom de voz.
-Você.. Você matou os outros! Bruce, Robin. -Meus olhos encheram de lágrimas.
-Não foi eu, foi outra pessoa. -Ele se aproximou um pouco e parou.
-Eu não vou fazer nada que vocês não.. gostem. -Sua voz era trêmula, me causava arrepios e me assustava cada vez mais.-Se você tentar me tocar eu vou arranhar seu rosto como antes, e quem ver vai perguntar o por quê. -Eu estava começando a me estressar.
-Esse rosto?-O sequestrador olhou para cima e abriu suas mãos, colocando elas em direção ao seu rosto.
-Pendure o telefone, AGORA. -Ele baixou suas mãos.Eu pendurei o telefone e olhei para ele com uma expressão de ódio.
O sequestrador respirou fundo.
-Eu estava aqui embaixo uma vez quando tocou. Ooh, que coisa mais assustadora. Acho que é a eletricidade estática que faz isso, ele disparou bem quando eu estava ao lado dele. Peguei sem pensar, para ver se alguém estava lá. -O sequestrador falou.-E tinha alguém lá? -Finney perguntou.
-Não. O sequestrador balançou negativamente a cabeça e saiu, logo apagou as luzes.
-AJUDA!! POR FAVOR!! ALGUÉM ME AJUDA!! -Finney começou a gritar desesperadamente.
Em vez de gritar também, eu olhei em volta de todo o espaço e vi uma pequena janela,era larga, mas era pequena e estava no topo da sala.
-Finney! Para! Em vez de ficar gritando, por que a gente não tenta abrir aquela janela? -Eu apontei a janela e Finney ficou de frente a janela, logo tentou pular em cima da janela. Ele pegou impulso inúmeras vezes, mas não estava funcionando.
Eu fui até o colchão e tentei tira-lo do chão, tentei puxar o lençol também, mas eles eram presos no chão.
-Pare, pare, pare com isso, se alguém pudesse quebrar aquela janela, já teriam feito isso. -Finney andou de um lado pro outro, tentando pensar em algo.
-Robin teria feito isso. -Nós sentamos no colchão, um do lado do outro.
-Não vamos sair daqui, não vamos sair daqui. -Finney olhou para mim, ele estava sério, mas eu conseguia ver o desespero em seu olhar.
FIM
"Oh I'm not longer a kid." -De Finney, para alguém.
"Oh, eu não sou mais uma criança."
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5 ligações. - O telefone preto. - Finney Blake.
Ficção AdolescenteEm uma cidade pequena, um sequestrador está a solta, ele sequestra apenas garotos, mas em um certo dia, acabou sequestrando uma garota por engano.