O telefone tocou, eu me assustei, então na hora, eu me levantei e fui dando passos para trás, Finney logo se levantou e fez a mesma coisa. O telefone seguiu tocando. Até que eu decidi atender.
Eu atendi o telefone.-Olá? -Finney veio para perto de mim para ouvir o que a pessoa iria falar.
Eu pensei em desligar, quase pendurei o telefone de novo, mas coloquei em minha orelha novamente.
-Olá? -Ninguém respondeu, então eu desliguei.
-Eu só queria voltar para casa. -Eu me deitei de barriga para cima no colchão, olhando para o teto.
-Eu sinto falta da minha irmã. Aqui é tão assustador. -Finney fez a mesma coisa.
Nós conversamos um pouco sobre como tudo aconteceu, e eu acabei pegando no sono, acredito que Finney também dormiu logo em seguida.
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Eu acordei lentamente, e olhei para o telefone, minha visão estava embaçando.
-Pare. -Eu falei comigo mesma.
-Parar com oque? -O sequestrador falou, ele estava no canto da sala, agachado. Eu me assustei e me sentei no colchão, com a respiração ofegante, Finney acabou acordando também.
-Estamos com fome, precisamos de comida. -Finney falou.
-Como estão os olhos de vocês? -O sequestrador perguntou.
-Eles doem. -Eu respondi.
-Bem, eu não posso trazer nada para vocês comerem, vocês terão que esperar.-O sequestrador se levantou e foi em direção a porta.
-Há alguém lá em cima que vai trazer comida pra gente? -Finney seguiu questionando.
-Vocês não tem que se preocupar com isso. -Ele segurou na maçaneta da porta.
-Se você não veio nos dar comida por que você veio aqui? -Eu me levantei e fui indo a sua direção.
-Só para olhar para vocês. Eu só queria olhar para vocês.-Seus olhos encheram de lágrimas.
-Eu vou embora. -O sequestrador fechou a porta.Eu olhei para Finney com uma expressão assutada e logo me sentei no colchão.
-Ele é um pedófilo. -Eu fui na direção de Finney.
-O que? -Finney encostou suas costas na parede, eu fiz a mesma coisa.
-Não acha estranho? Você viu o que ele acabou de falar? Ninguém faz isso do nada. -Eu olhei para Finney.
-Eu estou assustado. -Ele olhou fixamente pra porta.
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O telefone tocou novamente. Finney, que estava deitado, se sentou na cama, assutado encarando o telefone. Ele se levantou e foi até o telefone, atendendo. Eu fui até ele.-Olá? -Finney olhou para mim e chegou mais perto, fazendo com que eu conseguisse ouvir também.
-Tem alguém aí? -Eu perguntei. -Precisamos de ajuda.
Apenas conseguia ouvir um ruído.
-Olá? -Finney insistiu.
-Finney.. -Finney desligou o telefone imediatamente e foi para trás, acabou caindo no chão.
-O que há de errado? Por que desligou. -Eu perguntei enquanto ia até ele.
-Aquilo me assustou. -Ele gaguejou um pouco.
-Eu atendo na próxima, vem. -Eu estendi minha mão e ajudei Finney a se levantar.
O telefone tocou de novo, mas Finney passou em minha frente e desligou.
-Pare com isso! Espere tocar de novo! E não desligue da próxima vez. -Eu fui até ele novamente.
O telefone começou a tocar repetidamente.
-Eu conheço esse "toque" eu vou atender. -Eu atendi o telefone e Finney chegou mais perto.
-Não desligue.
-Eu não vou. Quem é?
-Eu não lembro do meu nome.
-Por que não?
-É a primeira coisa que você perde.
-A primeira coisa que você perde quando?
-Você sabe quando.
-Como você soube o nome dele?
-Eu me encontrei com ele uma vez. Passe o telefone para ele.
-Eu passei o telefone para Finney.
-Seu braço é uma máquina, você quase me pegou.
- Bruce? Bruce Yamada?
-S-sim. Bruce, E-Eu sou o Bruce. Seu braço é uma máquina, você quase me pegou.
-O telefone tocou para você?
-Tocou, mas nenhum de nós ouviu. Só vocês. O sequestrador ouve o telefone também, mas ele não quer acreditar.
- Por que você está ligando para a gente?
- Seu braço é uma máquina, você quase me pegou. Estou aliviado que vocês estão juntos. Passe para ela.
-Finney passou o telefone para mim.
-Sim?
-Há uma seção de terra no chão do corredor, onde tem um azulejo solto.
-Ok?
-Vocês precisam cavar abaixo da fundação. Eu tentei mas não deu tempo
de abrir e sair do outro lado.-Teremos tempo?
*Ligação encerrada.*
-Ele desligou? -Finney pegou o telefone e colocou em seu ouvido.
-Olá? Bruce? Bruce? -Finney pendurou o telefone.-Você ouviu o que ele disse, certo? -Eu fui indo em direção ao corredor.
-Certo. -Finney começou a me seguir.
-Aqui está. -Eu puxei o azulejo solto e comecei a puxar mais azulejos.
-Vamos começar a cavar. -Finney começou a puxar a areia.
Sempre que fazíamos uma pequena montanha de areia, eu levava de pouco em pouco a areia para o vaso, que era logo a frente e dava descarga.
Nós terminamos de cavar.
-Como iremos cobrir isso? -Finney perguntou.
Eu olhei para os tapetes que por algum acaso estavam lá.
FIM
No errands today.
Sem recados hoje.
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5 ligações. - O telefone preto. - Finney Blake.
Novela JuvenilEm uma cidade pequena, um sequestrador está a solta, ele sequestra apenas garotos, mas em um certo dia, acabou sequestrando uma garota por engano.