Capítulo 9 - As responsabilidades do sucessor

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Eu não podia fechar os olhos, pois sabia que se o fizesse, poderia não acordar mais e eu ainda tinha tantas coisas que queria viver e fazer, apesar de tudo não me sentia tão apavorada comigo mesma quanto deveria.
Hiroshi então tocou meu ombro em total estado de choque e não vi direito quando uma espada surgiu em sua mão.
Ele furtivamente se aproximou de yubaba e com maestria colocou a espada no pescoço da velha.

- Deixe-os ir, deixe Chihiro fora disso!

- Ora e quem é você pequeno mosquito? - Ela perguntou ignorando o rapaz que tremia levemente.

- Eu sou o melhor amigo dela. - Respondeu.

Por algum motivo sangue começou a sair da boca de Kohaku, ele parecia estar em extremo sofrimento, lembrei-me das palavras de Margarida

"Se ele não obedecer a uma ordem ele pode morrer"

- Vou esperar ele morrer. - Satou-sama falou agachado tranquilamente ao meu lado. - E depois vou retirar o pergaminho do seu peito e ir embora.

- Você é podre. - Sussurrei. - Um monstro.

Deu risada.

- Se você sobreviver. - Ele segurou meu rosto com os dedos, me forçando a olha-lo nos olhos.- Vou levar você comigo e te ensinarei boas maneiras.

- Certo já chega. - Yubaba ralhou e o feitiço sobre haku se dissipou, ele caiu no chão, alguns metros de mim, seu peito subindo é descendo acelerado.

- Leve a garota e o pergaminho, em troca peço que pelo bem de todos, deixe-me governar, não a motivos para retaliação se concordarmos com isso aqui. - Ofereceu sua proposta a ele e zombeteiro ele segurou meu pescoço.

- Já tenho ela, não preciso de acordo algum.

- Acho que você está enganado. - A voz de Akira ressoou zombeteira em nossas costas e uma faca estava sob o pescoço de Satou-sama, vi um brilho de ódio em seu olhar antes dele me soltar, erguendo as mãos.

- Jure que irá apaziguar os ânimos lá em cima e sairá daqui com vida. - Akira mandou e com as feições torcidas de fúria Asuma concordou.

- Akira como... - Não consegui terminar a frase eu sentia que em breve iria desmaiar, quando Akira mudou de lado tão radicalmente?

- Eu Asuma da planície divina, juro concordar com suas condições. - Grunhiu e Yubaba concordou com um aceno satisfeito fazendo que Akira soltasse Asuma.

- Deixe-a. - A voz sôfrega de Haku ecoou pelo salão, seus punhos cerrados no chão.

- Você não vai sair daqui vivo, acha que me provocaria assim e sairia impune?. - Kohaku afirmou com a voz ameaçadora, se levantando e avançando em nossa direção, Satou-sama arquejou com a surpresa, a espada entrou em seu corpo diversas vezes.

- Te encontrarei no inferno. - Ouvi Satou-sama sussurrar trêmulo pelo esforço e o homem antes imponente com suas vestes brancas caiu ao meu lado com as roupas tingidas de vermelho de seu próprio sangue.

- Nós veremos lá. - Haku concordou, Yubaba olhava para a cena com desgosto e com um estalar de dedos foi como de tirasse todo o peso dos ombros de Haku.

Minha visão estava cada vez pior e meus sentidos aos poucos se dispersaram, mas consegui ver Akira-sama e Dione na porta, atrás deles madame Bovary fumava tranquilamente seu cigarro.

Ela disse algo para Akira antes da escuridão me tragar completamente.

(...)

Narrativa 3 on.

A maldição de ChihiroOnde histórias criam vida. Descubra agora