DESTINADOS

CAPÍTULO XI

O barulho da chuva a despertou, ela olhou em volta e notou que já era noite. Notou que estava em um quarto desconhecido, tentou se levantar mas a sua cabeça doía, ela sentia como se tivesse levado uma pancada, suas lembranças estavam borradas, mas ela se lembrava de seu primo tentando abusar dela, seu estômago se embrulha com essa lembrança. Lágrimas ameaçavam cair, conforme o desespero que sentiu a tomava novamente.  

-Tente descansar - A voz grave soou de uma poltrona do lado esquerdo da cabeceira na grande cama que estava deitada. - Você passou por um trauma, deve descansar - Yaman estava sentado ali a observando, mesmo sobre a penumbra do quarto, ela notou que o seu olhar não continha a arrogância como da última vez que se viram.

- O que você está fazendo aqui? - Pergunto

- Você não se lembra? - Ele se aproximou - Se eu não tivesse chegado a tempo...- Ela entao se lembrou quando seu primo foi arrancado de cima dela e as pancadas que se seguiram. Mas tudo era um borrão, ela se lembrava que Yaman se aproximou dela e do abraço que se seguiu em seu desespero. Depois disso não se lembrava de mais nada.

- Você estava lá...- balbuciou.

- Sim - Ele voltou a sentar na poltrona sobre a penumbra

- Eu...achei que estava perdida - Digo- Eu tentei lutar, mas...

- Eu sei- Ele disse - Você deve descansar, não será fácil, as lembrancas elas podem doer ou a machucar, mas o que importa é o momento. E nesse momento você está bem, nada lhe fará mal. Agora descanse!

Ele a observava enquanto ela fechava os olhos e dormia. Naquele dia quando ela desmaiou em seus braços, ele foi tomado por um desespero. Ele a levou aonde ninguém saberia dos últimos acontecimentos. A pequena casa do seu tio Arif, estava desocupada. Arif não era bem seu tio, mas sempre esteve presente em sua vida quando pequeno. Ele estava viajando junto com uma grande amiga e não tinha previsão de retorno. Mas como sua casa ficava longe de tudo e de qualquer vizinhança, era a melhor solução no momento. No meio do caminho, ele ligou para seu médico particular, passando o endereço da residente para encontrá-los. Quando chegarem ele a colocou no quarto de visitas e sentou na poltrona ao seu lado, vendo o medico a examinar. Segundo ele, ela ficaria bem. Pediu descanso absoluto e passou alguns analgésicos. Só então, ele se permitiu relaxar e pensar na turbulências de seus pensamentos. Ele sabia que estava sendo fraco demais quando estava com aquela garota e isso não bom. Ele sabia que jamais deveria confiar em mulher nenhuma, em toda sua vida, seu sofrimento foi baseado nos interesses delas e em seu egoísmo. Porque aquela seria diferente? Ele continuou a observando dormir e questionando o que faria com ela, quando seu celular tocou.

- Sim?-Questionou

-Senhor Yaman- Seu fiel mordomo Cenger estava na linha - Desculpa incomodar, mas é de extrema urgência. O pequeno Yusulf ainda não comeu nada, estamos bastante preocupados.

- Diga a ele para jantar e que se ele for um bom menino vou levá-lo para velejar. Disse

- Tio, é meu tio?- Ele escutou a voz de seu sobrinho - Tio, se eu comer você vai levar minha tia junto? A voz chorosa de seu sobrinho o incomodou

- Meu parsha, você deve comer. Independente se sua tia vai aparecer ou não. Você vai ficar doente e então teremos que ir ao hospital, é isso que você quer?

- Não, eu comerei se você me prometer que vai pensar...

- Irei pensar, tá bom? - Digo

- Você é o melhor tio de todo o mundo - A linha fica muda finalizando a ligação. Ele disca outrk número em seu celular e fixa os olhos novamente para a causadora da impertinência de seu sobrinho, já sabendo sabendo que fazer com toda aquela situação.

-Nedin?

- Yaman, aconteceu alguma coisa? Seu amigo pergunta na linha

- Retire a vaga de babá das agências- Digo

- Você encontrou a candidata? Ele questiona

- Sim, providencie o contrato, preciso dele para amanhã - Falo

- Preciso dos dados da candidata - Diz Nedin

- Seher Türkoğlu- Falo e desligo o telefone sem esperar pela resposta ou questionamentos de Nedin. Ele sabia que Nedin iria questionar ou até fazer alguma brincadeira mordaz e ele não estava com paciência para escutar. Ele sabia que não era uma boa ideia colocar ela sobre o mesmo teto em que ele vivia. Mas não tinha opção, Yusulf não pararia enquanto não tivesse ela ao seu lado, e quando o assunto é  a felicidade de seu sobrinho, ele faria de tudo para ver seu pequeno contente, inclusive deixar essa mulher na sua casa. Mas isso não quer dizer que ela se tornaria uma Krimilin, ela será sua empregada e portanto terá que aceitar seus termos, ele não irá aceitar menos que uma obediência cega.

Continua...

Meninas boa tarde! Espero que todas estejam bem, sei que o capítulo foi pequeno, mas prometo recompensar amanhã 🤭. Quero a opinião de todas sobre o que estão achando da série e quem quiser dar dicas estou a disposição para escutar. A pergunta que não sai da minha mente é, será que nossa Seher vai aceitar os termos do Yaman e se aceitar, será que ela vai obedecer cegamente ele? 🤔😏