L-Word

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A primeira vez que Neil disse isso, Andrew ficou com um galo e esmalte na cabeça.
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Neil gostava um pouco demais das mãos de Andrew.
Agradecia a Renne sempre que ele aparecia com elas pintadas.

Andrew e Neil tinham se mudado há cerca de três anos e a vida de um profissional Exy é bem desconfortável as vezes.

Neil pensa em tudo o que conquistou.
Um lugar no mundo do Exy.
Um apartamento forrado com chão de madeira.
Dois gatos rabugentos.
Uma família.
Alguém em que pode confiar e confia tuda.
Um Lar, um sitio para voltar.

Memorias, Neil descobriu que gosta de guardar memórias.

Suas paredes são cobertas de fotos do antigo Time. De revistas Exy. Revistas de moda com todas as coleções de Allison. Fotos de Stiles, o Filho de Nicky e Erik. A última adição a família depois de Ayla filha de Dan e Matt. Katelyn está esperando uma criança também.

Tudo isso é estranho e acolhedor. As coisas mudaram mas não assim tanto.

O olhar cai para a cama de casal em que se diverte com um Loiro Bonito.

Neil está feliz. Essa constatação o surpreende, mas não muito, tudo o que envolve Andrew o deixa melhor.

Ele sorri com o pensamento. Sorri ainda mais quando ouve a porta de casa bater.

Ele tenta não correr para a sala.

Quando lá chega o seu Minyard esta tirando seu casaco e colocando no cabide na entrada enquanto King se enrola nele.

- Aquele vizinho estava fazendo xixi nas escadas do prédio denovo - Andrew anda pela casa enquanto reclama. Noto um saquinho na mão dele.

Ando lentamente até o sofá, só tenho tempo de ver ele acariciando meu braço nu com dois dedos e correndo para baixo, como uma espécie de comprimento, enquanto passa em direção ao quarto. Reprimo o arrepio.

Sento no sofá e ao mesmo tempo que ouço o chuveiro abrindo e o esquentador arrancando acendo a TV em algum filme aleatório da secção da tarde.

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- Você não ama os dois, você ama a si próprio no mínimo vadia egoísta - um homem padrão de cabelo castanho, olhos azuis e barba grita com a protagonista.

Neil estava quase dormindo quando sente a presença de Andrew junto com o cheiro de acetona e esmalte.

Neil observa o loiro se sentar no sofa e abrir o frasco enquanto passa cuidadosamente nas suas placas córneas de células mortas, que as pessoas custumam chamar unhas.

Porque o movimento da mão de Andrew decorando sua outra mão, as sombracelha com uma ruga de concentração e toda a sua linguagem corporal era muito mais interessante do que assistir um filme de romance de Época "Ela fica com o duque".

- Encarando - Andrew fala mas não desvia os olhos de suas Células mortas que ele cuida com tanto carinho.

Neil não responde enquanto observa o verniz secar.

Quando Andrew acaba Neil não pensa muito antes de tomar a decisão de estender a sua mão.

Andrew a encara em silêncio mas depois faz um movimento com a mão para ele se aproximar. Neil obedece.

Andrew pega em sua mão com cuidado e Neil ignora o calar que sobe por ele, porque se recusa a ser tão afetado por uma mão depois de três anos vivendo juntos.

Andrew trabalha cuidadosamente, até mais que nas suas.

Neil aproveita o foco de Andrew em suas mãos para o observar com a face alheia.

Vê os cabelos loiros sendo abençoados pela luz que sai das janelas deixando mais dourado do que já é.
Vê o calor de seus olhos refletido ao sol. E Neil se permite pensar que se fossem contra tudo Andrew foi feito com o sol.

Antes Neil odiava luz, agr ele a percegue com tudo o que ele têm. E Andrew é tudo o que ele têm.

E no meio de seu apartamento com o sol iluminando tudo como um velho amigo, com o garoto luminoso a sua frente lhe pintando as unhas de preto para o contraste perfeito ele se permite pensar na palavra amor e como a palavra encaixa com tudo o que ele sente. Ele pensa que se pode deixar amar esse homem.

Que seus demônios não tem de ditar nada no que ele escolheu ser hoje em dia, que ele é Neil Abram Josten e ele é sim capaz de amar. E ele ama.

É acordado com a falta de contacto, quando acorda de seu transe vê que suas unhas estão tão pretas quanto as roupas de Andrew. Isso faz Neil sorrir.

- Merdinha - Andrew fala mas passa a mão em seus cachos e Neil sorri mais. Gosta como toques pequenos começaram a fazer parte da rotina em dias bons. Esse era um dia bom.

Os dedos de Andrew se separaram de seu cabelo e Neil ronrona em contentamento.

- Eu te amo - Suspirou, saiu como um simples suspiro, mas saiu.

Neil sorriu como se um peso tivesse saindo de si, cheio de nova energia depois da confissão mal saiu de dua boca ela pulou e saiu em direção á cozinha. Provavelmente fazer o brigadeiro que sabia ser o favorito de Andrew.

E por falar nele, digamos que bateu a cabeça demasiado forta na parede atrás do sofá após ter se jogado com força nela, e o esmalte sendo arrastado com ele.

Sua cabeça latejava com a pancada e sua testa estava suja de esmalte preto.

Eu te amo

Um galo crescendo em seu crânio era o menor dos problemas do loiro.

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- não foi revisado, estava com sono quando escrevi, provavelmente mts erros de digitação

- eu sei que a nora disse que eles não falam essas palavras mas eu quiz foda-se

- muah muah beijos💓

-votem eu ficaria feliz 💕

Cuidados - All For The GameOnde histórias criam vida. Descubra agora