I bambini di Bridgerton

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Era pra ter sido uma manhã tranquila.

Mais bastou minha sogra me visitar que as minha contrações deram início
Éramos apenas nós duas no cômodo;

Meu rosto pingava de suor, a pele estava vermelha, e algumas veias, saltadas. Eu sentia dor e não disfarçava isso.

— OH, SANTO DIO! TIRE ESSAS COISAS DE MIM, ESTÃO ME MATANDO!

Fechei meus olhos, respirando profundamente. Eu vinha gritando pela última meia hora. Mesmo sem a menor intenção de tratar os meus bebês daquela maneira.

— Onde está o Colin? Vou pedir para Juliano Chama-lo

— NÃO! Ele não quer se interrompido por besteira...

— Isso não é besteira Penelope! É o nascimento dos filhos dele..

— Deixa isso pra lá...

Eu continuava chorando enquanto observava Violet pegar meu celular pronta para chamar Juliano novamente e perguntar onde diabos ele estava quando a porta abriu.

Eu nunca estive tão aliviada.

Uma senhora aparentando uns sessenta anos entrou no quarto. E veio direto na minha direção.

Sentou-se ao meu lado e começou a revirar uma bolsa de tecido em seu colo.
Depois de alguns minutos, estendeu para a minha sogra um pano e uma pequena bacia de barro sem me olhar.

— Encha com água quente, molhe o pano e o torça, depois traga de volta.

Violet rapidamente foi fazer o que ela disse e quando ela retornou, Eu estava com as pernas abertas de frente para a senhora.

— Vá até ela e passe o pano em sua testa, no pescoço e no busto também. — A senhora se levantou e sentou-se na cama novamente, tocando a minha barriga.

— Vou verificar se os bebês estão numa posição favorável para o nascimento.

— E SE NÃO ESTIVER? — Eu urrei.

— Farei uma massagem com óleo para direcioná-loz. Mas, pelo que parece, está praticamente pronta para dar à luz. — Meu sangue gelou de medo.

— Eu não entendo! Não está na hora, ainda falta um mês para ele nascer!

— Não somos nós ou os médicos que decidimos quando é a hora certa, é a própria natureza. Essas crianças vem ao mundo hoje. — Ela me olhou, suspirando.

Suas palavras eram seguras, mas o medo de perder os bebês me fazia ficar desesperada.

— ME DÊ UMA INJEÇÃO! QUALQUER COISA PARA A DOR, ELES ESTÁ ME RASGANDO!

— Isso não é certo. A dor faz parte de ser mãe, vai valer a pena quando você vir o rosto dos seus gêmeos pela primeira vez.

Minha sogra segurou a minha mão.

— Vai ficar tudo bem minha querida. Logo logo eles estarão aqui

— Você vai fazer força, vai empurrar para valer até que eles estejam fora. No três... — Ela contou, e eu  amassei a mão da minha sogra enquanto fazia força.

Meu rosto transfigurou-se em uma careta, o suor brotava pelo meu corpo e gritos de pura dor deixavam meus lábios.

— Vamos querida. Você consegue.

— Apenas sei. Vamos, mamma, eu posso ver a cabeça, empurre!

Tudo aconteceu de maneira natural, sem nenhuma intervenção cirúrgica.

Eu continuei gritando e apertando as mãos da minha sogra por algum tempo, então a mulher, que eu descobri se chamar Elssa, sorriu.

— Empurre uma última vez, Penelope!

Eu gritou e empurrei , meu rosto mais vermelho do que nunca, então, um outro som invadiu o quarto.

Violet soltou minhas mãos e pulou fora da cama imediatamente, correndo e parando atrás da parteira. Em suas mãos estava o pequeno corpinho, coberto de sangue e chorando.

Minutos depois a dor voltou e eu fiz todo o processo de novo.  Dessa vez minha sogra segurava uma pequena menina com fios claros.

— Veja querida, ela é ruivinha igual a você...

Minha visão embaçou pelas lágrimas, e eu sorri.

— Eles são tão pequenos.

Elssa mediu três dedos acima das barriguinhas e cortou os cordões umbilicais com uma tesoura. Limpou com um algodão e envolveu com um tecido leve. Ficou de pé e apontou o banheiro e disse a minha sogra.

— Vou limpá-los, depois cuidarei da mãe.

A parteira entrou no banheiro carregando os gêmeos com a ajuda de minha sogra.

Eu ainda estava do mesmo jeito, com os olhos fechados, mas meu peito subia e descia.

Elssa saiu do banheiro, segurando os gêmeos no colo e me olhou curiosa.

— Eles são meus — eu disse levantando os braços.

Ela sorriu e ajeitou cada bebê em um dos meus braços.

— Dio! — Sorri tentando conter as lágrimas

— Meus netos são lindos — Violet sussurrou orgulhosa

— Você é como uma mãe urso protegendo o filhote. Uma leoa, forte e destemida. — A parteira me olhou.

— Isso é um elogio? — perguntei, levantando uma sobrancelha.

— Absolutamente, sim. — Eu sorri

— Obrigada, dona Elssa, por tudo o que fez hoje.

Quando ela saiu  do quarto, Colin entrou correndo e me olhou assustado.

Minha camisola ainda estava suja pelo sangue. E eu estava amamentando os gêmeos com o auxílio de minha sogra.

— Porque não mandou me chamar? — Ele perguntou se aproximando parecendo chateado.

— Me desculpe — Eu disse rapidamente fitando seus olhos — aconteceu tudo tão rápido que eu mal tive tempo de pensar.

— Podia ter acontecido algo... Eu tinha que estar aqui! — Ele sussurrou — Mais estou vendo que você não queria que eu fizesse parte disso...

— Colin, por favor... Penelope não está em condições alguma de discutir agora...

— É eu percebi muito bem..

Colin assentiu com a cabeça e caminhou até a porta.

— Você não vai querer vê-los? — Perguntei com a voz embargada.

— Depois que eles estiverem no quarto. Não quero atrapalhar!

— Colin... Colin eu sinto muito mesmo, eu não fazia ideia que você querer me acompanhar no parto. Eles só estavam planejados pra nascer no mês que vem...

— Colin não seja tão duro com sua esposa— Violet sussurrou pra ele — ela acabou de dar a luz a gêmeos e sem anestesia. Penelope está sensível.

— Assim que os bebês estiverem no quarto me avise mãe , eu vou estar no escritório...

Ele saiu e nem mesmo olhou na minha direção. Fechei meus olhos encostando a cabeça na cabeceira da cama.

— Eu não fazia ideia — Sussurro — Ele nunca me disse que queria participar desse momento.

— Agora já foi.. Não se martirize Querida. Se concentre nos gêmeos agora!

Vendida ao Traficante (Polin)Onde histórias criam vida. Descubra agora