Cuidados - All For The Game

Books and Crimes

Andrew, apartir de hoje, tem uma biblioteca favorita, e obviamente que o bibliotecário não tem nada haver com isso.
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Dia 1

A faculdade era apenas mais uma mosca irritante ao seu redor.

Andrew mantinha seu irmão na linha, enquanto conseguia um diploma de direito, Andrew decidiu que seria útil, mas realmente a última coisa que queria era passar o seu final de semana em uma biblioteca pesquisando.

As porta de vidro pareciam estar me convidando para entrar, contragosto, entrei.

Não havia ninguém, Andrew tinha escolhido a biblioteca mais pequena e escondida da cidade por algum motivo, tinha de agradecer a Renne depois.

Caminhou até o balcão de atendimento, e algo como vermelho Barroso apareceu em sua visão.

Um homem, não muito mais novo que Andrew, estava dormindo sob o balcão, olhos fechados, cílios tão claros quanto seus caracóis e Andrew achou tão estúpido.

Pegou em um jornal no canto da mesa e bateu na cabeça ruiva, como se ele fosse algum gato e tivesse feito xixi no lugar errado.

Não teve tempo de achar graça quando o jornal foi arrancado de sua mão e um soco foi quase dado em seu maxilar. Mas o impacto não veio, o ruivo parecia ter voltado a si.

- Que porra? - Solto, mais perplexo do que gostaria de admitir, mas quem caralhos era esse cara?

- Sim, que porra, quem você acha que é para acordar alguém assim? - Parecia mais indignado do que eu, e se repreendendo mentalmente por ter respondido, interessante.

- A famosa política de "o cliente tem sempre razão" - dou de ombros e enfio as mãos no casaco de couro.

- Comigo não, não faça isso denovo se quiser manter seus dedos - Ameaça, eu gosto de luta e cabelos ruivos, talvez não vá ser tão chato.
Sinto sua cabeça, finalmente, levantar e olhar para mim.

Tenho a certeza que o inferno é azul.

Azul gritante, os seus olhos gritam, se é que isso é possível.
Como se acendem com fogo gélido e todos os cientistas teriam dúvidas de suas próprias descobertas na natureza, tanto fogo, tanto azul, tanta luta. As íris vibram de um lado para o outro assustadas, como sempre acabam se desviando para a saída, como se, como... Como um maldito coelho.

- Algo me diz que você não pode ameaçar os clientes, eu estudo direito sabe? - Eu me apoio no balcão enquanto falo.

- Eu tenho um pequeno problema de atitude sabe? - Ele fixa os olhos em mim como um desafio, que eu claramente ia perder, suas orbes são demasiado perturbadoras.

- Não tinha reparado - irónico - Estou aqui pela parte criminal, me leve lá.

- Estão arquivados. - ele fala se espreguiçando na cadeira, claramente contrariado por ter sido acordado.

- Que tipo de biblioteca não tem uma área criminal? - Ele olha seco para mim, mas até isso é frio, malditos olhos. Quando estava quase desistindo e dando meia volta ele se levanta.

- Siga-me lírio do campo - Ele revira os olhos e saí andando até uma porta, no canto da biblioteca, perto dos computadores.

Eu deveria ter ficado chateado pelo apelido mas estava demasiado ocupado tentado desviar os olhos da bunda do desconhecido, pareço a porra de um adolescente na puberdade, vamos Andrew você é melhor do que isso.

Minutos depois o ruivo entra pela porta arrastando um carrinho com livros.

- Então esses são todos os que tenho - ele diz um pouco mais a vontade - Se precisar de mais alguma coisa, e eu espero que não precise, sabe onde me encontrar.