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Nível de sanidade: 86%
Ansiedade: 19%
Nível de sucesso para sair: 6%

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-POV LISA-

Me levanto do colchão devagar, sentindo meu corpo inteiro doendo, me apoio na parede ao lado. E o telefone toca. O olho esticando minha mão, o pegando.

- Alô...

- Eu falei para você não ir Lisa, confia em mim agora?

Suspiro com a fala de Billy do outro lado da linha, e me sento no colchão, passando minha mão devagar pela minha testa ficando manchada de sangue.

- Desculpa, eu precisava pelo menos tentar. -Digo baixinho.

- Tem um fio, perto do buraco que você está fazendo, pode tentar fazer algo com a tela da janela. Mas seja rápida, você não tem muito tempo.

O telefone fica mudo antes mesmo de eu falar algo, mssmo com muita dor, me levanto colocando o telefone no gancho, e vou até onde Billy havia falado.

Tomo cuidado para não cair, e acho o tal fio que ele falou, vou puxando até um longo fio se revelar.

Enrrolo o fio e me sento no colchão, fecho meus olhos tentando ter alguma lembrança dos nós que aprendi em um dos acampamento de verão que eu fui. Mas a única que vem na minha cabeça é o cinto, a surra e tudo se apaga.

Mas que droga.

Pego uma das pontas do fio, e faço um nó parecido com uma mini forca, checo se estava firme o suficiente, e me levanto.

Vou perto da janela a olhando com o fio na mão. Espera... eu facilmente poderia... esse fio é grosso o suficiente para aguentar meu peso.

NÃO! PARA LISA.

Balanço minha cabeça voltando ao meu foco, pego a ponta que estava amarrada, e começo a jogar contra a grade, na esperança dela fazer a volta entre um dos espaços.

Depois de várias, várias e várias tentativas. Finalmente consigo, o fio de enrola entre um dos ferros. Desço devagar e junto as duas pontas. Respiro fundo, e puxo um pouco. Tentar subir é inútil, da para ver bem arbustos tapando a janela, e o vidro certeza não iria se quebrar fácil...

Junto todas as minhas forças, e começo puxar, de novo, de novo, de novo, e mais uma vez, até aquela grade vim com toda a força em minha direção acertando minhas costas.

Evito ao máximo de gritar, e me levanto do chão com um pouco de dificuldade. Olho a janela, estava livre. Seguro a grade, e a levo para o "banheiro" junto com o fio para os esconder. Volto para o colchão e me deito fingindo estar dormindo.

A porta é aberta lentamente, não mexo um músculo se quer, para ter o total fé que eu estava dormindo.

- Eu sei muito bem que não está dormindo. -o homem diz.

Abro meus olhos, e me levanto, ficando sentada no colchão o olhando séria.

- Está tanto tempo aqui, e eu ainda não sei seu nome garotinho. -ele diz calmo- Como é seu nome?

Fico um pouco em silêncio, apertando um pouco minhas mãos. Eu devia falar a verdade, talvez iria me poupar e me soltar... mas e se ele me matar de vez...

- James Parker... -digo baixo evitando o máximo de contato.

Um silêncio muito desconfortável toma conta do ambiente, o homem toma um tanto do ar jogando toda a bandeija de comida no chão, e um jornal aos meus pés.

Boy?-Finney BlakeOnde histórias criam vida. Descubra agora