Capítulo 9

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Bryan Mateus - BM

Entro na casa com um sorriso enorme no rosto, até mesmo acho que vou explodir e virar purpurina de tanta felicidade.Se passava um pouco das 8 horas da manhã, tive que resolver algumas coisas sobre as drogas que estão sendo distribuídas.

Meus passos são largos para a cozinha já me preparando para tomar um café da manhã com meus filhos e minha mulher, talvez a última parte esteja precipitada mas Melane é minha, só precisa se lembrar disso. Meus olhos piscam com rapidez, cadê elas ? Sei que Christian saiu cedo mas ele não perderia um café da manhã com a mãe depois de tantos anos ou perderia ? Ando de volta em direção a sala para subir em direção aos quartos, o dia ontem foi agitado, elas podem estar dormindo.

Nada. É isso que encontro ao abrir a porta com cuidado, respiro fundo antes de procurar pelos outros cômodos. Lembranças de quando a mulher fugiu vêem em minha mente, a noite que a procurei e gritei seu nome por horas em sua busca, uma porção de sentimentos me assombra. O medo de não a encontrar de novo e perde minha filha.

Me deixo ir ao chão de joelhos e tento respirar fundo, conto até 50 antes de me levantar e gritar por um vapor que passa pela porta com rapidez.

- Chame o Menor, precisamos encontrar a minha mulher e minha filha!

O pequeno frango de pernas finas sai correndo com medo, bufo pensando se esse é realmente um dos melhores vapores para proteger a minha casa já que correu mais que galinha tentando não ser pega. Me manter calmo é difícil.

Quando Gabriel chega explico correndo o que está acontecendo enquanto ando pela casa pegando coletes a prova de bala, revólveres, algemas e meu canivete. Ele me olha como se fosse um besta e não estivesse entendendo nada.

- Porra! Se mexe Caraí! Melane fugiu de novo e você parado como uma pata choca no meu tapete. Tá esperando o que para chamar os homens e montar a busca ?

O vinco em sua testa se faz presente junto com a confusão das minhas palavras.

- Você tem certeza que ela fugiu ?

Pego a Glock e coloco as balas antes de destravar e levantar o olhar.

- Claro que tenho porra ! Melane fugiu, de novo, e levou minha filha.

Se dando por vencido e sem retrucar ele aceitou a arma e o colete que coloquei no sofá para ele, elas não iriam fugir de mim.

- Qualé meu velho! Porque o vapor aqui na porta parece que vai desmaiar ? 

Christian passa pela porta e começa a falar enquanto pendura a jaqueta e coloca os tênis no pequeno armário que tem ao lado da porta, mostrando que vai os calçar de novo, antes de calçar chinelos.

Não respondo, o fazendo levantar a cabeça e me encarar sério, sabendo que algo tinha acontecido.

- Por que dessas caras ?

- Pegue suas coisas e chame seus homens, sua mãe fugiu e agora acabou minha paciência.

- Minha mãe ? Fugiu ? Desde quando cê tem paciência coroa ?

- Faz o que eu tô mandando, Chris.

Balançando a cabeça e se jogando no sofá, ele apenas liga a tv e coloca em um canal de streaming, ignorando minha ordem. Rosno.

-  Quero 5 homens perto da onde ela trabalha, mande alguém conversa com Paula e mais alguns na casa aonde ela estava. Eu vou na escola da Emma esperar para ver algum movimento.

Dou as ordens e coloco a arma na parte de trás da calça antes de vestir uma blusa para esconder. Por um momento olho para meu filho e ele bufa antes de pegar a arma e se levantar. Quando estamos do lado de fora já perto do portão ele começa a gargalha.

Procuro o que pode ter feito a crise de riso dele mas não encontro nada, todos os vapores estão sérios esperando o comando com algumas armas na mão, os carros estão parados com as portas abertas, menor também me encara confuso.

-Minha... Minha mãe....

Ele tenta formular uma frase mas o riso o empede, lágrimas já são visíveis no canto dos seus olhos.

- Minha mãe foi trabalhar...A levei agora de manhã...

E mais uma crise de riso sai de seus lábios, Christian até mesmo chega a se engasgar, mas aí a fixa caí fazendo com que estreite os olhos para seu rosto.Só podia ser brincadeira.

- Se eu fosse você eu corria, Christian. Por que hoje vou te dar a surra que sua mãe te prometia quando era pequeno e eu nunca deixe dar. Seu muleque filho da puta !

Com as minhas palavras e alguns engasgos com a falta de ar, sai correndo enquanto deixo menor dispensar todos e entro de volta na casa. Bato a porta com força, fazendo o quadro na parece tremer. Tenho vontade de pegar ele pelo pescoço e larga somente quando ele tiver colocado dois metros de língua para fora. 

M

as ao invés disso me limito a me serve uma dose de whisky e sentar no sofá, isso não me ajudaria a relaxar, nunca ajudou depois que ela foi embora.

Menor não bate na porta, simplesmente entra e vai até a cozinha voltando com um copo de café e se senta ignorando os meus resmungos sobre ele está muito a vontade aqui.

- Porque ao invés de continuar a fazer o que você fazia antes não tenta fazer diferente... - paro por alguns segundos antes de olhar em seu rosto que encara o copo quente de café. - Ao invés de dar motivos para que ela queira ir  embora, porque não faz ela querer ficar ?

- Como assim ?

- Bryan... Você é meu primo e te respeito, não por isso ou por ser meu chefe. Não acha mais fácil tentar fazer a Melane ficar do que surta e sempre ter medo de chega em casa  e ela esteja vazia ?

-  Entendi. - Falo mesmo não concordando. Não entendo porra nenhuma, Melane sabe que é minha e que vai morrer sendo.

Atrás das Grades - Second seasonOnde histórias criam vida. Descubra agora