14 - O Final Proíbido

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O Clarão que cegou a todos começou se dissipar. Draco esfregou os olhos com dificuldade e os voltou para a direção que a segundos atrás estava Harry. Ele estava caído no chão, mas não estava morto. Em seu colo jazia o corpo de Snape que o abraçava, nas costas do professor de poções uma leve marca de queimadura onde havia sido atingido pelo feitiço. Não só Harry ou Voldemort estavam extremamente chocados com o que viam. Todos a volta estavam em silêncio encarando a cena. Snape havia dado a própria vida para salvar Harry e isso na mente de todo mundo parecia um absurdo. Afinal Snape era ou não um deles? Porque havia se sacrificado?

Gina moveu-se no lugar, queria correr para ajuda Harry e manda-lo sair dali antes que Voldemort saísse do choque e resolvesse ataca-lo de novo. Mas qualquer movimento que tentou fazer foi impedido por Rony que fez sinal para ela não se mexer e apontou para cima. A ruiva olhou para o céu. Ali ela via ondas de choque que tentavam quebrar o manto da realidade na qual eles estavam. Hermione parou o choro baixo no exato momento que viu a mesma cena.

- Parece uma barreira Mágica! – murmurou baixinho para os dois.

- Estão atravessando a barreira? – sussurrou a ruiva de volta.

-Dumbledore... – concluiu Rony.

E o nome mal tinha terminado de sair da boca de Rony e aquele falso céu despencou rachando-se como uma lâmina de vidro. Através dela um feitiço de explosão abriu caminho e junto com ele entraram uma série de bruxos sob suas vassouras. Não demorou para que reconhecessem a Ordem da Fenix liderados por Dumbledore e mais uma série de alunos de Hogwarts.

Com a distração, Harry aproveitou pra se erguer do chão. Não queria ter de deixar o corpo de Snape lá, mas também sabia que Draco precisava de ajuda para sair dali. Então ele correu até o loiro machucado no chão e colocou a mão dele sobre seu ombro e o ajudou a levantar.

Gina ergueu-se rapidamente também, ainda sentia dores, mas precisava se aproximar dos outros dois que quase haviam morrido por sua culpa.

Dumbledore avançou como um raio em direção a Voldemort, jogava uma série de Feitiços sobre ele para mantê-lo afastado do grupo. Os demais comensais eram atacados pela ordem tornando o jardim da mansão dos Malfoys em um verdadeiro campo de batalhas. Faiscas luminosas cortavam o ar e atingiam seus alvos com explosões e lançando corpos de um lado para o outro. Gina perderia Harry e Malfoy de vista em questão de segundos, então sem esperar pela ajuda de Rony ou Hermione ela avançou em direção a guerra. Abaixava-se toda a vez que acreditava que seria atingida. Por vezes tropeçava no próprio pé e chegou a ser empurrada por um corpo.

Harry tentou levar Malfoy para algum lugar que fosse seguro o bastante para não serem mais atacados. Precisava ajudar aos demais, porém sabia que Draco não faria o mesmo.

- Vai ajuda-los Potter, eu me viro sozinho! – resmungou o loiro.

- Você mal consegue ficar de pé. – reclamou.

- Eu não preciso da sua ajuda! Vá procurar a Gina! – e dito isso o garoto se soltou de Harry e deu um passo dolorido sozinho.

Ao ser empurrado o moreno ficou encarando Draco e soltou um suspiro derrotado. Não iria mesmo travar uma discussão sobre isso. Se Draco sabia se virar então ficaria sozinho. Tinha que ajudar os outros e acima de tudo mataria Voldemort.

No meio da batalha entre Dumbledore e Voldemort as explosões abriam um circulo entre a confusão afastando todas as pessoas que tentassem se aproximar deles. As magias se chocavam entre faíscas e labaredas de fogo horripilantes. Voldemort tentava não mostrar o medo que sentia de Dumbledore ao mesmo tempo que avançava contra ele com uma fúria implacável. Foi entre um feitiço e outro que covardemente um comensal da Morte ergueu sua varinha e atingiu Dumbledore nas costas fazendo-o voar alguns metros para o lado. Apesar da magia não ter sido o suficiente para desacordar o mago, foi tempo o suficiente para Voldemort sumir entre a multidão de bruxos concentrados demais em suas próprias batalhas para impedi-lo.

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