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Nível de sanidade: 100%
Ansiedade: 0%
Nível de sucesso para sair: 0%-------------------------------
-POV LISA-Acordo em um colchão meio sujo, paredes rachadas e manchadas, apenas uma janela com grades que deixava um pouco de luminosidade passar, me levanto devagar, dando de cara com um homem com uma máscara velha me olhando.
- Finalmente acordou mocinho, já era passado a hora né. -Ele diz indo até a porta.
- Quem é você? -Pergunto.
Mas convenhamos que merda de pergunta de se fazer essas horas. O homem ri se virando, parando se encostando na porta.
- Não acha que vou falar não é garotinho.
- Me solta... por favor, eu prometo que não conto para ninguém, pode me soltar em alguma rua deserta, vendado, eu juro que não conto para ninguém... -Digo um pouco ofegante, na esperança de ser solta.
- Vamos ver o que podemos fazer, eu prometo que não irei te machucar garotinho, bom... não se você não merecer. -Ele diz, fechando a porta a trancando.
Droga, droga, droga...
Saio do colchão, começando a andar pelo lugar, vou até uma dobra, ascendendo a luz, tinha apenas uma privada, e alguns tapetes empilhados.
Saio de lá, voltando na maior parte do lugar, olho para a parede, vendo um telefone preto, vou até lá tirando do gancho, ele tava mudo, bato algumas vezes lara ver se algo aconteceria.
Até me dar conta que estava com o fio desconectado. Coloco o telefone de novo com certa raiva. Respiro fundo me sentando no colchão. Me deito passando a mão no meu rosto.
Mas que merda eu me meti.
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Fico em silêncio por horas encarando o teto sem cor do cativeiro, até o homem abrir a porta novamente. Ele estava com uma máscara diferente, cubria dessa vez apenas do seu nariz para baixo.
- Pelo jeito começou a se acostumar já, não à nada demais no teto. -Ele diz se encostando na porta.
- O que você quer comigo? -Pergunto me levantando do colchão.
O homem ri rouco revirando os olhos.
- Não acha que falaria para você não é, acho que iria colocar muito terror em um corpo tão pequeno como o seu. -Ele diz se desencostando da porta.
- Eu... eu estou com fome, com muita fome... -Digo em um tom mais baixo o olhando.
O homem para por algum tempo pensando talvez em sua resposta.
- Posso pensar, mas não posso trazer nada agora. -Ele ri- você sabe, ele não pode saber que tem gente aqui.
Paro um pouco, repetindo a frase deleno meu subconsciente, ele não ta sozinho.
- Ele? Quem é ele? -Pergunto em um tom neutro.
O homem parecia dessa vez um pouco incomodado, estava escondendo algo tão... não tenho nem palavras para descrever isso, mas ele me escondia de alguém.
- Acho que já falei demais, depois eu posso trazer algo para você comer, mas não vai ser agora. -Ele diz saíndo, trancando a porta novamente.
(Para melhor experiência, coloque fones e de play na música no minuto 03:00)
Vou em passos rápidos até a porta, tentando com todas as minhas forças abrir ela... mas que inútil tentar isso, como se resolvesse algo, como se ele não tivesse em algum lugar da casa esperando para me matar caso eu conseguisse sair daqui de baixo...
Sinto um choro de desespero começar subir pela minha garganta, meus joelhos fraquejar lentamente, uma dolorosa e agonizante dor tomar conta de meu peito.
As primeiras lágrimas caíam sobre minhas bochechas, minhas mãos apertam tão forte sua palma, que podia sentir a pele ser machucada, meu corpo tremia, não sabia ao certo se era raiva, ou pavor por estar completamente sozinha aqui.
Meus lábios começam a tremer, meus dentes batiam um sobre o outro com rapidez, abro minha boca soltando o grito mais agonizante que podia dar, quando me dou conta estou de joelhos no chão, chorando como nunca chorei em minha vida. As lágrimas desciam rápidas pela minha bochecha, minhas mãos batiam no concreto gelado do chão.
Estava encolhida em frente da enorme porta, não conseguia me controlar, enquanto as lágrimas caíam, minha mão esquerda batia frequentemente no concreto, começando a fezer barulho de algo líquido mas espesso.
Com isso lembranças começam a correr pelo meu subconsciente enquanto meus olhos ficam fechados com força.
Passavam tantas coisas boas, tantos momentos com minha mãe, momentos com Finn, Gwen e Robin, partidas de basebol com Bruce zuando meu arremesso, Billy jogando todos os dias jornais na porta de minha casa, até mesmo Vence fazendo os valentões saírem correndo depois de ameaçaram cortar minhas tranças.
Paro de chorar depois de... talvez horas, ainda permaneço do mesmo jeito encolhida no chão com meus olhos fechados, soluçava algumas vezes tentando recuperar direito meu fôlego.
Junto o resquício de força, para engatinhar até o colchão, abro meus olhos direito, e vejo minha mão esquerda toda cortada sangrando ainda, fecho novamente meus olhos, me encolhendo no meio do colchão sentindo as lágrimas voltar a escorrerem.
Aperto com minha mão direita, a esquerda sobre meu peito tentando manter minha sanidade. Já que sei que não irei sair tão fácil daqui.
Alguém... por favor...
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E foi isso o primeiro capítulo... espero que gostem.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Boy?-Finney Blake
Fanfiction"Por que diabos esse telefone não para de tocar?" Lisa Springs uma garota normal de 13 anos, começa ver seus amigos desaparecendo de formas misteriosas, mas sempre com algo em comum, além de serem apenas garotos, balões pretos. Em um dia qualquer Li...