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Nível de sanidade: 50%
Ansiedade: 48%
Nível de sucesso para sair: 25%

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-POV LISA-

- O que foi? -falo com o telefone na minha mão- QUE FOI?

A linha ainda estava muda, talvez já desligada.

- Tem alguém na merda da linha ainda? -pergunto dessa vez sem paciência já.

- Mas que merda de pergunta foi essa, é óbvio que tem.

Paro um pouco afirmando melhor o telefone em minha orelha.

- Merda... Vence... Vence Hopper. -me levanto do colchão com a surpresa.

- Parece que ainda se lembra de mim Lisa Springs, sinto muito pelo que aconteceu com você. -ele diz.

Suspiro me sentando novamente no colchão, sem falar nada, sinto um arrepio correndo pela minha coluna, e um peso diferente no colchão. Olho em toda a volta com medo do Grabbler estar aqui, mas eu estava sozinha.

- Vamos lá Lisa, na parede de frente com a privada, tem um armazém, que pode ser a sua saída, tem o freezer, se você conseguir sair, ira conseguir escapar sem ele ver.

- Com o que eu posso quebrar a parede? Não tenho força o suficiente Vence...

- A tampa da privada pode ser bem útil, as paredes são velhas, não vai muito difícil de fazer isso Lisa Springs. HOJE É O DIA FILHO DA PUTA -A voz dele começa alterar.

- Você não pode continuar com esse jogo Lisa, ele não pode te machucar mais... você entrou na segunda fase, e a segunda fase para a morte vai ser questão de dias apenas, você precisa reagir, você precisa reagir Lisa Springs, tenha coragem ou vai acontecer o que aconteceu com nós.

- Ok... obrigada. -digo baixo.

Um arrepio mais forte vem dessa vez, ele parecia estar ao meu lado.

- Obrigado pelo que?

- Por me ajudar...

Algums segundos de silêncio na linha, até Vence voltar a falar com certa raiva.

- ISSO NÃO É SOBRE VOCÊ LISA, É SOBRE ELE.

Mudo...

- Alô? Vence?

O telefone não deu mais sinal, apenas o coloco no gancho, e vou até o banheiro tomando cuidado onde piso. Pego a tampa da caixada privada, e vou a frente da parede.

- Que seja...

Tomo fôlego, começando a bater a tampa na parede, bato, bato, bato, mais, mais, e mais. Depois de um belo buraco, paro um pouco respirando fundo, deixo as coisas em um canto, e vou até o colchão me sentando.

Sinto minha cabeça doer, minha visão se balançar, e meu estômago doer muito. Desde que cheguei não comi, ou bebi algo...

Escuto a porta ser destrancada. Vou até a parte mais longe, me encolhendo.

O homem aparece com a máscara cobrindo todo seu rosto dessa vez, ele me olha. Seu olhar continuava diferente quando me via, desvio meu olhar, e escuto o mesmo colocando uma bandeija de comida e bebida no chão.

- Você precisa comer, não que faça diferença para mim, mas preciso de você viva por mais alguns dias. -ele diz neutro, e encosta a porta apenas.

Espero um pouco para ter a certeza, e vou rápido até o prato de comida, sento no chão o segurando, comendo com minhas mãos mesmo.

Para tantos dias sem comer, isso parecia ser a coisa mais gostosa do mundo. Solto um pouco o prato e tomo um gole generoso do refrigerante.

Assim que termino de comer, deixo em um cantinho as coisas, e me sento no colchão. Eu preciso de alguma forma ter forcas o suficiente para continuar, eu não posso parar, eu preciso sair daqui viva...

Me levanto novamente, voltando para o banheiro, pego a tampa de novo, voltando a bater contra a parede, com toda a força, e ódio que eu carregava ali agora. Pedaços de tijolo voam por todo p espaço, fazendo a maior sujeira, no último impacto, foi em algo de metal.

O freezer...

Pensei em continuar, mas seria inútil agora, meus braços estavam letajando de tanta dor, ainda mais pelo corte em meu pulso que não havia cicatrizado ainda.

Coloco a tampa no cantinho, empurrando as sujeiras para o canto da privada, e vou até o colchão, sento me apoiando na parede, e me encolho olhando a janela.

A luz do luar iluminava um pouco o local, abraço minhas pernas. E me pergunto, o que os outros estariam fazendo essas horas.

O que minha mãe estava fazendo, se ela estava sentindo minha falta assim como eu estou sentindo a dela aqui embaixo...

O que Finn estaria fazendo, se ela se deu conta do sumisso, ou se ainda segue a vida normal. Se aqueles valentões filhos da puta deixaram ele em paz...

Mesmo de dentro, com a minúscula janela, vejo uma estrela cadente passar. Abraço meus forte minhas pernas, fechando meus olhos forte.

Se desejos se realizam, o que eu mais desejo é sair daqui. Eu só quero sair viva daqui. Eu só quero dar um abraço apertado na minha mãe, e me desculpar por tudo.

Admitir o que Vence Hopper sempre teve razão. Que eu amo Finney Blake. Só quando a gente se vê situações tão horriveis como essa, para a gente admitir o óbvio.

Mas para isso eu preciso sair daqui, eu preciso usar cada segundo, cada força que me resta...

Eu não quero morrer, não dessa vez pelo menos, eu quero sentir o sol na minha pele de novo, andar de bicicleta, abraçar as pessoas que eu amo, tomar um banho de chuva, me sentir novamente livre...

Eu preciso...

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Vamos que vamos
que a Lisa faça as
escolhas certas, um deslize
ela pode acabar com tudo.

Boy?-Finney BlakeOnde histórias criam vida. Descubra agora