O carro para de andar, não sei quanto tempo demoramos para chegar e nem prestei atenção no barulho da conversa dos dois sequestradores, só orei pedindo a Deus pela minha vida e que tudo não terminasse assim. A porta do meu lado abre e sou puxada pelo braço, o desnível do chão me faz tropeçar conforme sou arrastada. O cheiro de maconha preencher os meus sentidos me fazendo espirrar, mas nada empede o homem de continuar.
Uma batida na porta seguida de um entre gritado, a pessoa estava muito brava pelo modo, me faz arrepiar dos pés a cabeça.
- Serviço feito chefe ! - São as palavras que preenche o cômodo, ouço a porta ser fechada em um baque leve, sabia que estava em cômodo pequeno, mas com as mãos amarradas e com os olhos tampados não sabia o que acontecia ao meu redor. Será que foram todos embora? Estou sozinha ? Tento manter a calma e ouvir algum barulho que não seja da minha respiração desregular. Espero ali parada no meio da sala, sem saber como agir, o tempo parece demorar a passar mas ouço um riso baixo preenche o ambiente me fazendo enrugar a testa. Quem será?
O barulho que creio que seja da porta se faz presente de novo, mas dessa vez ela é fechada com mais força me fazendo dar um pulinho com o susto.
- O que tá rolando? - A voz grossa me faz arrepiar e tranco a respiração, não pode ser. Mexo os braços com dessespero tentando me livrar das amarras, pânico e a vontade de sair correndo. O ar me falta, o tempo para, essa voz não.
O capuz é tirado da minha cabeça e os olhos que venho fugindo durante todos esses anos me encaram. Não sei o que eles transmitem, a vontade de sair correndo se torna maior. Bryan me encara sem dizer nada enquanto Koringa está apoiado na mesa encarando a nós dois. Dou alguns passos para trás antes de chocar com a parede fria, tento respirar devagar e pensar em como fugir, ele vai me matar.
- Mel... - me olhando de cima a baixo, por um momento acho que a ficha dele não caiu ainda.- Sai - a ordem faz com que o homem que tem um sorriso debochado no rosto saia da sala mas ainda sinto o mesmo receio de antes com a presença dele .
- Vadia - a palavra sai como um rosnado antes que eu sinta o impacto do tapa em minha cara.
Frashs do passado invadem minha mente, tudo voltando de uma só vez ; As brigas, os tapas, o sexo e principalmente o dia que eu tento esquecer. Pisco e tenho puxar o ar, as mãos dele estão no meu pescoço me sufocando, sem pensar muito no que estou fazendo mexo as pernas e tento o acerta até fazer com que ele se afaste.
- Para com isso Bryan! - grito assim que consigo me afastar dele - O que você quer ? Mandou me achar para finalmente poder me matar ?
- O que eu quero porra ? Você fugiu na calada da noite dentro do porta malas do carro - nós dois estamos gritando a plenos pulmões sem nós importamos com quem pode ouvir.
- E o que você queria? Em, me fala ? Que eu continuasse aqui pra você me matar na porrada ? Ou pra você continuar botando chifre em mim ? O que caralho você queria, porra ?
- Você é minha.Eu decido se você vai viver ou morrer. Eu mando nessa porra !- seus olhos me assustam com a raiva que tem ali - Sua vadia desgraçada ! - avançando em mim e segurando meu rosto, minhas bochechas são precionadas sendo obrigada a fazer um biquinho, suas palavras são gritadas. - Você é minha puta pra ser usada do jeito que eu quiser.
- Não, não sou ! Eu sou dona de mim mesma e você nunca mais vai mandar em mim - sou firme em minhas palavras, mesmo que esteja me tremendo toda.
- Eu vou te matar .
- Então mata poderoso Bryan ! Termina de fazer o que você começou, me mata como matou o meu bebê - minha garganta está seca mas as lágrimas rolam por meus olhos, ainda me doía lembrar daquele dia. - Você já me matou justamente naquele dia e de mil formas diferentes. Pode não se lembrar porque estava bêbado e drogado de mais, só que eu me lembro Bryan. Eu me lembro porra ! Me lembro muito bem de como você chegou em casa...
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Atrás das Grades - Second season
RomanceNão sei ao certo o que aconteceu e em apenas uma noite as coisas mudaram. Eu que estava me acostumando com o rumo que minha vida estava levando e começando aceitar que poderia dar certo e que ainda havia esperança... Mas foi um mero engano, mais u...