Capítulo 76 - Detector de mentiras

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— Okay, o que você queria me dizer? — Alex perguntou enquanto comia o seu último pedaço de pizza.

— Sobre o quê? — Maria indagou, confusa.

— Como assim? Eu não sei! Foi você quem disse que precisava me contar algo.

— Ah, é verdade... — ela concordou e se levantou do sofá. — É tão comum você invadir o meu apartamento que dessa vez me esqueci que fui eu quem te chamou.

— Eu não invado o seu apartamento! — Alex afirmou, recebendo um olhar da ruiva. — ...não "frequentemente", igual você faz parecer — falou emburrado. — De toda forma, sobre o que você queria discutir?

— Bem... — Maria caminhou até seu quarto e voltou com uma caixa de papelão. — Eu queria fazer um jogo com você — colocou a caixa na mesa em frente o namorado.

— Jogo? Que tipo de jogo?

— É um joguinho bem divertido — ela sorriu e em seguida cruzou os braços. — Mas pode ser um pouco doloroso para você.

— "Doloroso"? — Alex falou, desviando o olhar por um instante. — Tipo... AQUELE doloroso?! — sorriu animado e se levantou, parando em frente a moça. — Eu topo!

— Você topa?

— Topo! Eu quero! Pode fazer o que quiser comigo, eu não ligo! — ele fechou os olhos ao mesmo tempo em que estendia os pulsos para a ruiva. — ...isso parece um sonho!

— Por que você parece tão animado? — Maria riu, sem entender o porquê de Alex estender os braços na direção dela, e começou a abrir a caixa com um estilete.

— O quê?! É muito empolgante! Saber que você quer praticar um jogo comigo... de que tipo vai ser? Laços? Vai amarrar os meus pulsos com uma corda ou me algemar?!

— O quê?

— Não? Então o quê? — Alex pensou, cruzando os braços. — ...chicotes? Você quer me bater como punição sempre que eu fizer o que não devo?!

— Hum? — Maria semicerrou os olhos, confusa, parando de abrir a caixa apenas para encarar o namorado.

— Não? — ele indagou, perplexo com a redução nas possibilidades. — ...quer fazer algo com os meus olhos vendados? Ou prefere me fazer de cachorro e me colocar uma coleira? — Alex pensou. — Talvez você queira usar uma máquina de choques em mim?

— Sim.

— Choques?!

— U-hum.

— Uau! — Alex sorriu empolgado ao imaginar a namorada vestida de policial. — Você é mais perigosa do que eu pensei! — exclamou e viu a ruiva tirar o aparelho de dentro da caixa. — ...hum? O que é isso?

— É um polígrafo.

— Polígrafo?... espera, isso não é um detector de mentiras?

— Isso.

— ...era esse o "choque" que você quis dizer?

— Sim — Maria apoiou as mãos na cintura, passando a encarar o homem a sua frente.

— Ah. Entendi... — Alex soltou um suspiro deprimido. — Então nada do que eu disse eram opções? — bufou. — Tudo culpa do Adrien que me disse aquilo mais cedo!

— Não eram opções, mas foram ótimas ideias — Maria sorriu, levantando uma das sobrancelhas. — Quem sabe eu não tente uma delas um dia.

— ...é?

Philia [Completo] [Versão inicial]Onde histórias criam vida. Descubra agora