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Christopher abriu a porta e esperou que changbin fosse primeiro, como um ato de cavalheirismo e bons modos que aprendeu com seus pais, mas, ao invés do rapaz dar um passo a frente e fazer as honras, ele o olhou com um sorriso discreto, estagnado no lugar.

- o que foi? - indagou confuso o de fios loiros, tão dourados que até mesmo no escuro da noite pareciam brilhar como estrelas cadentes.

- você precisa me convidar pra entrar. - chan deitou levemente a cabeça para o lado, sem entender. - eu sou um vampiro, esqueceu? Não posso entrar sem permissão.

Ah, ele realmente tinha esquecido daquela parte, e também que estava literalmente colocando um sanguessuga dentro da sua própria casa, que poderia ataca-lo no meio da noite e retirar todo seu sangue enquanto dormia pesadamente. Mas olhe só, o lobisomem tinha bons argumentos para explicar toda a situação atual: inicialmente, tinha conhecido changbin num bar local que sempre ia aos fins de semana, como uma descarga espiritual para aliviar a péssima semana que tivera, e para seu azar, aquele vampirinho sacana era bom de papo, muito bom mesmo! Conseguiu o feito de fazê-lo rir em cada frase que dizia, chan temia julgar que estava sendo enfeitiçado, porque o carinha era realmente uma ótima companhia, além de bonito, muito bonito, do tipo que ele não conseguiria levar para casa facilmente por conta da sua timidez, mas cá está ele, paradinha na sua porta com um sorriso debochado da sua falta de memória, com aquelas presinhas bonitas destacadas em sua boca pequena e carnuda. E para piorar tudo mais ainda, o desgraçadozinho era totalmente seu tipo.

Então, com todos esses argumentos propostos, você acha que chan teria coragem de negar o pedido dele em ir para um local mais reservado? Se sua resposta foi sim, você está totalmente enganado. Chris é um lobisomem de carne fraca, principalmente para vampirinhos de sorriso bonito e braços fortes.

- oh, certo. Perdão. - changbin riu mais um pouquinho, e chan quase amoleceu como gelatina. - você pode entrar.

- obrigado, lobinho. - ele sorriu ao adentrar, se misturando com a escuridão exterior da residência.

No fundo, chan rezava que conseguisse passar dessa noite vivo.

MordidaOnde histórias criam vida. Descubra agora