Capítulo 13

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Draco ficou boquiaberto atrás de Priya.

- O que em nome de Merlin foi isso?

- Ela disse que não estamos no Cairo - Granger parecia igualmente abalada; havia um sulco profundo entre suas sobrancelhas.

Ele sentiu como se estivesse em um estado de confusão perpétua por tanto tempo que estava começando a parecer normal para ele. Sua mão se contorceu ao seu lado para uma varinha que não estava lá. Ficar sem varinha o estava deixando louco. Fazer barulho por algo tão trivial como estar na cidade errada teria sido impensável apenas na semana passada. Agora, ele não conseguia mais identificar seu problema exato; seria a sede, a fome, o beijo infernal, a falta de sono, ou a interminável litania do chamado à oração que reverberou em sua cabeça como um refrão hipnótico? Além disso, nada disso explicava por que Hermione Granger parecia tão abalada. Ele falou a primeira teoria que veio à mente:

- Talvez ela estivesse mentindo para nós.

- Não, ela não pode estar. Quero dizer, este lugar não se parece em nada com o que eu imaginei que estivéssemos... - ela balançou a cabeça, os dedos indo para as têmporas.

- Tudo bem, então aparate-nos para o Cairo.

O olhar que ela deu a ele por baixo da sobrancelha indicou que ele era um idiota por não compreendê-la. Ele a encarou de volta, com um leve tremor como se dissesse, não tenho ideia do que você está tentando me dizer.

- Por que você está me dando esse olhar? Não sei o que isso significa.

Ela fez um movimento cortante no ar e andou três passos para longe dele antes de refazer seu caminho. Draco teve que dar um passo para trás para evitar ser esfaqueado no olho.

- Porque eu já nos aparatei lá, obviamente! Destino, determinação, deliberação. Destino, determinação, de... é o primeiro, caramba. Destino!

Draco esfregou as duas mãos no rosto várias vezes e depois passou os dedos pelo cabelo, mas nenhuma dessas ações serviu para fazê-lo entender a raiva dela. Ele provavelmente deveria estar mais agitado e irritado, mas a visão de Hermione Infernal Granger não sabendo algo era o suficiente para tirar qualquer mundo de seu eixo. Os Malfoys eram ricos, Potter era um idiota e Granger sabia de tudo. Era assim.

- Ok. Então faça de novo, ou me dê a varinha para que eu possa fazer.

- Eu nunca deixei de aparatar para o meu destino! - seu volume estava aumentando constantemente. Por cima do ombro, ele podia ver as pessoas parando para olhar para eles. Em outro segundo, eles estariam em apuros maiores. - É verdade? Eu não poderia lançar um Patrono lá atrás também. Talvez as mulheres realmente não possam usar magia, talvez seja o Egito, ou talvez...

Ele ergueu as duas mãos na linguagem universal de se aproximar de um animal louco.

- Fique firme aí. Você está tendo um problema existencial aqui? Por favor, não seja sobre você, porque eu gostaria de ter uma parte nesta crise.

O olhar que ela deu a ele poderia ter queimado todo o cabelo de sua cabeça.

- Claro que é sobre você! Se eu não estivesse com você em primeiro lugar... - ela mordeu o resto de suas palavras, mas não parecia mais feliz com sua circunspecção.

Draco se sentiu picado.

- Bem. Obrigado por isso, Granger. É bom saber como você realmente se sente sobre tudo isso - suas mãos estavam cerradas ao seu lado, mas ele não fez nenhum movimento para sair. Sair para onde, exatamente? Ele não tinha ideia de onde estava ou para onde poderia ir. Ele seria pego em um minuto pelas autoridades trouxas, parecendo tão deslocado quanto parecia. Então ele estaria em uma merda ainda mais profunda do que já estava. A única coisa a fazer seria sugar seu orgulho e chamar o elfo de sua família.

Aconteceu no Egito - TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora