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Em uma manhã preguiçosa Andrew observa.

Ou Neil aos olhos de Andrew
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Os olhos abrem lentamente, as memórias de ontem à noite voltam a sua cabeça, Andrew está satisfeito com o seu dia de folga. Se visse mais uma raquete de exy era capaz de cometer um crime.

Os pensamentos homicidas dissiparam quando viu a figura que estava a sua frente.

Neil normalmente acorda primeiro, e como o maldito coelho que é, vai correr.

Raramente Andrew tem oportunidade de observar Neil tão em paz.
Neil dorme quieto e não se mexe, mas os caracóis são uma bagunça e o sol a sair pelas janelas ressalta as sardas do nariz de Neil. São poucas mas muito concentradas na ponta do nariz, espalhando-se gradualmente pelas bochechas.

E Andrew tem de reprimir uma vontade de lhe morder a ponta do nariz.

As vezes a concepção de que Abram é seu e não está indo a lugar nenhum é demasiado para Andrew conceber.

Andrew nunca viu sentido em pensar no futuro, não no seu futuro, apenas no futuro dos seus.

Mas agora ele está muito perto do egoísmo de pensar em acordar assim sempre, comprar um apartamento,  talvez cuidar de um cacto e Andrew sempre quis um gato.

Andrew congela ao ouvir um resmungo sonolento e inconsciente de Neil, ele de vira para o outro lado, ainda dormindo.

Agora este novo ângulo era interessante.
A camisa de dormir de Neil, que na verdade é uma blusa velha de Andrew, sobe deixando as costas à vista.
Cicatrizes, varias, um mapa, merda e se Andrew não era um cartógrafo do corpo de Neil, ele se dedicaria somente a isso como a sua vocação de vida.

Podemos mencionar todo o corpo com sardas e são mais quão forme se vai descendo. Para o bem das calças de Andrew é melhor ele não descer mais o olhar.

Andrew até pensa em pisar nas suas morais e começar a acordar mais cedo do que Neil, só para poder desfrutar dele adormecido.

Andrew sempre soube o que estava vindo, e desdo o momento em que as chaves foram depositadas nas mãos de Neil ele soube, esse garoto não estava indo a lugar nenhum.

As farpas cirúrgicas que Neil lança as pessoas não são nada além de atraente, a hostilidade de Neil, um corpo ensinado a submeter, a passar despercebido, a obedecer, sem vida por fora, um corpo que por dentro guardava uma faísca.

Neil tinha luta dentro de si, reprimida, mas estava lá. Andrew gostava de puxar os cordões ver até onde Neil podia ir antes de se revelar.

Andrew odiava o coelho Neil e faria tudo para trazer a tona a seu verdadeiro. As raposas acham Neil um menino? Alguém que não sabia retaliar os abusos que sofreu? Que precisava de proteção? Nada estava mais longe da verdade. Eles conheciam Neil, não conheciam Abram.
Abram estava lá apenas para Andrew, e se eles vissem o que Andrew viu...

Neil não era nada além de lobo em pele de cordeiro e Andrew talvez o achasse mais atraente por isso.

Neil engana todos menos Andrew, e de um jeito demasiado íntimo Andrew gosta disso. Gosta de ser o único que o conhece, como um todo em todas as formas.

É... Andrew não o está deixando ir a lado nenhum.

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- Estou romântica hoje~

- Se podessem comentar e votar eu ficaria feliz.

Cuidados - All For The GameOnde histórias criam vida. Descubra agora