Depois de muito trabalho, desci até o térreo de escada para me sentir menos culpada por quase nunca ir à academia, mas me arrependi amargamente ao chegar ao saguão. A falta de sono de algumas noites acordada com o Gael estava cobrando seu preço. Considerei pegar um uber em vez de ir andando para casa quando vi a Mercedes do Joseph parada na calçada. Quando o motorista desceu do carro e me cumprimentou pelo nome, levei um susto e parei de repente no meio da calçada, surpresa.— O senhor Gagliardi me pediu para levá—la para casa — ele informou, muito bem educado com seu terno preto e quepe de chofer. Era um senhor de certa idade, com cabelos baixos e bem cortados , já um tanto grisalhos, olhos âmbar de um tom claro e o jeito de falar de uma pessoa bem instruída.
Pelo tanto que minhas pernas doíam, aquela oferta era mais que bem—vinda.
— Obrigada... Desculpe, esqueci seu nome.
— Augusto , senhorita Chevalier .
Como pude esquecer? Era um nome superlegal, que me fez abrir um sorriso.
— Obrigada, Augusto .
Ele bateu no quepe com os dedos.
— O prazer é todo meu.
Quando me acomodei no banco traseiro depois de ele abrir a porta para mim, pude ver de relance a pistola que carregava em um coldre de ombro sob o paletó. Pelo jeito Augusto , assim como Arthur que trabalhava com meus pais , era guarda—costas além de motorista.
O carro se pôs em movimento, e eu logo perguntei:— Faz muito tempo que você trabalha para o senhor Gagliardi , Augusto ?.
— Já faz 10 anos.
— É um bom tempo.
— Eu o conheço desde muito antes, —ele se dispôs a falar, olhando—me pelo retrovisor. — Eu o levava para a escola quando era apenas um menininho travesso .Quando ficou mais velho, ele me tirou do senhor dos pais dele .
Mais uma vez, tentei imaginar Joseph quando criança. Ele já devia ser bonito e carismático naquela época.
Será que ele havia tido experiências sexuais — normais na adolescência? Não é possível que a mulherada não se jogasse em cima dele desde então. Considerando a criatura inatamente sexual que ele era, eu só conseguia imaginá—lo como um adolescente dos mais tarados.Revirei minha bolsa, encontrei as chaves e me inclinei para deixá—las no assento do passageiro.
— Você pode entregar isso aí Joseph ? Ele vai passar lá em casa depois do compromisso que tem à noite para me pegar , mas dependendo da hora, posso não ouvir se ele bater.
— Claro.
Sebastião abriu a porta para mim quando chegamos e cumprimentou Augusto . Acenei para os dois, e subi para me organizar . O susto que Minha vó tomou ao abrir a porta para mim me fez rir.
— Joseph vai vir aqui mais tarde, expliquei, — mas estou tão cansada que acho que vou tirar um cochilo antes de ir pegar o Gael na casa dele . Deixei minhas chaves pra ele. Voce já comeu vovó? Quer que eu peça comida ?
— Já. Sairei daqui a 20 minutos para tomar umas taças de vinho com minha amiga
— Você é o máximo vovó, quero chegar besta idade assim .
Tomei um banho e liguei para Mia no telefone do quarto, encolhendo—me toda ao ouvir seu tom de voz estridente.
— Faz dias que você não me liga ...
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You Knock On My Door
CasualeHelena deseja se tornar uma grande escritora . Depois que perdeu seus pais quando era jovem e ser criada pela sua avó paterna , ela continua estudando que nem louca e torcendo para ser aceita em uma das melhores editoras de sua cidade . Mesmo tendo...