DESTINADOS

CAPITULO XIV

Como ele ousava trata-lá daquela forma? Seher encarava com ódio o homem a sua frente. Ela tenta desvencilhar-se de seu aperto, mas ele não deixa. Tudo bem que ela assinou um contrato, mas aquilo era demais. Afinal, ela era a tia de Yusulf.

- Solte-me. Digo revoltada

- Não, aparentemente você não sabe interpretar as coisas. Eu lhe disse para não acordá-lo. Você desobedeceu minha ordem!

- Eu só fui cobrir o menino, ele claramente estava com frio. O que mais você queria que eu fizesse. Seria uma péssima babá, não acha? - Digo e ele arqueia sua sobrancelha, acabo me distraindo com esse gesto.

- O que eu faço com você? - Ele se questiona, seu olhar pousa sobre minha boca e vejo o seu olhar mudar,  seguro a respiração. Como pode em questão de segundos, esse homem causar um turbilhão de sentimentos em mim? Sinto o seu aperto se afrouxar, minha razão grita para fugir e me trancar no quarto e só sair quando for o Juízo Final. Mas minha emoção, grita para ficar só mais um pouquinho. Sendo a masoquista que sou, óbvio que a emoção fala mais alto. Aquela tensão no ar aparece novamente e sei aonde vamos parar. Que Deus me ajude!

- Yaman, querido! Está tudo bem? - Sinto o transe se quebrar conforme viro para a elegante mulher com olhar preocupado parada no meio do corredor - Escutei algumas vozes e fiquei preocupada...

- Está tudo bem, Ikbal - Yaman diz com certa dificuldade e eu o entendo. Eu não conseguia sequer expressar qualquer palavra naquele momento

- Seher, minha querida está tudo bem com você? Ela questiona lançando um olhar de solaio para Yaman

- Já disse que está tudo bem! - Yaman responde grosseiramente

- Estou bem, eu estava - Puxo meu braço das mãos dele - Desejando boa noite para o senhor Yaman e agradecendo pela oportunidade - Tento não olhar em sua direção - Bom, vou indo. Boa noite - Tento andar o mais depressa possível para o meu quarto sem olhar para trás. Quando chego, passo a chave na porta. E sento na cama, ofegante. Ele me beijaria de novo? Ele teria coragem? Depois de todo aquele discurso... Afinal, eu deixaria? É claro, Seher. Minha mente diz. Não poderia permitir, ele é aquele tipp de homem perigoso. Nada poderia afetar o seu plano de ter a guarda de Yusulf e esses sentimentos confusos era um problema. E convenhamos, Yaman Krimili não era homem de uma mulher só. Ele a usaria e quando enjoasse, a jogaria fora como um brinquedo quebrado. Deito de costa na cama, não posso deixar isso acontecer. Tenho um objetivo e Krimilin estava do outro lado do rio, bem longe possível de mim. Ela já sabia o que faria, dedicaria todo o seu tempo Yusulf. Se Yaman fosse para direita, ela iria para esquerda. Se ele fosse para cozinha, ela iria para sala. Ignorar a existência dele, era sua melhor opção. Era isso, ou ela sabia que cedo ou tarde acabaria na cama dele sem sua virgindade. Muito provavelmente ele riria de sua cara e a pagaria como se fosse uma qualquer. Era isso que homens ricos e poderosos faziam. Já estava decidido, ela fugiria o máximo que conseguisse dele. Com esse pensamento ela acaba caindo em sono profundo.

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Yaman estava em seu escritório, tentando organizar os seus pensamentos. Aquele dia não foi só turbulento, mas desastroso. Ele não só beijou a tia de seu sobrinho, mas queria ter feito muito mais. E se não bastasse, após prometerem agir profissionalmente. Ele quase agarrou novamente. Isso tudo em menos de 2 horas do acordo de ambos. Engraçado é que ele sempre foi muito controlado, principalmente com as mulheres. Não importava a nacionalidade, as mulheres só pensavem em dinheiro e status. Porque com aquela seria diferente? Mas ainda sendo a tia de Yusulf. Ele não era tolo, sabia que cedo ou tarde, ela iria abdicar a guarda do menino. Por isso, o ideal era mantê-la por perto. Se ela causasse problema, ele já acabaria com o mal pela raiz. Os olhos verdes aparecem em sua mente, sinto meu membro crescer. Imediatamente  pego meu telefone e faço uma ligação.