Capítulo 02

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Naya

Eu estava assustada pelo fato da garotinha não estar. Havia uma arma apontada para ela, mas ela simplesmente sorriu pra mim. Seu cabelo era curto e castanho, ela tinha a bochecha mais fofa que já vi, seus olhos eram escuros e... ela estava usando o mesmo vestido da foto.

ㅡ Greta? ㅡ ela alarga o sorriso e entrega um celular preto pra mim.

Pego e encaro ele e em segundos ele toca. Atendo.

ㅡ Naya...ㅡ meu coração congela naquele instante. ㅡ Filha eu tenho tanto pra dizer... Mas eu realmente ainda não posso.

ㅡ Porque será que isso não me surpreende dona Eva?

ㅡ Eu sei que você tem todo direito de odiar a mim e seu pai. Mas por favor não odeie a Greta. ㅡ olho para a pequena que estava mexendo na barra do seu vestido.

ㅡ Eu não seria capaz.

ㅡ Filha...ㅡ ouço a voz do meu pai e meu coração acelera mais ainda. ㅡ Não podemos ficar com a Greta no momento. Por favor cuida dela. A nossa vida está muito perigosa e eu não quero colocar a vida de vocês duas em risco. Vocês são o bem mais precioso que eu tenho. Eu juro que vamos voltar pra vocês ok?

ㅡ Tudo bem. ㅡ digo com a voz embargada. Meu coração acredita no que meu pai disse, mas minha mete diz que não é verdade.

ㅡ Nós amamos vo.....ㅡ a ligação cai. Eu não queria questionar os métodos deles, não queria querer desesperadamente saber o que estava acontecendo... porém era impossível. No que os meus pais se meteram?

Olho para Greta.

ㅡ Naya vai cuidar de mim? ㅡ um sorriso estampa meu rosto.

ㅡ Sabe quem eu sou?

ㅡ Mana. ㅡ não aguento e abraço ela.

ㅡ Eles falaram de mim pra você. ㅡ não consegui esconder minha felicidade. ㅡ Eu vou cuidar de você anjinho, não faço idéia como vou fazer isso, mas vou dar o meu melhor, eu prometo.

///

Cheguei em Madrid está manhã. Eu estava indo direto pro meu apartamento que estava abandonado por alguns anos. Greta estava no meu colo, estava dormindo. Em apenas uma noite já fiquei muito próxima dela, descobri que meus pais falavam muito de mim pra ela, tanto é que ela queria muito me conhecer.

Eu precisava ir até a CNP (Cuerpo Nacional de Policía) e tinha que ser hoje, deixei Greta com uma senhora que me conhece desde que vim para ca, ela mora no apartamento abaixo do meu.

Chego na CNP e vou direto pra sala do meu chefe. Ele estava em uma reunião, mas mesmo assim entrei e fiquei sentada na sua cadeira.

Ouço a porta sendo aberta e uma arma sendo carregada. Viro a cadeira e vejo um homem que não conheço com uma arma apontada pra mim e Santiago a trás dele. Santiago parecia assustado.

ㅡ Abaixo a arma Adrian. ㅡ ele me encara. ㅡ O que está fazendo aqui Naya?

ㅡ Não ficou sabendo? A Julia foi transferida. ㅡ digo e ele suspira. ㅡ Fiquei dois anos lá e consegui pouca coisa, não estava dando em nada mesmo.

ㅡ Eu ia mandar você voltar. Mas parece que não foi preciso. ㅡ Santiago diz. ㅡ Já que sua personalidade difícil se encarregou disso. ㅡ sorrio com seu comentário.

ㅡ Andou me substituindo enquanto estava fora? ㅡ Santiago ri.

ㅡ Jamais. Esse é Adrian... Seu mais novo aprendiz. ㅡ encaro ele. ㅡ Não reclama.

ㅡ Reclamar? Não sei o que é isso.

ㅡ Sei. Já tenho um trabalho para vocês. Recebemos uma informações que vai haver um encontro com matriarca da máfia do país vizinho com o hijo de la muerte ou Corvo negro... como preferir chama-lo.

ㅡ Ele vai aparecer em público? ㅡ assusto. Isso nunca aconteceu. ㅡ Ta muito fácil pra ser verdade.

ㅡ É uma festa fantasia.

ㅡ Vai ser difícil achar ele. ㅡ diz o novato.

ㅡ É por isso que Naya vai se passar pela matriarca, em vez de vocês achar ele... Ele vai achar vocês. ㅡ Santiago me passa o resto das informações e principalmente a fantasia que devo usar.

ㅡ O que fazemos se a matriarca verdadeira aparecer? ㅡ digo e Santiago levanta uma sobrancelha. ㅡ Improvisar? Vai ser tudo na sorte... como sempre.

Sai da sala do Santiago e Adrian me segue.

ㅡ Santiago disse muito sobre você. ㅡ encaro ele.

ㅡ Imagino. ㅡ digo.

ㅡ Mas sabe o que percebi? ㅡ ele continua mesmo eu não respondendo. ㅡ Ele não fala sobre sua vida pessoal, apenas sobre seu desempenho proficional. As pessoas não sabem nada sobre sua vida.

ㅡ Mais do que certo não acha? Trabalho é trabalho. ㅡ paro e encaro ele. ㅡ Que fique bem claro, eu odeio que se metam em minha vida pessoal e fique avisado que sou bem intolerante... Me encontre as 21:00 no lugar que Santiago disse.

Digo e me viro. Eu realmente não gosto que tentem saber algo da minha vida. Nem eu sei direito o que acontece com ela, porque outras pessoas deveriam saber?

Tenho diploma como policial, mas nem sempre uso ele, todas as vezes que usei minha formação foi para infiltrar em alguma delegacia e enfeitiçar como fiz em Los Angeles. Dentro da CNP existe vários outros departamentos, assim como o GEO (Grupo Especial de Informações), nele existe uma força elite que Santiago comanda, eu fazia parte dessa força elite. Porém Santiago criou mais um cargo dentro da força elite e me colocou como lider. Sou sua unica agente especial que pode fazer o que ninguém pode. Sempre trabalho sozinha e agora tenho um aprendiz que espero não me dar dor de cabeça porque eu não tenho um pingo de paciência.

{...}

Estávamos na porta do grande salão. Encaro Adrian que estava com uma máscara dourada.

ㅡ Não atraia atenção apenas observe. ㅡ digo e entro. ㅡ Porém com essa máscara... ㅡ nego com a cabeça.

Vim exatamente como é para matriarca estar vestida, vestido longo preto, todo cravejado e com uma alça fina delicada. Já a máscara é a de mão que combinava com o vestido. Eu realmente espero que o tal hijo de lá muerte me encontre antes da matriarca verdadeira, não gosto muito de passar por tudo isso porém trabalhar com as incertezas e improvisos já era rotina. Já no salão havia muitas pessoas com máscaras e não dava para identificar quem era quem. Então sinto alguém a trás de mim.

ㅡ No imaginaba que la matriarca era tan caliente! ㅡ sua voz era grossa e me fazia arrepiar. Me viro e vejo um par de olhos verdes, ele estava com uma máscara preta pontiagudo no nariz.

ㅡ No imaginaba que el hijo de la muerte era tan joven. ㅡ digo então vejo a besteira que fiz quando vi sua expressão surpresa.

ㅡ No sabía que hablaba español. ㅡ ele segura meu braço. Na hora vejo um tumulto e vejo o que Adrian estava lutando com alguém. Outra pessoa chega e fala alguma coisa no ouvido do homem que segurava meu braço. ㅡ A matriarca não veio, então o que ela está fazendo em minha frente?

ㅡ Me solta. ㅡ digo encarando sua mão.

ㅡ Nem pensar, você vem comigo. ㅡ ele me arrasta e me empurra pra uma sala. ㅡ Quem é você, por que se passou pela matriarca?

ㅡ O que te faz pensar que vou te falar? ㅡ ele sorri.

ㅡ Não precisa dizer... Eu já sei.

La Mafia BallardOnde histórias criam vida. Descubra agora