Solitários no Escuro.

Capítulo 1-Prólogo

Katness.

Um dia atrás.

-Filha pegue a bolsa para mim no banco de trás?

-Sim-estendi o braço o mais longoe que pude até sentir seu toque-Pronto mãe.

-Pegue um envelope para mim da cor preta e um caneta por favor.

Eu procurava naquele pano denso estendido na bolsa com muitos bolsos e o envelope foi fácil de achar-como esta amassado mãe-ela sorriu e continuava a procurar-Mãe tem certeza que está caneta esta aqui?

-Claro que tem deixa eu ver olha ali-ela apontou olhando por um dos bolsos fundos que tinha no fundo da bolsa e quando voltou a olhar para pista víamos um farol alto iluminando as nossas faces e uma buzina provavelmente de um caminhão diante de nossos ouvidos,ela tentou controlar o carro mais não foi possível dentro da sua capacitação.

O carro capotou,não sei quantas vezes eu nem estava com cabeça pra contar e ele parou de ponta cabeça não conseguia mexer minhas mãos ou músculos, nem se quer respirar direito mais via mesmo na visão turva que estava com sangue por toda parte sentia varias partes do meu corpo doer e minha cabeça girava e a única coisa que vinha a tona durante todas aquelas capotadas era"A morte chegou e eu vou perder ela".

***

Acordei assustada no hospital e a enfermeira ficou surpresa pela minha reação invés de acordar mole ou algo relacionado,ela mediu minha pressão arterial e o médico entrou:

-Bom senhorita Sean vamos lá pra o resultado dos exames,bom você esta completamente bem nada modificado e os níveis estão ótimos como saiu do veículo?

-Eu não sai!Minha voz era tremundula.

-Saiu sim não deve se lembrar,e seus ferimentos como ficou ilesa?

-Minhas pernas, braços, costas doia muito e vi muito sangue não consegui mexer-me.

-Ferimentos?Não Sean constatamos que o carro deu 10 capotadas e nesse tempo todo metade do seu corpo estava pra fora do veículo, você chegou aqui sem ferimento ou sangue algum só fizemos alguns exames para ver como estava dentro de você.

-Cadê a minha mãe? Ela esta bem?Perguntei mais não sabia o que havia ocorrido com ela.

-Um motorista esta a sua espera já esta libereda para ir embora seu pai esta esperando-a

-Cadê a minha mãe doutor?

-Acho melhor o seu pai dizer isto a você.

-Ela morreu não é?Não diga que não...não-chorei.

-Sinto muito,já esta de alta e acalme-se se não ira voltar para cá.

Meu coração a essa altura não existia mais como nada sobrou desde aquele acidente e lágrimas desceram não posso dizer que chorava como um rio,cachoeira,lago,mar mais como os 97% de água salgada do planeta como os 3% de água doce do meu reservatório ajuntou-se e os 100% iniciou ali imediatamente sem se preocupar com reposição ou reservatório.

-Olá eu vou leva-la até seu pai o enterro de sua mãe vai ser onde ela nasceu conforme a vontade da mesma o corpo demora um pouco por conta do deslocamento e chegará as 16 horas o enterro será as 18h assim que o por do sol se for.

Então cheguei a casa já era 12 horas o motorista já conhecia era amigo da família e lá era onde iria morar e onde a única coisa mais valiosa que tinha seria enterrada nada era significativo pra mim eu não fazia questão de olhar ou ouvir nada e ninguém não mudaria minha vida,meus olhos estavam enchados e tão pequenos quanto o que restou de mim, minha boca e pele seca e tão branca quanto...a neve mais nem ela deveria ser comparada a mim era perfeita demais ,eu estava fora de sí em choque nada fazia sentido agora e o luto já estava escancarado na minha testa,alma em tudo menos na minha mente eu não conseguia imaginar eu sem o que a natureza deu-md!Eu parecia um bebê quando vai brincar com fogo e não sabe que ira se queimar,o carro foi estacionado no corredor e a casa ficava ao lado cabia mais de 4 a 5 carros lá.