Paraíso Proibido

13 - O Adeus Proíbido

O loiro sentia a gota de suor escorrer pela testa, os braços cansados, as costas doloridas, mas ele se recusava a parar de correr. Era obvio que ele não parou para ver quem é que tentava arrombar a porta da mansão com tanta violência. Pegou Gina no colo e passou a correr. Precisava encontrar um lugar para se esconder, um lugar para esconder Gina que estava ali ferida agarrando-se as roupas de Draco tentando ter o menor peso possível. Por Merlim como ele precisava pensar rápido.

Subiu as escadas da mansão, escutou um grito furioso do andar de baixo, alguns gritos que ele não entendeu o que diziam, pareciam raivosos, carregados de ódio e fúria.  Continuou subindo os degraus de mármore até alcançar o segundo andar, olhou de um lado para outro do corredor e correu em direção a porta de seu próprio quarto. Ele entrou fechando a porta atrás de si, colocou Gina sobre a cama sentada e passou a olhar em volta a procura de algum lugar onde eles pudessem se esconder ou de alguma forma saírem dali.

- Será que era...? - Gina disse receosa.

- Não sei, mas precisamos sair, seja quem for vai vir nos procurar! – ele correu até a janela do quarto e abriu debruçando-se a procura de alguma forma de fugir. Olhou para o Jardim e nenhum sinal de Harry ou Hermione. Talvez pudessem subir até os telhados e de lá arrumariam alguma forma de sair pelos fundos. A mansão era alta e logo aos fundos havia um desfiladeiro íngreme demais para que eles pudessem pular em segurança, mas tinham que arriscar. Podiam tentar uma magia, mas Draco e Gina estavam esgotados demais. Esgotados para usar magia, esgotados para escalar até o telhado. Eram mil contras, porém todas as opções eram melhores do que ficar ali.

- Você consegue andar? – perguntou o loiro virando-se para ela

- Eu posso tentar.. – disse a ruiva apoiando as duas mãos na cama e forçou-se a levantar, sentia o corpo doer como se tivesse sido atropelada por dezenas de hipogrifos furiosos. Ela prendeu a respiração e a vontade de gemer como uma menininha indefesa e ergueu-se da cama ficando tonta, mas de pé. Apoiou-se na cômoda e estendeu a mão para Draco em sinal de que ele não precisava se aproximar – Calma, eu tô bem, só preciso me acostumar com a dor.

O loiro se aproximou lentamente segurando a mão dela.

- Eu pensei de a gente tentar ir por fora. Mas eu não vou conseguir subir com você nas minhas costas, se alcançarmos o telhado talvez possamos dar a volta na casa por cima. De lá conseguimos chegar até as vassouras e eu te levo para longe daqui.

- Mas e o Harry, meu irmão e a Hermione? – perguntou ela.

- Eu não sei Gina, eles só me pediram pra tirar você daqui e é o que eu pretendo fazer!

- Não podemos deixar eles aqui.. – disse ela soltando-se dele e caminhou em direção a janela.

Draco soltou um riso de deboche que ele não conseguiu segurar recebendo de imediato um olhar repreendedor dela.

 – Você podia uma vez na vida parar de agir como uma Grifinória e pensar no fato de que eu e você estamos quase morrendo!

- Mas não posso deixar eles morrerem só por causa disso.

- Só por causa disso? Eles não estão mortos! – rebateu Draco -  Ao menos eu acho que não.. – disse em seguida sem tanta certeza. Soltou um suspiro -  Que seja, primeiro vamos sair daqui com vida e depois vemos o que podemos fazer para ajudar, ok?