CAPITULO XVI

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- Você me chamou?- A garota que vinha atormentando sua mente entra pela porta de seu escritório o olhando com receio

- Sim, pode entrar e feche a porta - Ela entra e faz o que mandei. O seu olhar então passeia sobre o escritório, ela parece analisar tudo a sua volta, seu olhar para na porta atrás de mim como se fizesse uma pergunta interna

- Essa porta é do meu quarto - Digo sem pensar e vejo ela corar - Como meu trabalho exigi muito de mim, ter um escritório conjugado com meu quarto, veio a calhar.

- Ah, bom isso facilita as coisas - Ela sorri sem jeito. O que o senhor precisa falar comigo?

- Porque você me deixou falando sozinho ontem? - Indago

- Eu? Desculpa, eu estava com muito sono. Não escutei você me chamar - Seus olhos corriam para os lados demonstrando nervosismo

- Não faça mais isso! Quando eu a chamar esteja atenta a tudo, você assinou um contrato. Deve estar disposta quando eu lhe chamar. - Digo levantando de minha cadeira escuto ela resmungar em resposta

- O que você disse? - Pergunto

- Que irei me atentar mais - Ela sorri amarelo

- Ótimo - Digo desconfiado- Não quero ter esse problema de novo.

- Somente isso, senhor? Preciso descer para servir o almoço para Yusulf.

- Somente. Quando for necessário, chamo-a novamente. Asseno com a cabeça e me retiro. Observo minhas mãos que estão tremulas, minha vontade era dar algumas bofetadas naquele rosto escultural para tirar aquela arrogância toda. Suspiro para acalmar. Tenho que manter a obediência por Yusulf. Não posso perder essa oportunidade de ficar ao seu lado. Levanto minha cabeça e sigo para a cozinha. Yusulf já está esperando junto com os empregados na mesa, quando me avista ele vem ao meu encontro.

- Yusulf, você não pode comer aqui. Seu tio retornou e ele não vai gostar de ver você aqui - Digo

- Mas tia, por favor! Ele vai entender - Suplica o menino

- Não, meu querido. Se você prometer ir comer na sala de jantar com eles, eu irei fazer biscoito de limão a tarde  e deixarei você ser meu auxiliar, o que acha?

- Juraaa! Você promete?

- Sim, prometo! - Dou risada

- Eu irei, mas vou conversar com meu tio. Quem sabe ele não deixa você jantar conosco. Tento impedir o garoto mais ele sai correndo para a mesa de jantar

- Ah, Yusulf. Como eu gostaria que todas as pessoas nesse mundo fosse doce igual a você- Digo em devaneio

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Observo meu sobrinho na mesa, suas bochecha estão rosadas como se tivesse segurando o choro. Alguns minutos antes de sentarmos para almoçar. Yusulf me interceptou perguntando se sua tia poderia jantar junto com a família. Obviamente eu disse que não, que ela era empregada e que deveria comer na cozinha com os outros empregados.

- Mas tio! Ela é minha tia, portanto dessa familia! - Seu olhar suplicava.

- Ela não é uma Krimilin, não tem o direito a nada nessa casa. Não quero ouvir você dizendo mais isso, espero que essa seja a última vez, entendido? Você deve entender que toda mulher um dia vai embora. Aquilo me irritou, sabia que deveria ser mais delicado com ele, mas aqueles olhos verdes eram perigosos e Yusulf jamais poderia se magoar. Ele sabia que cedo ou tarde aquele mulher o abandonaria

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