Capítulo III

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 Falas em valiriano

Ano 105 D.C

Westeros, King's Landing, Fortaleza Vermelha

A Fortaleza Vermelha mergulhava na sua serenidade noturna habitual, já que a maior parte dos seus habitantes e hóspedes dormiam nos seus aposentos. Apenas alguns criados percorriam os corredores silencioso e os guardas estavam em posição protegendo os membros da família real.

Porém, havia uma pessoa que ainda permanecia acordada aguardando o retorno do seu tio.

Ela não esperou muito, pois, Daemon adentrou o quarto e encontrou a sua sobrinha Visenya deitada na sua cama, com os olhos fixos no teto em silêncio. Num gesto cuidadoso, ele dirigiu-se ao quarto adjacente e retirou a sua armadura, ficando completamente nu.

Retornando para o quarto, ele deslizou para a cama e puxou a cintura dela fazendo com que ela fica-se sobre o seu peito.

- Está tudo bem? Estás inquieta. – declarou, brincando com os dedos dela – O que se passa, amor?

- Sabes quando algo te incomoda mas não sabes o que é? Tenho este sentimento no meu peito, como um aviso que algo irá acontecer.

- Sei sim. – ele apertou o seu braço ao redor da sua cintura, enquanto beijava a sua cabeça.

Visenya mexeu-se nos braços do seu tio, até que estivesse numa posição que a facilitava olhar para ele. Seu dedos foram até ao meio das sobrancelhas do seu tio e suavizou a zona com o seu dedo.

- Não sou a única com algo a me perturbar.

- Estou preocupado... Aemma está a poucos dias de dar à luz o herdeiro perfeito para Viserys. E vê-lo com aquele sorriso estúpido dele com este nascimento dá-me raiva. – ele olhou para ele, que o olhava com atenção ouvindo o seu desabafo – E doí-me ver como o meu próprio irmão me troca, repetitivamente, por Otto Hightower. Ele acredita que eu sou a segunda vinda de Maegor. Eu! – ele soltou uma risada cheia de dor – Eu, que reuni um exército para a sua reivindicação. Eu, que estive com ele em cada aborto que Aemma sofreu.

- Querido... - ela não arranjou palavras para continuar, apenas beijou o seu peito com amor.

- Eu fiz tudo por ele. E sabes como ele me retribui? Mantendo-me preso com a Vaca de Bronze! Me exilando, sempre que eu tento fazê-lo ver as manipulações do Hightower. Se não fosse por ti, e pela Rhaenyra, eu já tinha pegado no Caraxes e ido para Driftmark ou para Essos. Onde não sou considerado um monstro, pelo meu irmão.

- Não precisas de Viserys para nada, tens-me a mim. E, Hightower não é mais a Mão do Rei. – Visenya tentou acalmá-lo com palavras bonitas, mas ela sabia que não podia retirar os sentimentos que estavam a causa-lhe dor – Vamos jogar o nosso jogo, amor.

Ele não resistiu e puxou-a para um beijo bruto mas cheio de sentimentos. Ao se separarem para recuperar o fôlego, Daemon, puxou-a, ainda mais, para o seu peito. Ela aconchegou-se ao seu lado, colocando uma perna sobre as dele.

- Dorme Dae, irei-te acordar antes dos criados entrarem.

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Visenya e Rhaenyra caminhavam lado a lado, seus passos sincronizados enquanto se aproximavam do local onde o torneio aconteceria. Silenciosamente, elas entraram enquanto o rei fazia o seu discurso.

Para desagrado da princesa, ela se viu sentado perto de Alicent, que já havia se acomodado. A presença da melhor amiga de sua irmã parecia lançar uma sombra sobre a atmosfera, e Visenya não pode deixar de sentir uma pontada de desconforto.

|Blood Bath - RevisandoOnde histórias criam vida. Descubra agora