08. O Portal

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Estávamos sobrevoando o mar rapidamente, foi de repente que uma enorme onda nos engolfou, e mergulhamos em suas águas.

Por mais agitado que parecesse sua superfície, seu interior era surpreendente calmo, e a medida que afundava tive o desejo de me deixar ir, minha vida passou pelos meus olhos num instante, como se fosse um sonho fugaz.

Mas aí lembrei de Raven, e do nosso desejo forte de chegar até a superfície, e acordei, comecei a me mexer no meio daquela água buscando emergir, qual foi minha surpresa que não me sufocava, mas que também conseguia respirar ali embaixo.

Comecei a nadar, e vi o rosto de minha amiga se aproximando de mim, ela me puxou e quando vi estava novamente na superfície agitada do mar.

- Tsuki! Se concentra!

- Sim! Respondi, enquanto as ondas nos levavam, e novamente flutuamos sobre o mar, retomando nossa jornada em direção da luz azul, que giravam em vórtices espirais.

Ao chegar lá, surgiu diante de nossos olhos um enorme portal, havia um pátio e algumas escadas que subiam, pousamos no pátio e soltei a mão de Raven que havia segurado com tanta força durante a jornada.

Me aproximei um pouco mais do portal, parecia que havia algo escrito sobre ele uma língua muito antiga, eu não sabia o que significava, mas minha amiga parecia saber...

- Raven! O que significa estas palavras?

Ela estava imóvel, e tremeu na base, enquanto lia as palavras, sentiu que perdia todas as forças com as quais vencerá todos os seus medos e dúvidas até aquele momento:

- Está ... escrito:


Proibido a ascensão aos habitantes do mundo interior.


Raven foi tomada de um pânico irracional diante daquela inscrição, e caiu de joelhos no chão jogando sua lança para o lado, colocou as mãos no rosto e sua face se enchia de aflição e terror, eu não sabia quem havia escrito aquilo e como aquele tabu paralisava a consciência dela, mas lembrei da minha escola e de meu sonho, em que me libertava de minha prisão, e me virei na direção dela, puxando o seu manto rústico que ela levava na costa e a puxando para perto do meu peito, e em seguida joguei o manto ao nosso redor, nos cobrindo com ele:

- Você vai vir junto comigo! tão junta que vamos parecer uma só!



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