Dael Vandenbergh

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- Srtª Dael, vai levar pão hoje?

- Bom dia Sr. Karel. Hoje não, está querendo me levar a falência?

- Claro que não Srtª, mas os pães de hoje estão muito bons.

- Estou voltando do jardim, vou direto para casa. Deixa para a próxima Sr.

O Sr. Karel é o melhor padeiro que conheço bem isso aqui no comercio. Compro pão aqui pelo menos duas vezes por semana e venho dar uma olhada nas peculiaridades, os camponeses daqui são bem "criativos".

- Srtª como está sua mãe?

- Bom dia Sra. Hendrina, ela está bem!

- Diga que mandei lembranças.

- Direi sim. Boas vendas Sra. Hendrina.

Sra. Hendrina é um pessoa muito querida, mas todos sabem que ela só tem a floricultura para saber as fofocas sobre os nobres. Ouvi boatos que ela também escreve para o jornal daqui, não duvidaria se fosse verdade, ela com certeza sabe de muita coisa.

O comercio daqui é bem atraente, todos os camponeses da vila vem vender e comprar aqui. O comercio fica próximo à região dos nobres e por isso está indo bem, mas isso nem sempre é uma vantagem. Eles vêm aqui comprar e muitas vezes se eles não gostam acham que tem o direito de destruir tudo e muitas vezes se tentamos no defender, somos levados às autoridades. Aqueles ordinários. Acho injusto isso, pois muitas pessoas vivem do pouco que conseguem vender aqui, a maioria deles tem família para sustentar.

***

Acho melhor lhe contar a história desde o começo, isso significa lhe falar quem eu sou.

Meu nome é Dael Vandenbergh e tenho dezessete (17) anos, nasci em 09 de Outubro de 1934 em um parto em casa e foi o pior parto da minha mãe, bom isso é o que ela diz. Eu tenho dois irmãos, um mais novo e outo mais velhos. O mais novo tem nove anos e nasceu em setembro de 1942 ele se chama Willen Vandenbergh, mas eu o chamo de Uienkop, significa: cabeça de cebola; O cabelo dele está sempre todo espigado, assim como uma cabeça de cebola. Meu irmão mais velho tem dezenove anos e nasceu em março 1932 bem no primeiro dia de primavera. O nome dele é Evert Vandenbergh, o chamo de Broer. Minha mãe se chama Anouk Vandenbergh e eu não sei quando ela nasceu, pois ela nunca me falou muito sobre seu passado, talvez um dia eu lhe pergunte mais. Meu pai, Antonie Vandenbergh, foi convocado para a Grande Guerra em 1939, quando eu tinha apenas cinco anos, depois disso voltou em 1941. Dois meses depois de Uienkop nascer ele foi chamado para a linha de frente, e somente no final da Grande Guerra e que tivemos a triste noticia de que ele tinha dado sua vida bravamente durante um terrível combate.

Nós moramos no lado sul da cidade. Minha família e eu somos praticamente camponeses, mas com o fato de não termos nosso pai os nossos recurso são escassos.

Nossa pequena fazenda fica afastada da cidade de Van de Bloemen City, e aqui nos temos duas vacas: a Lavandinha, a Nuphar Lutea e seu bezerro, que ainda não demos nome. O nosso sustento vem do leite da Nuphar, que fazemos queijo e vendemos no mercado. Também temos uma família de cabras, a Gisele, o Duque e a pequena cabra Lua, e uma galinha a Clotilde; também vendemos os ovos e o leite da cabra e queijo, às vezes ate para os nobres, ouvi dizer que eles fazem até pomadas, mas nunca vi nem rastro disso.

O Broer faz algumas plantações e caça para nos alimentar e para vender um pouco na cidade, não é muito, mas mamãe diz que temos que agradecer, pois temos mais que muita gente. Meu irmão mais novo, Uienkop estuda com minha mãe em casa, já eu larguei os estudo para ajudar minha mãe com a casa, o ultimo inverno foi muito rigoroso.

A única coisa que tenho de meus estudos é um livro, O amor supera a Guerra- Charles Smith, da América que não consigo ler, mas vou ao córrego de um rio aqui perto para olhar as imagens e imaginar uma história.

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⏰ Última atualização: Sep 02, 2022 ⏰

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O amor pelas tulipas A primavera de Van de Bloemen CityOnde histórias criam vida. Descubra agora