Capítulo 7 - amor entre mundos

63 7 0
                                    




Cheguei ofegante ao castelo mágoa e ressentimento se contorcendo dentro de mim, eu sabia que nada poderia ser feito contra yubaba porém meu senso de justiça me implorava para voltar;

quando entrei pelo castelo eu poderia dizer com convicção que nunca o tinha visto tão cheio, as janelas estavam todas abertas, funcionários corriam para todos os lados portando tintas e tecidos novos.

Me abaixei passando entre duas mulheres e trombei com Lin.

- Mais que droga vocês não olham para onde andam não? - Perguntou, uma pilha enorme de panos rosas escondia sua visão de mim.

- Desculpe Lin. - Ela se inclinou para me ver com um rosto zangado.

- Ah Chihiro! Onde você estava garota? fui ao quarto da torre hoje de manhã e nem sinal de vocês. Se querem sair para namorar avisem antes, eu fiquei preocupada. - Um grupo de mini ajudantes do Sr. Kamajii formaram um tapete preto no chão avançando sobre nós em quanto iam para frente.

- Ah aí estão vocês seus malandrinhos! - Kamajii surgiu de uma porta atrás de nós, atraindo a atenção das pequenas criaturas.- Venham comigo. - Pediu seguindo pelo corredor.

- ... Então temos que terminar tudo antes que yubaba chegue, você estendeu? - Perguntou e concordei sem saber o que dizer.

- Claro que sim. - Respondi rapidamente pegando no último minuto os montes de roupas que ela jogou sobre mim.

- Ótimo, qualquer dúvida não hesite em me chamar. - Ela sumiu pelo corredor e cambalei pelas pescadas, aparentemente aquelas roupas eram de Dione.

Me aproximei da porta de seu quarto a tempo de escutar ela conversando com madame Bovary.

- Soube que yubaba está planejando um casamento aristocrático para você.

- Você sabe muito bem que não é o que eu quero. - A garota respondeu é ouvi o colchão se afundar com o seu peso. - Quero Haku, quero ele para mim.

- Ora não seja ridícula, ele é um espírito, servo e escravo de Zuzhó yubaba, isso não é nada menos que um capricho seu. - Escutei Bovary dizer, o som de seu leque frenético sob seu rosto.

- É por causa da garota? A Chihiro? Você tem inveja dela?

- Não! Pelos Deuses! - Gritou a garota.

- Então tire essa obsessão da cabeça. Tínhamos um plano e eu te dei de tudo, consegui fazê-la morar aqui e agora você irá retribuir isso se casando com algum homem rico, eu preciso disso, Dione, meus negócios tem que prosperar e você vai fazer isso, ou irei substituir você. - Sem querer acabei tropeçando e abrindo um pouco mais a fresta da porta, constrangida bati tentando fingir normalidade, as duas estavam paradas a poucos centímetros má da outra e me encararam com surpresa.

- Com licença senhoras, eu vim trazer suas roupas. - Falei para Dione, Bovary sorriu.

- Claro, entre minha querida. - Ronronou como um gatinho que tivera acabado de ver algo precioso.

- ja estava de saída, tenho negócios resolver. - Foi em direção a porta se contendo. - E Dione, pense no que eu disse.

E foi como acender um barril de pólvora, a garota Grunhiu batendo o pé no chão raiva esbanjava de seus olhos deixei as roupas na cama e me inclinei saindo rapidamente, antes que ela tivesse tempo de descontar em mim.

- Ah Oi Chihiro!!! - O chão tremeu e lá na frente vi Bô correr em minha direção, o bebê gigante me abraçou fortemente e trás de si as três cabeças verdes me olhavam com desconfiança.

A maldição de ChihiroOnde histórias criam vida. Descubra agora