Capítulo 30

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Lizy

Toda maldita semana recebi mais chamadas e mensagens com fotos de onde estava e com quem estava, seguidas de avisos e ameaças.

Todos os dias sentia que alguém me seguia, eu olhava o tempo todo ao meu redor para ver se encontrava Robert em algum lugar.

Não sei como conseguiu entrar na universidade. Meus seguranças estão atentos a todo tempo, mas ainda sim não me sinto segura.

Por outro lado, tem Owen que não para de me procurar e me encurralar nos cantos da universidade.

Eu decidi me afastar dele, depois de tanto pensar achei que essa era a melhor opção, porque com certeza ele não senti o mesmo.

Ainda não tive coragem de colocar um ponto final no nosso quase relacionamento, me dói só de pensar, é como se me fosse faltar o ar.

Ignorei todos seus convites inventados desculpas e mais desculpas. E para completar Jane deu a entender que meu estado de ânimo tinha haver com ele.

Não culpo ela pois não sabia que se tratava dele.

Lúcia está triste pela a atitude do idiota de Herry.

<< É sério que esse imbecil pensa que tem alguma chance comigo? >>

Quero mata-lo isso sim. Ela disse qu acabou tudo, que não vai mendigar a atenção de ninguém. E concordo plenamente com ela, nisso somos parecidas.

Pulamos do barco mesmo se corremos o risco de ser levado pela correnteza. Antes sofrendo que remando por dois.

Depois de uma larga conversar entre irmãs, por que somos mais que amigas disso não tenho dúvidas, Jane ficou fazendo a comida e nós viemos a academia descarregar a frustração e  usar a nosso favor com resultados em nosso corpo.

Treinamos como loucas e terminarmos exaustas e famintas.

Quando estou indo em direção ao meu carro vejo Owen a alguns metros, está sério, vestido em uma calça jeans escura, camisa preta de manga longa e tênis branco. O cabelo está  bagunçado, sinal que passou a mão por ele várias vezes.

-- Dessa você não escapa. – Diz Lúcia em sussurro.

-- Eu sei, por favor não me deixa sozinha com ele. – meu pedido é mais uma súplica.

-- Te vejo em casa lizy. – Diz em voz alta pegando a chave da minha mão.

Maldigo minha amiga por me deixar só. Ainda não estou preparada para deixá-lo.

-- Olá – me aproximo dele.

O coração está por sair de tão rápido que está batendo, sinto a maldita sensação de borboletas dentro do estômago, e as mãos estão suando.

-- Podemos conversar? – pergunta cauteloso.

--Pode ser em outro momento e em outro lugar? – peço mesmo sabendo que ele não vai ceder assim de fácil.

-- por que não agora? – Sua voz sai mais alta essa vez, está se irritando.

-- Necessito um banho e comida. O treino me deixou exausta.

-- Vamos a penthause, tenho comida para os dois. Você toma um banho e conversamos pode ser?

merda! A penthause não.

-- Não tenho o que vestir.

-- Quer me explicar qual é o puto problema? – Pergunta molesto. – desde quando tenho que implorar para passar um tempo contigo?

<< o problema é que eu te amo e sei que você não me corresponde>> penso.

Mas só abaixo a cabeça para não vê-lo.

O Que Nunca Sentimos... #1 Da Trilogia EquivocadosOnde histórias criam vida. Descubra agora