Capítulo VI - Como nos Filmes

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Me sento na ponta do sofá, me enconhendo por conta do frio, ele sai do quarto com o cabelo molhado, provavelmente lá tem um banheiro, e ele leva consigo alguns cobertores.

-Senta direito no sofá. Parece até que não me conhece. - Ele me empurra para cima do sofá e joga os cobertores em cima de mim. Depois de nós nos acomodarmos e nos cobrirmos até o pescoço. Eu apoio minha cabeça no braço dele, e, inesperadamente, ele me puxa para um abraço, e diz - Tá bem agora?
-Uhum - Eu murmuro.

Ele toca no meu nariz e fala:
-Tá gelado, ainda tá com frio?
-Não, obrigado...
-Tudo bem, é como eu trato minhas visitas.
-Por quê tá me tratando assim?
-Porque você é minha visita..?
-Não. Eu sou seu inimigo. E você tá me tratando como uma criança.
-Claro... Inimigo esse que me mandou um bilhetinho dizendo "Eu te amo", exatamente como uma criança faz.

Nesse momento sinto meu rosto queimar de vergonha, eu nem me lembrava disso!

-Não, - Eu me afasto dele, quase caindo do sofá - eu, eu não... não...
-Tudo bem. Quer saber por que eu estou te tratando assim? - Eu fico em silêncio, mas olho atentamente pra ele, que se aproxima do meu rosto e completa a frase - Eu te amo, também. - Ele sorri e dá una risada, me abraça por dentro do cobertor e me puxa novamente pra perto dele.
-Tá mentindo... é o quê você faz de melhor.
-Eu nunca beijaria alguém que eu não ame. - Ele fala isso como se fosse o último romântico e volta à sorrir.
-Você nunca me beij... - E antes mesmo que eu terminasse a palavra, ele pôs a mão no meu rosto e me roubou um beijo.

Não um selinho.
Um beijo de verdade.
De repente eu volto à sentir meu coração bater forte, e retribuo o beijo.

-Te amo. Já falei isso?
-Não.
-Eu te amo. - Ele me beija de novo, mas alguém toca a campainha. - Sério? - Eu rio, ele olha pra porta e grita - Quem é? - Ele levanta e vai ver. Era Kunikida.
-Dazai?! Eu te liguei, onde você tava?!
-Aqui. - Eu os estava encarando, mas Kunikida olhou diretamente pra mim, quando Dazai disse isso.
-Por quê ele está aqui, Dazai?! Sabe que ele é um criminoso!
-Não enche, você estragou o momento, volta pro escritório, vai. - Ele tenta fechar a porta, mas Kunikida segura.
-O quê ele está fazendo aqui? - Pergunta Kunikida já com raiva.

Dazai abre a porta, olha pra ele e diz:
-Eu não os apresentei, né? Vem cá, Chuuya. - Eu levanto, e vou até eles, devagar. - Kunikida, esse é meu namorado, Chuuya. Chuuya, esse é meu colega de trabalho, Kunikida.
-Oi... - Digo, me escondendo novamente atrás de Dazai.
-Namorado...? - Ele pergunta confuso.
-Sim. Ciúmes?
-Não, definitivamente não. Cê' não tinha ninguém melhor não, Chuuya?
-Haha, muito engraçado, Kunikida. Quer saber? Sai da minha casa. - Dazai fecha a porta lentamente, e quando a porta já está trancada, ele volta à falar - Ufa..
-Desde quando a gente namora, Dazai?
-Desde que a gente se beijou..? Tipo, há uns 5 minutos atrás?
-E isso quer dizer que a gente namora?
-Você quer um pedido, é isso?
-O quê? Não, eu só tô questionand.. - Eu paro de falar quando ele se ajoelha e me ergue uma caixa.
-Nakahara Chuuya, - Ele abre a caixa - Quer namorar comigo?
-O quê? Desde quando você tem isso?! - Eu gaguejo, nervoso, sem saber como reagir.
-Sim ou não?
-S... éhm... eu... - Eu engulo seco, respiro fundo e digo baixo - Sim...
-Eu ouvi um "Sim", vindo de Nakahara Chuuya? Fala de novo?
-Não, eu não... - Ele me segura pela cintura e me puxa para um beijo.

É idiota o quê eu vou dizer agora, mas... é como nos filmes.
No meio do beijo, eu sinto um anel sendo colocado em meu dedo.

-Agora é oficial, Nakahara Chuuya é meu.

Dear Enemy - SoukokuOnde histórias criam vida. Descubra agora