ℭ𝔞𝔭𝔦𝔱𝔲𝔩𝔬 𝔇𝔬𝔦𝔰 - um quase acidente

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MAIYA | ON

Acordo ainda no banheiro olho em minha volta e vejo sangue na parede, e em minhas roupas, fico uns minutos processando tudo, até lembrar de ontem a noite, me levanto, e retiro minhas roupas ligo o chuveiro e me sento no chão gelado, e abraço minhas pernas. Choro mais um pouco, e me levanto e tomo um banho descente.

Saio do banheiro e me visto, volto pro banheiro faço minha higiene, pego o kit médico, e limpo meus machucados com soro e coloco os curativos, assim que termino pego minha carteira e chaves, e vou pra garagem, pego a moto e vou em direção ao estúdio em alta velocidade.

"hoje tinha dois clientes então vou ver se dou meu melhor pra tentar esquecer de ontem." Penso enquanto olho minha boca no retrovisor da moto."E hilário como minha vida e fudida, nem sei como tou com os dentes intactos."

Não noto que tava no sinal vermelho, e vejo um homem que tava atravessando a rua. Eu estava em alta velocidade, perdo o controle da moto, freio ela e a mesma vira me fazendo cair.

Olho pro homem que tava no chão, mais tava acordado. Me levanto rapidamente e vou em direção a ele mancando.

---moço, mil desculpas, eu não tava olhando pra frente, me perdoe, por favor...--- falo pegando a mão do homem e ajudando o mesmo a levantar.

--- ta tudo bem. Mais seu ombro ta sangrando --- diz olhando o meu ombro que tava descoberto na hora da queda.--- e machucou o seu tornozelo. Vem vou te levar pro hospital.

--- isso não e nada, ta tudo bem.--- digo limpando minha roupa.--- mais você não tem nenhum problema no coração não, né? Foi um susto em tanto.

--- hm?... não, não. Ta tudo bem.--- diz coçando a nuca com um sorriso meigo.

--- ta bom então, desculpe denovo. Tenha um bom dia moço.--- digo levantando a moto. Até pensar em algo pra desculpa-ló.--- EI, MOÇO.

---hm?...--- paro a moto do lado dele.

--- eu quero pedir desculpas direito...--- digo e ele me olha confuso.--- ta indo aonde?

--- no mercado... por que?

---sobe na garupa. Vou te dar carona.

---que? Não prescisa não,moça. Ta tudo bem.---- diz rindo tímido.

--- vamos logo, eu também presciso da uma passada,lá.--- digo com um sorriso confiante.

--- tudo bem então.--- diz e sobe na moto passando as mãos pela minha cintura.

Olho no retrovisor e o mesmo tava corado, solto um riso e acelero a moto fazendo o mesmo se assustar.

--- pra uma garota se dirige bem.-- diz com um sorriso e eu dou risada do comentário.

passo no mercado, comprei oque precisava. Depois levei o homem que descobri ser chamado de shinichiro e que trabalha consertando motos, até a casa dele, depois fui pro estúdio.

•••

--- yuri, seu corno. Cheguei.--- digo assim que entro.

--- oi maiy- que porra e essa na sua cara?!--- pergunta tocando no meu rosto que tava machucado e analisando meu braço.

--- antes de tudo... esse foi acidente de moto.-- digo apontando pro ombro.--- e esse foi uma briga que me meti.-- menti

--- o do acidente eu acredito, mais você em briga e novidade.--- ele suspira.-- eu sei que e mentira, e que foi o seu namoradinho de merda que te bateu.

--- literalmente não tem como esconder as coisas de você.-- digo revirando os olhos.-- mais ta tudo bem agora.

--- na próxima vez, vou denunciar.

--- não vai ter próxima vez.

Como ainda era 10horas e os homens so tinham marcado pra tatuar 12h30, tinha bastante tempo pra limpar os machucados de mais cedo.

Limpo meus machucado e fico no sofá, até ter uma ideia.

--- yuri...--- chamo baixinho e com voz manhosa.-- yuri!..--- chamo mais alto.--- YURI, PORRA!!

--- quié DESGRAÇA?!--- diz irritado e eu começo a rir.

--- faz uma tatuagem pra mim?--- pergunto rindo.

--- ta depois.-- diz se virando.

--- por que depois?--- pergunto manhosa.

--- por que se eu fizer uma tatuagem agora vou furar você so de raiva.--- diz indo frigobar que tinha ali tirando duas latinha.--- e você tem clientes.

--- mentiroso! Se so não quer fazer tatuagem, preguiçoso!.--- digo e ele ri.

--- to saindo.-- diz passando pela porta.

---PREGUIÇOSO!! -- grito denovo. O tempo tava passando devagar, ainda era 11hr42 fiquei ali até a porta ser aberta novamente, vou receber os clientes e reconheço um deles.

---.shinichiro sano...--- digo olhando o mais alto.

---maiya...--- diz com um sorriso.

--- wakasa imaushi...--- diz um menino de cabelos loiro e levemente bagunçado.

--- e um prazer conhece-los.--- digo com um sorriso forçado.--- quem vai ser o tatuado de hoje?

---esse pivete aqui.--- diz shinichiro apontando pro menino, loiro, e com as laterais do cabelo raspada.

---perfeito, mais preciso da autorização dos pais dele, não posso tatuar crianças sem autorização.--digo revezando o olhar entre shinichiro e o garoto.

--- ele não tem pais presentes então viemos pra autorizar a tatuagem.--- diz o wakasa colocando as mão nos bolso.

--- ta legal. Vamos lá garotão, onde vai ser a tatuagem? --- digo olhando o mais novo.

--- aqui.--- ele diz apontando pra lateral de sua cabeça.

--- certeza, ken? --- diz o shinichiro olhando pro mais novo.

--- claro, vai ficar muito pika.--- arregalo os olhos com o palavrão.

Eles entra e o tal ken, senta na maca enquanto preparo os materiais.

---então ken, oque você quer tatuar?--- mostro uns modelos de tatuagem pro menor.

---esse.--- aponta pra um dragão muito bem detalhado.

--- perfeito, você Tem coragem em.--- digo guardando o modelos de tatuagem e ligando minha playlists do metalica, coloco as luvas e pego os matérias pra fazer a tatuagem.

•••

--- prontinho ken.--- digo rindo do garoto que estava com os olhos lacrimejando pela dor da agulha.--- ficou perfeito, vou pegar o espelho e a pomada que terá que passar por uma semana, belaza?

Ele acena e eu pego o espelho, e a pomada entregando para shinichiro.

--- OOOUUUOO!!!, que maneiro, maiya!!--- diz com os olhos brilhando.--- valeu mesmo em.!

--- nem parece que horas a trás tava gritando igual uma puta.--- diz imaushi com um olhar desinteressado, me fazendo rir nasala.

Eles pagam e vão embora. Volto pro estúdio e guardo as tinta que usei.
Depois de um tempo fecho o estúdio e vou em direção a moto, ligando a mesma e indo em direção a um lugar que me acalma.

Sento na grama e fico vendo a água cristalina refletir o brilho da lua. Fecho os olhos sentindo o vento bater em meu rosto, "hoje o dia foi legal." Penso ainda de olhos fechados.

Levanto e volto pra moto, indo pra casa. Chegando entro e não vejo kaomi, e agradeço por ele não está. Vejo a bagunça que estava, mais não ligo, subo pro quarto pego minha mochila e Abro o armário e pego minhas roupas. Coloco tudo dentro da mochila, e vou pro estúdio. Suspiro aliviada por ter conseguido fugir sem pressa. Deito no sofá e fico pensando na onde vou morar.

𝚂𝙰𝙽𝙾 𝚂𝙷𝙸𝙽𝙸𝙲𝙷𝙸𝚁𝙾 | 𝚃𝙾𝙺𝚈𝙾 𝚁𝙴𝚅𝙴𝙽𝙶𝙴𝚁𝚂Onde histórias criam vida. Descubra agora