Eda Yildiz
- Iaê gostou? - minha mãe pergunta sobre os brincos novos de diamantes que acabou de ganhar de kemal.
- Eles são muito lindos, Melinha. - eles se beijam.
- É, e você também. - sorrindo, falo vendo como os dois são doidos um pelo outro.
- Meu amor, quem está linda é você. Aliás, você está tão bonita que está na hora de conhecer um bom partido, é... daqueles assim - mostra os brincos.- que te dê de presente brincos de diamantes como este; de preferência herdeiro de supermercado, que é pra ficar tudo em família.
Eu reviro os olhos.
Eu mereço isso.
A campainha toca e o kemal vai atender.
- É o serkan.- kemal grita de felicidade e minha respiração acelera.- eles se abraçam.
- Que bom que você veio.- kemal empolgado com a presença do filho. Ele me olha e sorri.
- Tudo bem, Eda? - Eu só sei sorrir.
- Leãozinho, vou guardar os brincos no cofre. - minha mãe nos tira da bolha.
- Melinha? Me faz um favor? Anota a senha do cofre para mim, por gentileza. - kemal pede.
E olhamos para eles.
- Aí, meu amor, quantas vezes eu vou ter que dizer? A senha e o dia em que a gente se conheceu.- eles se olham.
- Aí que fofo.- eu falo abobalhada para eles.
- É, garanhão.- serkan bate nas costas do pai e sorri para ele. É muito bonitinho mesmo.
- Aliás, vou anotar a senha do cofre e passar para vocês dois. - ela pega uma agenda e uma caneta, anota e rasga dois pedaços de papéis.- vai que acontece alguma coisa com a agente, não é, meu amor?
- Credo, mãe, que horror. - bato na madeira.
- É isso mesmo.- ela vem entregar.
- Toma aqui, serkan. - entrega o papel.
— Toma aqui, Eda. - idem comigo.
- Prestem atenção, guardem isso direito, vai que os dois perdem o contato e...- ela não termina a frase por que serkan a interrompe.
- Não Amélia, vai ser difícil eu perder o contato com ela. - ele me olha.
- É... eu também acho.- coro com o modo dele me observar.
De relance vejo o kemal olhando estranho para nós dois.
- VOCÊS...- ele começa e serkan continua o interrompendo.
- Somos ótimos irmãos postiços, pai. - ele sorri debochado.
- Ótimos.- eu repito as palavras e minha mãe ri e olha para o kemal.
- Por falar nisso, eu queria falar com você depois.- arranha a garganta.- em particular, ok?
- Tá, claro. - sorri já sabendo o que ele quer.
Os dois mais velhos nos observam e sorriem.
- Bom crianças, a gente vai dormir. Mamãe diz.
- Comportem-se.- kemal aponta para mim e serkan.- Eu em Leãozinho, os meninos já são bem grandinhos para fazerem bagunça, não é? - sorri.
- Eu quis dizer.- kemal tentou falar, mas minha mãe o puxou.- vamos, você não quis dizer nada, vamos.
- Boa noite, meninos.- os dois se despedem.
E meu coração está a ponto de sair pela boca.
Imaginar ficar sozinha com esse homem.
Jesus me da força.
Nós nos olhamos e sorrimos, serkan passa as mãos sobre a nuca e abaixa a cabeça e em seguida me olha.
- Você está tão bonita assim... bronzeadinha.
Ele vem se aproximando e eu vou me afastando.
- Olha serkan, o que rolou naquele dia. - começo, mas ele me interrompe.
- O que rolou aquele dia foi pouco.
- Han? - coro.
- É Eda, olha para a gente.- faz gestos com a mão entre mim e ele.- Nós temos uma química, vai dizer que não? - me olha nos olhos.
- Eu sei serkan, mas não estou falando disso. - eu começo a rir da carinha que ele faz.
- Ok, eu vou te mostrar.- me puxa pelo pescoço e agarra minha cintura e junta seus lábios aos meus sem me dar chance de protesto.
Ele me beija como se precisasse disso pra viver, como se eu fosse um oásis em meio a um deserto seco e árido; suas mãos me puxam, mas para si, aperta minha bunda e eu escuto barulho e me solto de seus braços.
- Ai… que susto.- pus as mãos no coração.
Era só a cortina batendo no abajur.
- Calma, Eda, você está preocupada com a tua mãe? Preocupada que a Amélia descubra, é isso?
- Claro que sim! Ela já implicava com o Cenk imagina com você, caso ela descubra.
- Espera aí, mas a gente não é irmão, Eda. Nem fomos criados juntos dês de criança, não temos parentesco nenhum. - ele tenta me persuadir.
- Eu sei, mas é meio esquisito, não?
- Eda...
- Olha só, eu acho melhor você ir embora, tá, amanhã eu tenho aula de desenho e tenho que acordar cedo.
- Tá bom.- ele vai em direção a porta e eu estou louca para que ele volte.
Ele me olha...
Ele volta, meu Deus ele volta.
Me beija com volúpia, me deixando desnorteada e me solta.
Eu estou sem saber quem sou.
De onde eu vim?
Para onde eu vou?
Caramba, nunca senti isso na vida.
É bom.
- Boa Noite.- ele diz.
- Boa Noite. - Eu respondo.
Ele some da minha vista.
E é aqui que eu morro.
Esse homem ainda me mata um dia.
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COM UM BEIJO TUDO MUDOU (REVISÃO)
Chick-LitSerkan e Eda eram irmãos adotivos e se tratavam como tal, Eda era uma morena esquentadinha e Serkan era um playboy assumindo. Ele era filho do padrasto de Eda e ela filha da madrasta de Serkan. Ambos viviam suas vidas normalmente até que, seus respe...