Capítulo 06

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Hugo

ㅡ Nós tínhamos um acordo Pablo. ㅡ encaro o homem ajoelhado no chão. Pego uma cadeira e sento em sua frente. ㅡ Eu não havia pedido nada além de sua lealdade. Você e sua família estaria sob a proteção dos Ballard's. Você sabe que meus termos são bem exigentes, mais ainda sim eu pedi apenas lealdade... E ainda sim me apulanhou pelas costas.

ㅡ Me... me desculpe. ㅡ seu rosto estava coberto de sangue.

ㅡ Eu podia ter te pedido muito mais... a vida de alguém da sua família por exemplo. Talvez assim não teria me traído. ㅡ puxo seu cabelo para trás deixando sua cabeça erguida. ㅡ Foi Santiago?

ㅡ Si... sim senhor.

ㅡ Por que?

ㅡ Ele... ele ameaçou minha família... disse que se eu não ajudasse ele mataria a minha mulher e faria parecer acidente... se eu ajudasse ele protegeria.

ㅡ VOCÊ É UM GRANDE BABACA. ㅡ empurro sua cabeça. ㅡ Proteger? Cadê ele agora?

ㅡ Senhor me perdoe eu cometi um grande erro eu...

ㅡ Se você procurou a proteção de alguém fora da família é porque não confiava em nós o suficiente.

ㅡ Não senhor.. eu cometi um erro me perdoe.

ㅡ Qual é o nosso lema? ㅡ pergunto e ele se assusta. ㅡ QUAL É A PORRA DO NOSSO LEMA?

ㅡ Vi...vivir y morir por la familia...

ㅡ Sua esposa receberá uma boa indenização depois de sua morte. Seu enterro será custeado pelos Ballard's, porém sua família não será mais protegida por nós... Santiago fará isso não é?

ㅡ Senhor, não... por favor. Eu me arrependo. Me perdoe.

ㅡ Será perdoado. ㅡ me abaixo o encarando. ㅡ Assim que me provar a sua lealdade com o lema da família. Você viveu conosco e agora vai morrer por nós.

Me levanto e ele começa a gritar por misericórdia. Eu não vou tolerar qualquer deslize. Os meus subordinados fazem um juramento de sangue assim que entra para família... não revelar quem sou, mais ele foi corajoso o suficiente para dedurar meus eventos e onde eu estaria. Ele não poderia falar quem eu era, mais podia falar onde eu estava... desgraçado. Assim que saio do galpão o tiro é dado. Leon vem ao meu encontro.

ㅡ Vendaram Naya e deixaram ela próximo à casa dela como você pediu. ㅡ ele me informa.

ㅡ Fala para os rapazes fazer uma geral no carro assim que deixarem na sede oeste. E se caso encontrar algum rastreador, não é para mexer.

ㅡ Você ficou maluco? Quer ser encontrado? ㅡ Leon perdia a linha facilmente.

ㅡ Exato. Eu disse a ela que nos encontraria novamente não disse? ㅡ dou um sorriso de lado. ㅡ Eu estou contando com a inteligência dela para isso.

ㅡ Eu já te disse milhares de vezes e continuarei dizendo. Você está facilitando demais com essa mulher... ela é mais perigosa que podemos pensar. ㅡ ele diz me dando sermão. ㅡ Você melhor do que eu sabe do currículo dela e da avalanche que vem junto com ela.

ㅡ Preciso de uma mulher assim não acha? ㅡ digo e ele para bruscamente me fazendo parar e encarar ele. ㅡ O que foi?

ㅡ Não... não nem pensar Hugo. ㅡ ele diz ríspido. ㅡ Você tá pensando em toma-la como esposa?

ㅡ Que século estamos? Toma-la como esposa... ㅡ repito o que ele disse e reviro os olhos.

ㅡ A forma como eu digo importa? Eu te conheço o suficiente para ver em seus olhos que ela te interessa. ㅡ ele diz me encarando e eu coço a costa em uma forma de escapar de seu sermão. ㅡ Hoje no racha eu vi o jeito que você olha pra ela. E a MERDA DO SEU SILÊNCIO... só me confirma isso. ㅡ ele joga o braço para o auto. ㅡ Você deu um selinho nela e já quer casar? ㅡ ele diz com o dedo apontando em meu rosto.

ㅡ Não teve selinho. ㅡ digo e sem eu querer minha voz sai frustrada. 

ㅡ Mais que porra, pior ainda. ㅡ ele diz então eu seguro seu dedo.

ㅡ Não me testa Leon. Você é meu amigo mais também...

ㅡ Mais também sou a porra do seu conselheiro e tenho o dever de dizer a verdade para você. ㅡ ele diz então empurro seu dedo para baixo. ㅡ Essa mulher é uma bagunça total e você tá fazendo questão de trazer essa bagunça para nosso lado.

ㅡ Somos os Ballard's... damos conta do recado. ㅡ digo e me viro indo em direção do carro.

ㅡ Saiba que é uma merda ser seu amigo. ㅡ ele resmunga e eu mostro dedo do meio para ele.

ㅡ Também te amo Leon.

///

Tenho a minha vida como um Ferraz para resolver, então hoje eu estava na empresa porém uma dor de cabeça insuportável me atingia como se eu estivesse de ressaca. Bebo mais um gole do whisky que tinha em meu copo.

ㅡ Bom dia meu pequenino. ㅡ Sara entra em minha sala sem ao menos bater. ㅡ Não tão bom assim né. ㅡ ela diz encarando meu copo.

ㅡ O que quer?

ㅡ Isso não é jeito de tratar a irmã mais velha. ㅡ ela diz e eu reviro os olhos. ㅡ Você não é de vir tão cedo para empresa e muito menos de ficar bebendo a essa hora. O que foi? Problemas com os negócios?

ㅡ Também. ㅡ digo e jogo a cabeça para trás.

ㅡ Soube que tá jogando com a Naya. Não acha perigoso ela saber de tudo? ㅡ ela diz e eu apenas suspiro. ㅡ Ela vai correr mais perigo que já tá correndo Hugo. Sem contar que não podemos saber exatamente a sua reação.

ㅡ Ela já é uma adulta Sara... assim como eu. ㅡ suspiro fundo e a encaro. ㅡ Você deve me achar um sem coração de querer contar tudo a ela antes da própria família. Mais não vou deixar Santiago coloca-la contra mim sem saber da real posição que a mesma se encontra.

ㅡ Está falando que vai fazer isso por ela? ㅡ Sara levanta uma sobrancelha. ㅡ Você está se esforçando demais para ela saber de tudo... digo se aproximar de você. O que você não está falando pro Leon?

ㅡ Eu odeio que aquele idiota abra a boca para você. ㅡ digo e ela ri.

ㅡ Não o culpe. A mulher dele sabe tirar tudo que ela quer saber... sem contar que ele não resiste a mim então... ㅡ reviro os olhos. ㅡ Aliás eu sou sua irmã mais velha, só quero saber no que você está se metendo Hugo. Me diz é ele? O corvo negro, ele a quer não é?

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