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Mesmo com o sorvete e o papo agradável no parque, nem um beijinho romântico em um dia bonito de domingo tinha saído. Será que esse tipo de coisa só acontecia entre humanos? Chan estava começando a se questionar sobre isso.

Ficaram pelo parque até uma repentina nuvem carregada se aproximar, seus pingos sendo tão grosso que em poucos segundos todos que estavam no ambiente fugiram para se proteger, ficando para trás um certo casal — que ainda não era um casal. Chan fechou a sombrinha e changbin tirou os óculos escuro, sorrindo ao se ver protegido do sol. Já estava anoitecendo e aquela nuvem pesada parecia que iria se tornar uma tempestade logo logo, então, pensando mais na saúde do seu amado amigo, chan ficou de pé, penteando o cabelo ensopado com os dedos, impedindo que a franja cobrisse seus olhos. Já era difícil o bastante enxergar com toda aquela chuva caindo.

— vamos pra casa, você vai ficar doente. — disse, observando o vampiro se levantar sorridente, embora tão ensopado quando um pinto na chuva.

— eu não fico doente, hyung.

Coisa de vampiro, vai entender.

— por que você parece tão triste? — changbin perguntou, andando ao redor do lobo que permanecia com os ombros baixos, demonstrando todo seu desânimo.

— nosso encontro foi um fracasso total.

— não foi não. — ele parou na sua frente, o rostinho pálido brilhante no meio daquela chuva horrível. Changbin ergueu as mãos e tocou nas bochechas amendoados do lobisomem, se aproximando dele o bastante para que sua camiseta molhada tocasse a dele. — o que é um encontro sem um beijo na chuva? Um romântico incompreendido não deixaria isso passar.

Assim que a boca dele tocou a sua, o mundo de christopher parou. Tudo foi colocado no mudo e a única coisa que realmente valia a pena dar atenção era na sensação gelida e molhada do beijo. Como a textura dos lábios de changbin era macios, e como era bom beijá-lo. O segurou pela nuca, a fim de comandar o ósculo, que apesar de esquisito pela intromissão da água, não era tão ruim assim. Durou pouco, na verdade, durou segundos, porque um trovão forte estremeceu o céu e chan quase morreu de susto, ocasionando numa risadinha debochada do seu vampiro malandro que não perdia uma oportunidade de caçoar da sua cara.

— você tem cheiro de cachorro molhado. — disse, farejando o ar como christopher fazia as vezes.

— isso não foi nenhum pouco romântico da sua parte! — esbravejou envergonhado, mas logo se rendeu a risada dele.

— sou um romântico incompreendido, lobinho. — aperdeu o nariz dele, sorrindo com as presinhas de fora.

MordidaOnde histórias criam vida. Descubra agora