La Mafia Ballard

Capítulo 30

Naya

Eu não podia acreditar no que meus olhos estavam vendo... meus pais. Finalmente meus pais estavam aqui. Greta não se aguentava de tanta felicidade, dava para ver isso pela risadas altas que dava na sala. Meu pai se vira e me olha... seus olhos enchem de lágrimas assim como o meu.

ㅡ Filha... filha me perdoa. ㅡ ele fala entre lágrimas.

Minha mãe se levanta do chão onde estava com Greta e vem em minha direção. Ela pega em meu rosto e começa a chorar.

ㅡ Céus... como você cresceu. ㅡ minhas lágrimas descia sem controle nenhum. ㅡ Minha pequena... Naya você tá tão linda filha.

ㅡ Eu... ㅡ suspiro fundo. ㅡ Vocês não tem ideia do quanto eu queria poder expressar a raiva e o desespero que senti em anos que não vocês não estavam presentes... ㅡ passo a mão no rosto entre as lágrimas. ㅡ Mas não consigo... não consigo porque é um alivio ver vocês novamente.

Minha mãe me puxa para seus braços e passa sua mão em meu cabelo. Eu choro mais ainda pois era exatamente assim que ela fazia quando eu me machucava.

ㅡ Querida... ㅡ meu pai chega perto de mim. ㅡ Sei que fizemos muito errado... mais te garanto que foi tudo pensando em vocês. Nós não deixamos de te observar um dia se quer. Brandon sempre estava por perto mesmo você não vendo. ㅡ meu pai diz e vejo Brandon com Greta no colo e sorri para mim. ㅡ A vida de vocês estava em risco por causa dos rebeldes... e acabamos te escondendo de tudo isso. Queríamos que você tivesse uma vida feliz e sem risco... longe daquele caos. Nós sofremos muito com isso... ㅡ ele tampa o rosto. ㅡ Mais você tem o direito de nos odiar e...

Não espero ele falar e o abraço fazendo ele chorar mais ainda. Abraço ele com toda força que posso. A decepção que tive não é nada comparado o amor que tenho pelo meus pais. Ele beija minha cabeça e minha mãe se junta no abraço. Era como se nada tivesse acontecido, era apenas como se meus pais tivessem em uma longa viagem e acabaram de voltar.

(...)

ㅡ O chefe dos rebeldes nunca se revelou. Ele inseminou a desavença dentro da máfia e deixou acontecer. ㅡ diz Brandon em pé. Estavamos todos na sala, Sara e Leon em um sofá, Blanca na poltrona, eu com meu pai em outro sofá e minha mãe do lado com Greta no colo. ㅡ Ele fez a cabeça do pessoal dizendo que Will estava fraco. Que ele não tinha sucessor forte o bastante já que sua filha era mulher... a máfia é muito preconceituosa quando se trata de mulher no comando, então foi bem fácil fazer a cabeça de todos.

ㅡ Foi quando o meus próprios homens começaram a duvidar do meu comando. ㅡ diz meu pai. ㅡ Eles queriam que eu nomeace outra pessoa. Tentei explicar que se minha primogênita se recusace ser a sucessora quem seria o próximo era Brandon... mais ainda sim eles não aceitaram, estavam determinados a me tirar do poder a qualquer custo.

ㅡ Eles começaram as ameaças. ㅡ fala minha mãe passando a mão no cabelo de Greta. ㅡ Estavam com sangue nos olhos e queriam matar você por toda lei. ㅡ ela diz e me olha. ㅡ Foi aí que tivemos que te proteger. Ninguém te conhecia, então foi fácil te esconder deles.

ㅡ Que loucura. ㅡ diz Sara.

ㅡ Mesmo Hugo tentando nos ajudar, era arriscado pois não sabíamos quem está por trás de tudo isso. ㅡ meu pai suspira e me olhar rapidamente. ㅡ Falando nisso... céus você já sabe?

Ele me olha assustado com o fato de toda a loucura de quem Hugo é. Todos me encaram esperando uma resposta.

ㅡ Claro. Obriguei ele me falar. ㅡ digo e Leon ri.

(...)

Aquele pesadelo mais uma vez me atormenta. O que poria significar isso? Eu achei que eu estava sonhando com aquilo pois estava conturbada sem saber o que Hugo realmente era... só que agora que sei de tudo, ainda sim o pesadelo insiste em ficar.

Levanto subitamente da cama tentando acalmar minha respiração, sorte que Greta está com minha mãe se não ela assustaria. Vejo Hugo me olhando assustada. Ele estava em pé ao lado da minha cama me encarando. Ele já não estava mais com seu terno, usava roupas casuais e confesso que ele fica mais lindo assim.

ㅡ Você voltou. ㅡ digo já com a respiração controlada.

ㅡ Sim... vim ver como você tava... mais já havia dormido. ㅡ ele diz e estreita o olhar. ㅡ Estava tendo um pesadelo? Seu coração tava muito acelerado.

ㅡ Tava. ㅡ digo e passo a mão no rosto. ㅡ Como foi com Adrian? ㅡ mudo de assunto e ele senta na ponta da cama.

ㅡ Ele não disse nada que já não soubesse...ㅡ ele diz frustrado. ㅡ Mais vou mante-lo no galpão... ele irá falar. ㅡ ele me olha preocupado. ㅡ Como foi com seus pais?

ㅡ Achei que seria pior. ㅡ dou um leve sorriso. ㅡ Achei que ia pirar ao ver eles... mais eu me senti aliviada por eles estarem bem. ㅡ digo e ele sorri. ㅡ Acho que agora eu entendo o motivo deles... porém é difícil pensar nisso.

ㅡ Acho que compreendo. ㅡ ele me imita me fazendo rir.

ㅡ Vi você falando com John na festa. ㅡ digo e ele revira o olho.

ㅡ Bom... ele aparenta ser um cara obcecado por você. Vocês namorou por cinco meses e ele acha que foi uma vida... a forma como ele quis me ameaçar disse tudo a respeito. ㅡ ele diz com a voz desanimada. ㅡ Ele parece ser um lobo fraco também.

ㅡ Como assim?

ㅡ Ele não conseguiu sentir que eu era também. ㅡ ele diz com uma expressão de estar pensando longe. ㅡ Acho... acho que ele deve estar sem alcatéia ou ele abandonou, isso pode acarretar uma queda na força... principalmente se ele fazia parte de uma.

ㅡ Todo lobo precisa de uma alcatéia para se manter forte? ㅡ pergunto e ele confirma. ㅡ Mais e você? Não se encaixa nesse quesito?

ㅡ Não, porque não sou apenas um lobisomen. Sou um Híbrido e isso me permite viver sem um vínculo com alcatéia. ㅡ ele diz então fica me olhando por um momento mais logo se levanta. ㅡ Já está tarde. Vou deixar você dormir.

ㅡ Não... ㅡ digo antes dele sair. ㅡ Fica mais um pouco.