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Nível de sanidade: 79%
Ansiedade: 29%
Nível de sucesso para sair: 6%

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-POV LISA-

Não sei ao certo quantos dias estou aqui, a única coisa que conseguia pensar é em tentar uma fuga, uma fuga o mais rápido possível.

Acho que fazia talvez uma hora que estava cavando esse buraco, tinha uma profundidade boa já, saio de dentro com um pouco de dificuldade, e coloxo novamente o tapete. Vou até a caixa de descarga lavando as mãos, solto a descarga, e espero a água limpa para tomar um pouco.

Vou até o colchão respirando fundo, e olho no canto do colchão, a bandana preta. Robin faz tanta falta... puta merda...

Me estico pegando a bandana, colocando no bolso da minha calça, me levanto olhando a janela, estava escuro já. Assim que me levanto o telefone volta a tocar.

Vou rápido até lá, tirando do gancho.

- O que...

- Lisa, Lisa?

Essa voz... não é estranha.

- Griffin? É você?

- Pode ser que sim, escuta, o Grabbler não tem dormido muito bem, ele 'ta ansioso para jogar com você. Me escuta aqui, presta atenção, na porta tem um cadeado, que era da minha bicicleta, ele pegou quando me sequestrou.

- Seu? Qual é a combinação Griffin? -pergunto baixo.

- Eu não sei, tinha medo disso, então esculpi na parede.

Assim que ele fala fico atenta.

- Qual parede Griffin? Qual parede?

- Essa que vai para o banheiro. Está na altura do ombro de uma pessoa quando está sentada. Boa sorte Lisa.

O telefone fica mudo novamente. Assim que me viro, vejo um corpo. O corpo de Griffim flutuando apontando para a parede. Solto um grito assustado soltando o telefone no chão. Em um piscar de olhos some.

Me abaixo pegando o telefone colocando no gancho. E corro até a parede. Vou até a parede me sentando olhando em cada parte prestando atenção nos mínimos detalhes.

23317.

- 2.3.3.1.7 -digo só para mim.

Está bem... vamos nessa Lisa...

Abro a porta devagar, e subo as escadas pé por pé, cuidando até para respirar. Abro a porta na minha frente devagar evitando o máximo possível de fazer barulho.

Começo a andar devagar, o homem estava parado, imóvel com o mesmo sinto na mão. Eu podia facilmente pegar uma faca, e o matar agora mesmo. Por tudo o que ele fez ele merecia isso mesmo, mas... Não sei se tenho coragem o suficiente...

Dou de costas, e vou até a porta. Abro a grade que não tinha nenhum cadeado. E o encaro, ele continuava do mesmo jeito.

Respiro fundo, e começo tentar fazer as senhas, errando feio nas primeiras vezes. Passo minha mão pela minha calça limpando o suor, e tento novamente.

BINGO.

Puxo o cadeado para baixo abrindo. DROGA. Fez barulho. Um barulho do lado vinha muito alto. Ignoro o máximo, e arranco o cadeado dali, e saio correndo pela porta da frente.

Que se dane a dor horrível que estava no meu corpo. Ou os cortes que deixavam pingos de sangue por onde eu passava. Eu estava disposta a correr até não aguentar mais.

- SOCORRO, SOCORRO POR FAVOR.

Minhas pernas ficam moles por um segundo me fazendo tropeçar. Sem dar tempo suficiente para chegar no chão, me apoio voltando correr.

- SOCORRO POR FAVOR.

Sinto um impacto dolorido em meu corpo, o Grabbler estava por cima de mim, segurando forte uma faca na minha garganta.

Duas luzes de cadas diferente se acendem. O homem chega perto do meu ouvido falando.

- Se você falar algo, eu juro que vou te estripar feito um porco aqui mesmo, e te enforcar com seu próprio intestino.

Meus pelos se arrepiam com o que ele fala, e fico em silêncio implorando para alguém sair de uma das casas. Ambas das luzes se apagam, assim como minha esperança.

- Bem-vinda a segunda fase do jogo querida.

Sinto meu cabelo ser puxado com força, e me levantando, a porta de trás da van é aberta. Antes de entrar sinto um soco forte no meu nariz, me fazendo desacordar.

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Não faço ideia por quanto tempo fiquei desacordada, mas assim que eu acordo olho para o lado, vendo o homem se levantar arrumando sua calça. O olhar dele se direciona para mim, a máscara estava diferente, cubria apenas seus olhos, um sorriso surge em seus lábios.

- Você foi melhor que os outros querida.

A porta se fecha. Sinto as lágrimas se juntando em meus olhos. Eu não acredito, eu não acredito. Eu fui tão perto de conseguir. Mas ele foi mais.

Ele me trouxe para o inferno, ele pegou uma coisa que não era dele, me violou. Violou meu corpo, minhas regras, sinto um aperto em meu peito, meu coração partia. Ele levou minha inocência, não só a minha, assim como a dos meninos...

Tudo o que eu mais desejo agora é a morte, eu me sinto nojenta agora, ainda não podia acreditar no que aconteceu.

Nada nem a mais bela memória me faria esquecer disso, a sensação horrenda de acordar e ver aquela cena, aquelas palavras saíndo da boca dele. Uma coisa que ele não tinha permissão de fazer...

As lágrimas começam a cair, molhando todos os cortes que continham em meu rosto, me viro me encolhendo, com medo, com frio, fome, até não podia ter palavras para me descrever em um momento assim.

Não consigo nem pensar como foi com os meninos, somos apenas crianças, a gente devia estar não sei... brincando, se divetindo. E não em um cativeiro... abusados... usados...

Eu preciso sair daqui... eu preciso sair daqui...

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Grabbler filho da puta...

Boy?-Finney BlakeOnde histórias criam vida. Descubra agora