A casa do Brasão de Glicínia - parte 3

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(Não revisado)

Zenitsu lia um livro emprestado por Nezuko. Era o diário de Tanjiro, que contava dois anos de sua vida em que Nezuko passou dormindo. Ele teve a permissão dos dois para ler.

A calmaria estava presente, a sala estava completamente fechada, o que o permitia ficar fora da caixa apertada.
Nezuko dormia mais a frente, em um futon, e Tanjiro estava na cozinha ajudando a senhora dona da casa.

Inosuke? Não fazia ideia. Provavelmente ele e Mikoto estavam treinando, pois escutou um som de espadas logo de manhã.

Então, Mikoto abre a porta. Ela vestia um bonito quimono roxo estampado com lavandas. Seu cabelo estava preso em um coque típico, com seu enfeite de cabelo (que também era um ramo de lavanda). Tinha uma maquiagem parcialmente pesada, Zenitsu chegou a segurar um riso.

— Ta rindo de que?! Foi a senhorinha que me arrumou, tá muito pesada? — Perguntava, mesmo sabendo a resposta.

— Sendo sincero? Sim, bem pesada.

— Pode arrumar para mim? — Ela estende um lencinho para ele, que apenas acente fechando o livro e a chamando para sentar na sua frente.

Enquanto ajeitava a maquiagem da irmã, questionou:

— Onde vai tão arrumada?

— Vou na cidade mais próxima, descendo a colina. Eu e Inosuke vamos comprar algumas coisas que a senhora pediu.

— Com Inosuke? Sabe que vai ter que segurar ele o tempo todo, né?

— É... mas eu dei um jeito, desafiei ele a levar todas as coisas sozinho sem quebrar nada. Acho que deu certo.

— Engenhoso. Cadê Tanjiro?

— Por que quer saber?!

Zenitsu a encara, analisando seu tom.

— Está com ciúmes?

— O que?! N-não! Claro que não! — Isso só confirmou mais.

— Aí meu Deus, você tá com ciuminho! Não se preocupe, minha irmãzinha linda, você é minha prioridade! — Ele a abraçava e beijava seu rosto, enquanto ela ria e tentava o afastar.

— Tá bom, tá bom, eu posso estar com só um pouquinho de ciúmes, mas eu confio que você não vai perder a virgindade enquanto eu estiver fora.

— MIKOTO!

A risada da ruiva ecoa, até Inosuke arrebentar a porta denovo perguntando o porquê da demora.

《☆》

Inosuke se encontrava puto, Miko havia convencido ele a sair sem máscara, dizendo que ele não aguentava ficar sem ela por uma tarde.

Muitas pessoas paravam para admirar  sua beleza, com alguns homens chegando até a cantá-lo, pensando que seria uma mulher. Todos que chegavam perto, ele rosnava e gritava na cara da pessoa com toda a sua brutalidade. 

Ele carregava toda a compra, sendo uma bolsa em cada mão e uma mochila nas costas. Quanto haviam acabado a última coisa da lista, Mikoto mandou que ele fosse até a mansão pois ela o seguiria logo depois.

Mikoto pretendia comprar um presente para Nezuko, e uma cesta de piquenique, pois queria chamá-la para uma caminhada noturna.

Emocionada? Jamais.

Seguindo a estrada, algumas pessoas paravam e cochichavam, apontando para a ruiva. Isso era comum, mas ela sabia que ali naquela cidade não era.

Aquela maldita cidade em específico, aquela não era comum.

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