disfarces parte 1

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Penélope abriu os olhos lentamente, ainda sentindo o corpo fraco e o estômago revirando. A luz suave do quarto a fez piscar algumas vezes antes de focar na figura de Colin, sentado em uma poltrona ao lado da cama. Ele observava atentamente, e quando percebeu que ela havia despertado, rapidamente se aproximou, com uma expressão de preocupação no rosto.

— Você quer alguma coisa? — perguntou ele, com a voz baixa e suave, tentando não assustá-la.

Penélope fechou os olhos brevemente antes de responder, a sensação de náusea a dominando de repente.

— Pode me levar ao banheiro? Eu... eu preciso vomitar.

Colin, sem hesitar, a ajudou a se levantar com cuidado, segurando-a pelos ombros enquanto a conduzia até o banheiro. O desconforto evidente de Penélope fez com que ele ficasse ainda mais atento, apoiando-a enquanto ela se inclinava sobre a pia.

Quando ela terminou e se recompôs, Colin ainda estava ao lado dela, oferecendo um copo d'água. Ele a observou beber lentamente, seus olhos se fixando nos dela com uma mistura de preocupação e determinação.

— Depois do casamento do Benedict — ele começou, sua voz firme —, vou chamar Daphne para vir te examinar. Você não pode continuar assim.

Penélope balançou a cabeça levemente, tentando sorrir, embora a fadiga estivesse claramente estampada em seu rosto.

— Não precisa incomodar ninguém, Colin. Isso é normal... por causa da gravidez.

Ele, no entanto, não parecia convencido. Sua expressão endureceu um pouco, e ele cruzou os braços, sinalizando que não iria ceder tão facilmente.

— Insisto, Penélope. Não é apenas por você. É pelo bebê. Não vou arriscar sua saúde ou a do nosso filho.

Penélope suspirou, sabendo que não conseguiria convencê-lo a deixar o assunto de lado, mas ao mesmo tempo, sentiu um leve conforto em sua insistência. Mesmo exausta, ela sabia que Colin faria qualquer coisa para protegê-la, e isso, de certa forma, a tranquilizava.

Penélope começou a sentir uma tontura repentina e mais forte, o ambiente ao seu redor girando enquanto ela tentava se equilibrar. Colin havia acabado de sair do banheiro para buscar uma toalha, acreditando que um banho talvez ajudasse a baixar a febre que ela começava a apresentar. Ela tentou se apoiar na pia, mas seus joelhos fraquejaram, e tudo ficou escuro rapidamente.

Antes que pudesse cair no chão, Colin voltou a tempo. Ele a segurou firmemente, os braços em torno dela num reflexo rápido, impedindo que sua cabeça batesse no chão.

— Penélope! — Colin exclamou, sua voz carregada de pânico. Ele a levantou com cuidado, puxando-a para seus braços, como se ela fosse feita de vidro. — Fique comigo, por favor...

Com o coração acelerado, ele a carregou de volta para a cama, deitando-a gentilmente, enquanto a observava com o rosto pálido e uma expressão vulnerável. Colin se ajoelhou ao lado dela, pegando sua mão fria.

— Eu vou chamar Daphne agora. Não vou esperar mais — murmurou para si mesmo, seus olhos nunca deixando o rosto de Penélope.

Mesmo enquanto ele pegava o telefone, mantendo-se perto dela, seus pensamentos estavam focados em uma coisa: não perder Penélope nem o bebê.

Colin, em um misto de nervosismo e urgência, discou o número de Daphne, mas quando o telefone finalmente foi atendido, ele ouviu a voz de sua outra irmã, Eloise.

— Eloise? — ele perguntou, surpreso. — Onde está a Daphne?

— Ainda na cerimônia do casamento do Benedict — Eloise respondeu casualmente, sem perceber o tom preocupado de Colin. — Está um pouco ocupada.

Vendida ao Traficante (Polin)Onde histórias criam vida. Descubra agora