Capítulo 17

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Naya

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Sua respiração batendo contra minha pele fazia meu coração disparar, me fazia pensar o quanto eu estava delirando ao ver seus lábios tão perto do meu.

Eu estava louca só pode.

Meu corpo se sentiu totalmente atraído por ele assim que o mesmo me tocou. Minha mente rodava somente em torno dele e do quanto queria o beijar. Sim eu estava louca parar sentir seus lábios no meu. Ele passa seu polegar em meu labio inferior e esse ato faz meu corpo se arrepiar, ele segura firme minha cintura e me puxa contra seu corpo que está quente. Com sua mão livre ele enfia seus dedos em meu cabelo e me conduz até ele... até seus lábios. Assim que selamos o beijo e outra corrente elétrica invade meu corpo. Seus lábios se movia de forma lenta e calida. Aquilo é tão bom que parecia que eu estava levitando. Mais então de uma forma brusca o beijo se torna tenso e frenético, sim eu ainda estava gostando... porém estava rápido demais então me afasto e abro os olhos me deparando com os seus totalmente mudados... como naquele dia... completamente preto e cinza.

Dou alguns passos para trás. Ele me olha como se olhasse uma presa, quando estava prestes a me atacar eu corro com medo e me deparo com um espelho a minha frente, nele via meu reflexo totalmente assustada e em desespero. No reflexo do espelho vejo a minha mão toda ensanguentada, entro em desespero ao ver aquele sangue e logo em seguida uma dor agonizante atinge minhas costas, me viro para olhar contra o espelho... e lá estava uma cicatriz que aparentemente eu mesma tinha me causado... olho para minha mão novamente e além de estar cheia de sangue, também se encontrava garras... garras que condizia com a marca em minha costa. Entro em desespero com a dor e então sinto um toque quente em minha mão e então sou arrancada daquele pesadelo.

Olho para Hugo assustada com o que eu havia acabado de sonhar. Ele parecia mais assustado que eu. Meu coração estava tão acelerado que parecia que eu tinha corrido uma maratona. Do nada Hugo sai da sala me deixando sozinha. Me ajeito na poltrona e tento controlar minha respiração. O pesadelo foi tão real quanto qualquer outro sonho que já tive na vida.

Tiro o livro do meu colo e coloco na mesinha em minha frente. Hugo volta com um copo de água o que me surpreende. Pego o copo e vou bebendo aos poucos. Ele senta na mesinha em minha frente e me olha.

ㅡ Eu te assustei? ㅡ não exatamente, me assustei com ele no sonho mais depois foi ele quem me despertou daquilo... com seu toque.

ㅡ Não... eu peguei no sono e tive um pesadelo. ㅡ digo já com meus batimentos mais calmos.

Até eu dormir ontem e acordar hoje, não parava de pensar no que vi. Aqueles olhos... é óbvio que não é algo normal e sei que não imaginei nada e sei também que ele espera eu perguntar. Não sei explicar mais eu estava confiando tanto em Hugo que eu não tinha medo de descobrir que ele poderia realmente ser alguém... sobrenatural.

A forma como ele se preocupa comigo é algo diferente para mim, pois eu não recebi isso... não pessoalmente e nitidamente como ele está fazendo. Ele pode esconder os motivos... porém não esconde que realmente se importa comigo e isso de certa forma mexe comigo. Mexe tanto que até sonhei com seus beijos... céus e foi tão... tão bom que sinto meu corpo ficar vulnerável só de lembrar.

ㅡ Você realmente está bem? Seu coração está acelerando. ㅡ ele diz e eu assusto. Ele estava ouvindo meu coração... céus será que ele pode ouvir meus pensamentos também? Como nós filmes. ㅡ Por que está me encarando assim? ㅡ ele pergunta me tirando do transe. É eu acho que ler pensamentos ele não pode.

ㅡ Eu tô bem. Não é nada... ㅡ digo passando a mão na roupa. ㅡ E você? O machucado de ontem?

ㅡ Já está melhor. ㅡ ele diz e se levanta. ㅡ Tem que se preocupar com os seus.

ㅡ É artificial. Já está bem melhor. ㅡ digo e me levanto. ㅡ Hugo... eu quero participar de tudo que envolver meus pais.

ㅡ Naya isso...

ㅡ Olha, eu só estou te avisando. Mesmo você não querendo eu vou participar de qualquer forma. ㅡ digo e ele me encara e passa a mão na cabeça frustrado.

ㅡ Nada de operação em campo até você melhorar dos ferimentos. ㅡ ele diz sério e eu sorrio vitoriosa o que faz ele travar do nada.

ㅡ O que foi? ㅡ pergunto e ele não diz. ㅡ Hugo o que você tem? Está me assustando.

ㅡ Nada..ㅡ ele diz e olha para baixo. ㅡ Você tem um sorriso bonito. ㅡ sua voz sai como um murmúrio e eu sorrio com o ato.

Ele me olha de uma forma desconcertada. Acho que não queria que eu ouvisse o que ele disse. Eu não sei exatamente o que Hugo Ballard é... mais as suas personalidades me surpreende. Ele é um mafioso temido por muitos e não carrega essa fama de Hijo de la muerte ou Corvo negro atoa... agora sei disso. Porém ele me mostra uma personalidade de alguém que se importa, alguém atencioso... e vergonhoso como ele se mostrou agora. Não tem como eu dizer qual dessas personalidades lhe descreve mais, não tem como dizer se ele age dessa forma apenas comigo... mais eu pretendo descobrir. Eu irei descobrir quem Hugo realmente é e o que ele é... além de saber o que realmente é a sua obrigação comigo.

ㅡ Ainda bem que encontrei vocês. ㅡ Sara aparece na sala e ele desvia o seu olhar do meu. ㅡ Eu finalmente consegui desbloquear todos os arquivos... e vocês precisam ver eles.

ㅡ Vamos até o escritório. ㅡ Hugo diz e Sara é a primeira ir na frente. ㅡ Naya. ㅡ quando passo em sua frente ele segura meu braço. ㅡ Não sei o que está martelando em sua cabeça... mais peço que não pense muito. Talvez a realidade não lhe agrade muito.

La Mafia BallardOnde histórias criam vida. Descubra agora