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Penélope se aproximou de Colin, envolvendo o pescoço dele com os braços, inclinando-se para beijá-lo suavemente. O toque dos lábios dela fez com que o coração de Colin disparasse, mas a dúvida ainda o consumia.

— Quem era no telefone? — ele repetiu, tentando manter a calma, embora a tensão no ar fosse palpável.

Ele não conseguia ignorar a sensação de ciúmes que o invadia, lembrando da voz que havia ouvido do outro lado da linha.

— Você está imaginando coisas — Penélope respondeu com um sorriso provocante, dando um passo para trás e deixando o olhar dela deslizar pelo rosto dele. — Eu não tenho mais segredos, Colin.

Colin franziu a testa, incapaz de disfarçar a insegurança.

— Não é isso. Eu ouvi uma voz e parecia...

— Então você deve ter se enganado. — Penélope cortou, com um brilho travesso nos olhos. — Ou quem sabe você só está tentando me provocar.

Ela deu outro passo à frente, sua confiança crescendo.

— E se for verdade? — ele desafiou, seu tom se tornando mais sério. — Se você estivesse escondendo algo de mim?

Penélope sorriu, sabendo que estava jogando um jogo arriscado.

— Ah, Colin, você sabe que nunca esconderia nada de você... a menos que fosse algo divertido.

Colin não pôde deixar de revirar os olhos, mas uma parte dele ficou intrigada. O que mais ela poderia estar escondendo? Ele se viu preso entre a vontade de acreditar nela e a desconfiança que crescia em seu coração.

Colin, impaciente, se aproximou novamente de Penélope, segurando-a pelos braços com delicadeza, mas firmeza suficiente para demonstrar sua frustração.

— Penélope, eu não vou cair nesse seu jogo. Eu ouvi uma voz. Quem era? — Ele a fitava intensamente, esperando que ela finalmente cedesse.

Penélope, porém, manteve a postura tranquila. Com um sorriso enigmático, inclinou a cabeça e respondeu como se a pergunta não tivesse importância.

— Você sabe que eu estava pensando... acho que deveríamos mudar a decoração do seu escritório — disse ela, soltando-se suavemente do toque de Colin e caminhando pelo quarto, fingindo analisar o ambiente com atenção.

— Sério, Penélope? — Colin quase riu, incrédulo com a tentativa dela de mudar o rumo da conversa. — Não me interessa a decoração agora, quero saber quem estava no telefone.

Penélope se virou para ele, cruzando os braços de forma despreocupada, como se ele estivesse sendo teimoso por insistir.

— E o que você acha de uma nova cor nas paredes? Talvez algo mais... caloroso? — Ela ignorava completamente o assunto, mantendo um ar provocador.

Colin suspirou, percebendo que Penélope não cederia facilmente. Cada vez que ele tentava voltar ao ponto, ela mudava de assunto como se estivesse brincando com ele. Isso o deixava dividido entre a frustração e o fascínio.

— Você sabe que eu não vou parar, certo? — Ele deu um passo à frente, diminuindo a distância entre eles, com os olhos fixos nos dela. — Eu vou descobrir, Penélope.

Ela sorriu, como se o desafio de Colin a divertisse.

— Ah, Colin, você sempre foi tão insistente. Acho que é uma das coisas que mais gosto em você.

Penélope deslizou a mão pelo peito de Colin, sua presença eletrificando o ambiente. Em seguida, ela se inclinou, fechando os olhos enquanto sentia o perfume dele, um aroma que sempre a deixava tonta.

Vendida ao Traficante (Polin)Onde histórias criam vida. Descubra agora