Paraíso Proibido

07 - Planos Proibidos

Sempre é ruim quando estamos sonhando e é preciso acordar na melhor parte do sonho. E isso só acontece mesmo quando os sonhos são bons, nos ruins você tenta acordar mais nunca consegue. No caso de Virginia Weasley, o sonho era ótimo. Ela teve dificuldades em abrir os olhos, com medo de que tudo tivesse sido mesmo um sonho, mas não podia adiar a hora de acordar, tinha aulas naquela manhã e por algum motivo já sentia que estava atrasada. Abriu os olhos fitando o teto e finalmente depois para o lado. Estava numa especie de quarto, deitada em uma cama enorme, envolvida por lençóis. Estranhamente, o lugar estava quieto e vazio, a não ser por ela. Sentou-se na cama puxando o lençol para cobrir o corpo nu e olhou ao redor ainda meio sonolenta. Ela tinha certeza que apesar de parecer um sonho, a noite anterior tinha mesmo acontecido, então onde estava Draco? Pensar naquele nome a arrepiava. Pois a fazia lembrar das caricias, dos beijos, dos gemidos. Porque será que ele não estava ali? Porque tinha a deixado sozinha logo depois daquela noite que pelo menos para ela tinha sido tão mágica? Saiu de seu transe e levantou-se da cama andando pelo quarto e pegando suas roupas pelo chão. Parecia que tinha um banheiro no quarto também. A sala precisa era realmente muito boa. Resolveu tomar um banho rápido. Estava confusa e talvez isso clareasse um pouco suas idéias. Até porque, só agora percebia que tinha dormido fora do salão comunal da Grifinoria, e estava rezando para que ninguém tivesse notado sua ausência. Alguns minutos depois e ela já estava pronta. Ainda tinha tempo para o café da manhã então ao sair da sala foi em direção ao salão principal. Tomaria o café e depois passaria em seu quarto pegar seu material. Com sorte ela encontraria Draco no caminho, e ele diria o motivo por ter saido escondido no meio da noite.

Enquanto isso Draco tinha deixado a sala precisa logo depois que Gina adormecerá, ou seja, isso já era quase de manhã. Draco precisava se ajeitar, o passeio pra Hogsmead sairia cedo. Não tinha entendido o porque daquela noite ter acontecido. Tinha mesmo dormido com uma garota da Grifinoria? Isso ia contra todos os conceitos de ser um Sonserino, de ser um Malfoy. Que tipo de crise louca ele iria entrar agora? Era um tipo de paranoia. Não tinha se arrependido, podia se lembrar dos toques de Gina, de seus gemidos, de sua respiração e a cada palavra que ela sussurrava ao ouvido dele o enlouquecia. Mas sabia que estava errado, não devia ter ido tão longe. Estava pertinho de virar um Comensal não poderia estragar tudo, não agora. Porque raio não havia pensado nisso antes? Draco entrou silenciosamente no quarto e enfim se dirigiu ao banheiro, precisava de um banho, precisava tirar o cheiro dela do próprio corpo, precisava fingir que nada tinha acontecido. Como iria encara-la? E pior, como iria explicar aquela loucura toda pra ela? Precisava de um tempo, precisava de alguns bons segundos de silêncio, deixar a cabeça martelar e desistir de deixa-lo confuso. A água ia levando um pouco daqueles pensamentos dele. Enfim quando estava pronto deixava o banheiro já vestindo um casaco negro, não precisava ir para Hogsmead de uniforme, isso não quer dizer que ele deixaria de se vestir bem, certo?

 – Crabie, Goyle levantem seus lerdos! - começou Draco chutando um dos colegas da cama - Vão se arrumar antes que não dê tempo de vocês irem a Hogsmead! - ignorou os comentários e perguntas do tipo " Que horas que você entrou no quarto que a gente não viu?" e saiu do quarto caminhando em direção ao salão principal para o café da manhã.

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Era isso. Bem simples... entrar no salão principal, tomar o café e depois buscar o material. Seria bem simples se ela não estivesse tão distraida pensando ainda no porque dele tê-la deixado sozinha. Quer dizer, será que tinha sido tão ruim assim? Ou será que ela havia feito algo de errado? Era possivel já que ela não tinha nenhuma experiência naquele tipo de coisa, e bom ela tinha avisado a ele que era a primeira vez dela, então o que será que tinha acontecido? Ela não tirava isso da cabeça, o que a deixava caminhando pelos corredores olhando os próprios pés e...PAF. Isso é o que acontece quando se anda distraida. Você sempre acaba esbarrando em alguma coisa, ou quem sabe em alguém. O encontro foi forte, o que a fez cair sentada no chão com certa força.