Já estava escurecendo e Ikbal ficava cada vez mais desconfiada de que Yaman não tinha se livrado da garota. Fazia três dias que Yaman saiu da mansão arrastando a morta de fome escada abaixo, quando ela o viu tão furioso, já imaginava que ele iria descartá-la. Desde então, ele e nem a garota apareceu. Ikbal tentou contato com seus capangas, mas nenhum deles sabia informar o paradeiro dos dois. Ninguém da mansão, sabia dizer aonde eles poderiam estar. Nem mesmo o telefone, Yaman atendia. Cenger disse que não era para se preocupar, pois o patrão sabia se cuidar sozinho. O difícil era manter Ziya e Yusulf tranquilos. Seu demente marido não parava de chamar Yaman e por vez, dissemos para Yusulf que sua tia foi tratar questões de trabalho com seu tio. Mas em muitas oportunidades, ela dava entender para o garoto que a inocente tia tinha o abandonado, óbvio que ele foi ficando cada vez mais triste. E era o que ela mais queria, que aquela mulher nunca mais aparecesse. Mas foi naquela noite que seu tormento parecia apenas começar, ela viu quando carro de Yaman entrou na mansão, viu ele estacionar, tudo indicava que aquela mulher já não estava mais entre nós. Seu sorriso desapareceu quando viu Yaman sair e contornar o carro e, ao abrir a porta do passageiro, ele estendeu seu braço em ajuda. Ela notou pelo seu semblante que ele não aceitaria recusas. Para o seu horror, ela viu a parasita sair do carro, encarando Yaman nos olhos e ele baixando para dizer algum em seu ouvido. Imediatamente sentiu algum penetrar em sua mão. O copo que segurava, estava em cacos.
- Desgraçada! - Esbravejou- Maldita! O que ela fez para voltar para mansão? Que feitiço jogou?! Suas fontes, já não eram mais tão precisas como imaginava. Ela iria descobrir o que aconteceu e na primeira oportunidade tiraria aquela garota de uma vez da mansão Krimilin.
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Há muito tempo, eu experimentei o que era desespero. Quando minha genitora me abandonou, sem olhar para trás. O medo tomou conta de mim e de meus irmãos. Após alguns meses quando meu pai tirou sua própria vida por culpa de minha mãe, senti o que era desespero. Desde então, venho fechando todas as barreiras em volta de mim, o medo e o desespero já não fazia mais parte de minha vida. Até aquele momento, quando ela caiu em meus braços, o desespero tomou conta de mim. Lembro de gritar para Enrico entrar no carro, acomodo ela em meu colo conforme ele dirigia.
Ordeno que ele vá direto para a casa do meu médico particular, observo o rosto dela que está empalecido. Sua respiração está fraca, sinto meu corpo retesar. Como deixei isso acontecer? Antes de sair, meus seguranças sempre iam na frente para buscar possíveis ataques contra a minha família, tudo é meticulosa planejado.Ela choraminga em meus braços, e clamo aos céus para não ser tarde demais. Como o desespero é traiçoeiro, há muito tempo não penso em Deus, nem sequer acredito em sua existência. Mas ao sentir aquele pequeno corpo perdendo as forças em meu braço, clamo por misericórdia.Tudo se sucedeu-se de forma rápida, as lembranças se tornam um borrão conforme olho para pequena mão apoiada em meu braço. Sua fisionomia, por mais abatida que esteja, sua melhora era visível. A bala não perfurou nenhum órgão e ficou alocada no músculo, o que segundo o médico foi um milagre. E aquilo abalou todo o meu ser
- Não é necessário, todos vão notar que algum ocorreu...- Ela suspira
- Sei que minha presença não há agrada, mas peço que não se force muito, você escutou as recomendações médicas. Menos esforço possível...- Digo sucinto e ela acena com a cabeça. Olho para mansão a nossa frente, derepente a porta abri em um rompente, e um garoto de cabelos ondulados vem correndo em nossa direção
- Tiaaaaaa- Seu grito ecoa pelo jardim, conforme ele avança e agarra a cintura de Seher com tudo a fazendo grunir
- Yusulf, tome cuidado com sua tia - Digo nervoso
- Não precisa se preocupar, já estou melhor - Ela ignora totalmente as recomendações médicas e agacha para abraçar o pequeno menino - Senti tanta sua falta
- Eu também, tia - Suas lágrimas caem sob seu pequeno rosto- Eu achei que nunca mais iria te ver tia.
- Ora, não diga tolices! A tia está bem e estou aqui - Ela o abraça ainda mais, observo os dois juntos quando uma sombra aparece em minha visão
- Yaman? Seher? Aonde vocês estavam? Nos estávamos preocupados- Minha cunhada pergunta
- Senhora, estamos bem - Vejo quando Seher se levanta colocando a mão aonde foi atingida pelo disparo, sua fisionomia indicava dor.
- Estamos bem Ikbal, houve um ataque e precisamos nos esconder até que tudo estivesse bem
- Oh não! Espero que nada tenha ocorrido com vocês! - Sua preocupação era evidente
- Não, não ocorreu. Mas agora só quero comer alguma coisa e me retirar, creio que Seher também... - Vejo ela balançar a cabeça em concordância
- A Adalet está servindo o jantar, vamos entrar. Diz Ikbal sorrindo e percebendo que o assunto estava encerrado. Yaman percebeu o quanto sua cunhada era boa e sabia obedecer,
Olá meninas, andei sumida 😬😬😯😯
Depois de muitos pedidos, soltei mais um capítulo. Tentarei voltar a escrever 2 vezes na semana apra finalizar essa fic. Sinto que devo isso a vocês maravilhosas. 🥰🥰🥰
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DESTINADOS
RomanceSeher é uma garota humilde e pobre, que vivia com seu pai doente. Quando seu pai falece, ela busca por seu seu sobrinho, mas ela sabe que não vai ser fácil e que terá que ser forte, pois o menino vivia com seu tio Yaman Krimilin. Yaman Krimilin era...