Capítulo 7

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- Essa foi possivelmente uma das coisas mais traumatizantes que eu já experimentei - Draco disse, suas mãos enterradas em seu cabelo. - E eu fui torturado com crucius.

Eles estavam agora sentados em um café na Cisjordânia. Turistas circulavam na rua do lado de fora. Estava chegando ao final de outubro, mas o sol estava excepcionalmente quente. O ar-condicionado tinha acabado de ser ligado, e o ventilador de teto lentamente soprava ar mais frio ao redor deles.

Ele se sentou, cruzando os braços e depois descruzando-os quando o pensamento o atingiu de que ele parecia na defensiva. Ele tentou não pensar em como defender os trouxas foi o que o colocou nessa bagunça gigante, mas o pensamento se repetiu de forma desagradável em sua mente. Se ele não tivesse tentado se rebelar, então ele não teria tentado fugir de seu pai, e ele não estaria aqui à mercê dela, sem uma varinha. Ele estava literalmente à mercê dela em meio a cortadores de pênis. Que delícia.

- Bem, voltar para a Cisjordânia está fora, Granger. Não sei quanto a você, mas não vou chegar a um metro desses psicopatas novamente. Mesmo o Lorde das Trevas não torturou homens assim.

Ele observou os trouxas do lado de fora da loja se comportarem de maneira contrária às suas ideias de norma. Por exemplo, dois homens em longas túnicas brancas estavam andando de braços dados e agora pararam no meio da estrada para se sentar no canteiro central, suas xícaras de café e pires de porcelana ao lado deles no chão. O conhecimento comum lhe dizia que a maioria dos trouxas usava roupas incompreensíveis, mas ele nunca tinha visto trouxas retratados atravessando estradas públicas em camisolas com toalhas na cabeça. O atual Ministro da Magia do Reino Unido usava uma roupa bem colorida com um cocar e parecia impressionante fazendo isso, mas isso não se parecia em nada com o que ele usava. E beber no meio de uma rua movimentada parecia perigoso o suficiente para ser uma loucura.

- Eu sinto que houve algo errado no Egito todo esse tempo que estivemos aqui - disse ela, os olhos arregalados e inclinando-se sobre a mesa em sua excitação. Ele podia sentir o cheiro de uma fragrância de sabão saindo dela, do mesmo tipo que ele havia notado antes de aparatarem cada vez. Ele se perguntou se ela havia descoberto o condicionador. Se ele tivesse que arriscar um palpite, ele diria que o Ministério tinha ordenado que ela fizesse algo com seu cabelo, porque ele nunca pareceu tão arrumado na escola, exceto aquela vez. Ela havia começado a viagem parecendo bastante decente para ela, em termos de cabelo, mas o mergulho no Nilo não tinha sido nada bom ali.

Ainda assim, o cabelo dela retinha uma fragrância de sabão. Cheirava limpo. Fresco. Ele só desejava que ele se sentisse da mesma maneira. Ele sentiu coceira e barba por fazer. O cabelo dele provavelmente parecia pior do que o dela na escola, e isso estava realmente dizendo algo horrível. Em comparação, ela parecia tão fresca quanto uma margarida, bronzeada e saudável. Ele se perguntou inconsequentemente se ela tinha aquele bronzeado delicioso em todo o corpo.

- No que você está pensando? - ela estava perguntando. - Seus olhos estão fechados.

- Oh. Ah. Hum. Esse comportamento é normal entre os trouxas? - ele perguntou, acenando para os homens que ele notou antes para encobrir seu lapso momentâneo. Uma mudança de assunto era definitivamente necessária. Essa linha de pensamento só poderia ter vindo do espetáculo que acabara de testemunhar. Erótico de um jeito... muito, muito perturbador.

E era só que ele realmente queria um banho, isso era tudo, e ela cheirava a limpeza. Era isso. Essa era a conexão. Ele realmente não estava pensando em nada que não deveria, ou tentando imaginá-la nua, o que ele poderia simplesmente parar agora. Não era como se ele gostasse dela ou algo assim, ou, Merlin o livre, zombado pela estranha performance que eles acabaram de testemunhar.

Aconteceu no Egito - TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora