Penélope abriu os olhos lentamente, ainda sentindo o corpo fraco e o estômago revirando. A luz suave do quarto a fez piscar algumas vezes antes de focar na figura de Colin, sentado em uma poltrona ao lado da cama. Ele observava atentamente, e quando percebeu que ela havia despertado, rapidamente se aproximou, com uma expressão de preocupação no rosto.
— Você quer alguma coisa? — perguntou ele, com a voz baixa e suave, tentando não assustá-la.
Penélope fechou os olhos brevemente antes de responder, a sensação de náusea a dominando de repente.
— Pode me levar ao banheiro? Eu... eu preciso vomitar.
Colin, sem hesitar, a ajudou a se levantar com cuidado, segurando-a pelos ombros enquanto a conduzia até o banheiro. O desconforto evidente de Penélope fez com que ele ficasse ainda mais atento, apoiando-a enquanto ela se inclinava sobre a pia.
Quando ela terminou e se recompôs, Colin ainda estava ao lado dela, oferecendo um copo d'água. Ele a observou beber lentamente, seus olhos se fixando nos dela com uma mistura de preocupação e determinação.
— Depois do casamento do Benedict — ele começou, sua voz firme —, vou chamar Daphne para vir te examinar. Você não pode continuar assim.
Penélope balançou a cabeça levemente, tentando sorrir, embora a fadiga estivesse claramente estampada em seu rosto.
— Não precisa incomodar ninguém, Colin. Isso é normal... por causa da gravidez.
Ele, no entanto, não parecia convencido. Sua expressão endureceu um pouco, e ele cruzou os braços, sinalizando que não iria ceder tão facilmente.
— Insisto, Penélope. Não é apenas por você. É pelo bebê. Não vou arriscar sua saúde ou a do nosso filho.
Penélope suspirou, sabendo que não conseguiria convencê-lo a deixar o assunto de lado, mas ao mesmo tempo, sentiu um leve conforto em sua insistência. Mesmo exausta, ela sabia que Colin faria qualquer coisa para protegê-la, e isso, de certa forma, a tranquilizava.
Penélope começou a sentir uma tontura repentina e mais forte, o ambiente ao seu redor girando enquanto ela tentava se equilibrar. Colin havia acabado de sair do banheiro para buscar uma toalha, acreditando que um banho talvez ajudasse a baixar a febre que ela começava a apresentar. Ela tentou se apoiar na pia, mas seus joelhos fraquejaram, e tudo ficou escuro rapidamente.
Antes que pudesse cair no chão, Colin voltou a tempo. Ele a segurou firmemente, os braços em torno dela num reflexo rápido, impedindo que sua cabeça batesse no chão.
— Penélope! — Colin exclamou, sua voz carregada de pânico. Ele a levantou com cuidado, puxando-a para seus braços, como se ela fosse feita de vidro. — Fique comigo, por favor...
Com o coração acelerado, ele a carregou de volta para a cama, deitando-a gentilmente, enquanto a observava com o rosto pálido e uma expressão vulnerável. Colin se ajoelhou ao lado dela, pegando sua mão fria.
— Eu vou chamar Daphne agora. Não vou esperar mais — murmurou para si mesmo, seus olhos nunca deixando o rosto de Penélope.
Mesmo enquanto ele pegava o telefone, mantendo-se perto dela, seus pensamentos estavam focados em uma coisa: não perder Penélope nem o bebê.
Colin, em um misto de nervosismo e urgência, discou o número de Daphne, mas quando o telefone finalmente foi atendido, ele ouviu a voz de sua outra irmã, Eloise.
— Eloise? — ele perguntou, surpreso. — Onde está a Daphne?
— Ainda na cerimônia do casamento do Benedict — Eloise respondeu casualmente, sem perceber o tom preocupado de Colin. — Está um pouco ocupada.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Vendida ao Traficante (Polin)
FanfictionSempre apontada como uma perfeita menina da máfia italiana, Penelope Featherigton era adepta aos costumes, tanto que foi criada para ser uma boa filha, e consequentemente, a esposa perfeita. Ela ainda insiste sonhar com um conto de fadas, mesmo que...