pedido de casamento

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  Assim que se transformou, o oni que estava na sua casa cortou a mão de seu mestre, andou até Zenitsu e agachou-se na sua frente.

Levantou a mão cortada até o nariz e respirou bem fundo, como se sentisse o cheiro de comida fresca.

— O que acha? — Ele disse em tom calmo — Parece saboroso, não?

Zenitsu sentiu seu estômago embrulhar e virou o rosto.

— Não faça desfeito com a comida mocinho! — Mudou a voz para um tom ameaçador, virou o rosto de Zenitsu apertando com os dedos, para que olha-se para ele — Você vai aprender a gostar disso, agora mesmo!

Usou a mão para apertar as bochechas e abrir sua boca a força. Zenitsu sabia o que ele faria, se debateu e tentou se soltar o máximo que pode, porém ele era mais forte.

— COMA! — Enfiou boa parte da carne na boca de Zenitsu, ele se debateu, tentou gritar, mas a mão em sua boca não permitia — COMA AGORA!

A carne era tão fria, era uma textura tão estranha, achou impossível que algum oni gostasse disse. Mas, por poucos minutos, sentiu algo invadir o seu corpo, quase como se estivesse possuído. E a textura fria e estranha da carne agora se tornara algo extremamente delicioso, macio e suculente, tinha vontade de mais e mais daquela carne.

Ele sentiu que não era ele em seu corpo, não podia se mexer e, derrepente, desmaiou.

O que, naquele momento, deveria ser o medroso e chorão Zenitsu, se tornara uma criatura sanguinária e sedenta por sangue. Devorou a mão e logo partiu para o corpo do mestre, comendo o interior de sua barriga.

O oni que presenciava tudo ria com a situação.

Mas, sem devorar o corpo completamente, Zenitsu tentou avançar em cima do outro oni, vulgo Muzan. Este lhe deu um chute, antes mesmo de Zenitsu se aproximar, e com tamanha força, que o jogou em direção a porta a quebrando e deixando Zenitsu desacordado. 

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— Não, não faz... não faz isso comigo denovo, por favor... — E novamente chorava, estava com as duas mãos na cabeça, como se quisesse tapar os ouvidos. — Eu não quero carne humana, não quero, não quero, não quero!

— Ei, ei, ei. Eu não vou te obrigar a comer, eu não vou fazer isso. Relaxe, está tudo bem agora. — Mikoto o abraçou, achou muito estranho um oni que não gosta de carne humana.

Não que reclamasse, porém ainda era estranho.

— Ele me obrigou a comer a mão do vovô.

A jovem o olhou assustada, ainda o  abraçando, beijou seus cabelos, deve ter sido muito doloroso passar por isso.

— Eu não vou deixar isso acontecer outra vez, eu prometo que sempre estarei com você apartir de agora.

— Eu te amo Mikoto, obrigado por estar aqui.

— Eu, também te amo, Naku (choro) . — Soltou um longo suspiro e acariciou seus cabelos.

Ao fazer isso, sentiu dois relevos estranhos na cabeça do loiro. Quando olhou melhor, percebeu dois pequenos chifres.

— Hum, é melhor pegar uma touca e esconder isso. Teremos de descer até a vila.

— Esconder o que? — Zenitsu passou as mãos por entre seus fios e percebeu os chifres — Aí não! Não acredito!

— Ei, não é tão ruim assim. — Mikoto tentou animá-lo.

— Não é tão ruim?! — O loiro disse irritado — Nee-san, eu vão ser chamado de corno o tempo todo!

  A ruiva não segurou o riso, se levantou e encostou na parede, um ataque de risos foi inevitável naquela hora.

— Mas Naku... aí — Tentava, em vão,  recuperar o fôlego — Não foi você... Haha, não foi você que, aí minha barriga, ficou conhecido por ser corno 6 vezes da mesma mulher?

Não era minha culpa se ela tinha ótimas desculpas!

— Mais 6 vezes? Já é demais. Vai, se agasalha que vamos descer na vila.

— Mas que ela era linda tu não pode negar.

Um sorriso fraco escapou de ruiva de olhos verdes.

— Não mesmo, ela realmente era muito gata.

                             《☆》

Já na vila, andavam de mãos dadas calmamente a procura de uma caixa que Zen possa entrar.

Estava nublado, quase nevando, o sol não havia saído naquele dia, para a sorte de Zenitsu.

Mau andaram e Zen já aparentava desmaiar de sono. Mikoto havia se preparado e trouxe com sigo uma espécie de "canguru" usado nas costas.

A ruiva imaginou que Zenitsu não caberia, mais para sua surpresa ele diminuiu para o tamanho de uma criança em segundos.

Zenitsu se segurou em suas costas, se ajeitando no "canguru". Logo adormeceu como uma criança pequena.

—"meu Deus que coisa fofa!" — Mikoto tinha um breve ataque de fofura  — "parece que ele está com 5 anos denovo!"

Continuou a andar até a loja de móveis. As ruas estavam vazias e calmas, estava tudo tranquilo até algo, ou melhor, alguém, vir acabar com a calmaria.

— Mikoto, meu amor!

— Argh, Lee. — Disse em tom cansado, não aguentava mais olhar o rosto daquele menino.

— Minha ruiva linda, já que estamos namorando...

— Não, nós não namoramos. — Cortou.

— Tem razão não namoram. — Outra pessoa se intrometeu na conversa.

— Sai? Oque que cê' quer cara? — Disse Miko.

— Nos combinamos de sair hoje meu amor, lembra?

— Nos não combinamos nada, isso é coisa da sua cabeça, eu nunca aceitei sair com você!

— É por que ela é minha namorada! — Lee se entrometeu e Mikoto quase afundou a cara com a própria mão.

— Não mesmo, ela é minha! — Um terceiro imbusti apareceu para infernizar sua vida

— Puta que pariu mano. — Disse em português, deixando todos confusos. — Eu não namoro nenhum de vocês! E não sou um prêmio para competirem com quem eu vou ficar! Sério mesmo, quantas vezes vou ter que dizer que eu não jogo nesse time?

— Ma-mas, você é tão linda! — Sai começou, para a infelicidade de Miko — Você é como uma oirã!

— TÁ ME CHAMANDO DE PUTA?! — Miko ergueu sua mão e lhe deu um tapa, fazendo-o voar para traz. Estava pulsando de raiva, podia sentir a veia da testa saltar.

— Eu posso te dar uma vida de luxo! — O terceiro disse, tentando não ligar para o homem caído. — Minha família é rica e...

— PODE CALAR A BOCA TAMBÉM! — Virou-se para ele e lhe deu um soco na barriga, fazendo o homem ficar sem ar e cair para traz.

— Se você se casar comigo... — Lee insistia, Mikoto o agarrou pelo quimono e o olhou com raiva, levantou o garoto até seu rosto, tirando os pés de Lee do chão.

Por alguns momentos, Lee podia jurar ter visto sua própria alma nos olhos dela.

— É a terceira vez que me pede em casamento. — Fez uma pausa fechando os olhos em desaprovação — Só essa semana. Vai viver garoto!

— Por que você não me ama!?

— Tenho muitos motivos.

O soltou brutalmente no chão e entrou na loja.

                              《☆》 

Mais tarde, em sua casa, estava arrumando a caixa que havia comprado, pregou duas alças de elástico e aproveitou para pregar um futon como forro.

Provava a caixa para saber se caberia em suas costas, quando seu corvo katsukiday pousou na sua frente.

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