Dear Enemy - Soukoku

Capítulo IV - Desculpas

Chegamos na casa do Mori. Ele falou que queria falar comigo e mandou Akutagawa pra outro lugar.
-Chuuya... - Ele começou, quando estávamos na sala dele. - Desertar da Máfia do Porto? Você já foi mais esperto.
-Eu...
-Não, não precisa se explicar. - Eu acenei com a cabeça, da porta - Vem cá, senta na cadeira. Vamos conversar como dois adultos. - Eu fui... - Chuuya, por quê fica indo atrás do Dazai? Ele nunca gostou de você, como você gostava dele. Então, por quê?
-Eu não sei, por mais que eu não tenha motivos, e saiba que não é reciproco, eu...
-Ainda o ama?
-Sim...
-Isso é bem triste, se quer saber.
-Não, não quero. Eu sei.
-Vai. Quer ver ele, não?
-Você tá mesmo me deixando...
-Mas... - Ele me interrompe - vai comigo. Apesar de tudo, eu não confio em vocês dois juntos, novamente.
-Ahm... okay.
-Se fizerem algo diferente, independente do que for, eu mato você.

Eu me assusto e me grudo na cadeira, como se ela estivesse me puxando, com um certo medo. Mas, eu aceito.

No dia seguinte estamos no prédio da ADA e eu estou prestes à falar com Dazai. Nós entramos no edifício, alguns nos reconhecem e correm para dentro ou fora do prédio, a recepcionista não sabe quem somos, então, vamos até ela.

-Bom dia, - Eu digo - nós poderíamos falar com Dazai Osamu?
-Dazai? Ahm, têm alguma reunião com ele?
-Não.. é uma "conversa informal", ele está?
-Está, mas vocês não podem entrar...

Mori me puxa pra um dos corredores que leva até uma escada, e enquando subimos ele briga comigo dizendo; "Como você, um membro da Máfia do Porto, pergunta se tem alguém específico no prédio? Deveria ter entrado e ameaçado ou matado todos aqueles que te impedissem."
-Não! Eu queria só falar com ele. E se ele não tivesse aqui eu nem entraria, ia poupar trabalho.. - Eu gritei devolta, fazendo-o soltar meu braço.

Ele suspira e nós vamos andando em silêncio até a sala onde Dazai se encontrava, o quê me faz pensar, como ele sabia que o Dazai estaria aqui?

-Entre. - Ele diz. Eu aceno com a cabeça, entro e fico frente-a-frente com Dazai.
-Oi... quanto tempo...
-Chuuya... - Diz ele, dando um passo pra trás.
-Eu sei que eu não sou bem-vindo aqui, e que eu não deveria falar com você enquanto você está aqui, fazendo seu teatrinho, mas... eu só queria saber... por quê me deixou sem nem falar comigo? Avisar... avisar talvez não te fizesse mal. Se era pra me abandonar lá, por que me fez deixar meu amigos? Pra... eu não ter nada no final? Não sabe o quanto eu me machuquei lutando pra ter qualquer notícia sua que fosse. - A este ponto, eu já estava em lágrimas.
-Eu... me desculpe... o Odasaku... ele pediu...
-Odasaku?! Dazai? Eu sei que dói, mas ele morreu! Você trocou pessoas vivas, por uma morta? Eu sei que tô' sendo rude por pensar assim, mas, e o Akutagawa? Abandonou ele também! Só com memória deploráveis, suas. - Ficamos em silêncio durante um tempo. Eu já estava me odiando por ter dito aquilo sobre Odasaku.. - Desculpa. Eu vou embora. Não... volto aqui nunca mais. Adeus.
-Desculpa, também... eu deveria ter te acordado e te falado...
-Então você foi mesmo.... ah... - Eu tiro o casaco que ele tinha me dado, naquela época, me aproximo e entrego à ele. - Toma. - Digo - É seu, mesmo. Agora sim. Adeus. - Eu saio secando meu rosto, e paro na porta, por um segundo, encarando Mori, e continuo andando até a saída.

A partir daí, eu ignoro tudo.
As pessoas. O próprio Mori.
A chuva.

Tudo.
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Oioii, eu vim aqui só pra agradecer quem vêm votando nos outros capítulos e pra lembrar que qualquer crítica será muito bem vinda! Apesar de essa não ser minha primeira fic, eu ainda estou estudando, posso errar. Então comentem, se tiverem algo à falar, e peço que votem caso gostem dos capítulos. Obrigade, e tchauzinho =D