Prólogo

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Ano 89 D.C

Westeros, Baía da Água Negra – Pedra do Dragão

Os gritos agudos de dor e as súplicas desesperadas de Aemma Arryn ecoavam pelos corredores do imponente castelo de pedras negras, alcançando os ouvidos de todos os presentes.

A frágil e jovem princesa consorte estava exausta e esgotada pelas longas e angustiantes horas de trabalho de parto. Seu pequeno corpo, ainda não estava devidamente pronto para uma gravidez, quanto mais um parto.

- Tirem isso de mim. – suplicou ela, em meio às lágrimas e respirações entre cortadas mas foi ignoradas pelo meistre – Por favor... Por favor... tirem isso de dentro de mim.

Afastando as damas de companhia da sua neta, a rainha Alysanne, sentou-se ao lado da sua neta, limpando a sua testa com um pequeno pano molhado.

Lágrimas encheram os olhos dela, mas Alysanne não se permitiu chorar quando os flashback de anos atrás, vieram sem a sua permissão. A sua pequena neta de apenas 13 anos, repetiu as exatas palavras que a sua linda e frágil mãe, Daella, disse quando dava à luz.

- Eu sei que doí, querida, mas preciso que respires profundamente. – tentou tranquilizá-la.

As horas passarem e finalmente o pequeno bebé veio ao mundo. O choro era ensurdecedor mas por um lado reconfortante, preencheu o quarto, trazendo um alívio profundo a Aemma que depois de vários abortos nestes dois anos de casamento.

Enquanto Aemma se recuperava e tentava se recompor, Viserys e o restante da sua família, adentraram o quarto, ele tinha um sorriso suave e acolhedor que dirigiu à sua jovem esposa e olhos brilhando. Aproximando-se do meistre, ele inclinou-se para observar o rosto do seu filho com curiosidade.

- É uma menina, Vossa Alteza. – anunciou o meistre – Como deseja nomeá-la?

O sorriso radiante no rosto do príncipe Viserys desvaneceu-se instantemente. O descontentamento e a frustração não puderam ser disfarçadas, apesar dos seus esforços.

Daemon, o irmão mais novo de Viserys, percebeu o olhar descontente do seu irmão e aproximou-se do bebé, que era agora sua sobrinha. Sua, para amar, para cuidar e proteger.

- Posso nomeá-la, irmão? – perguntou, antes de olhar para a sua prima – Se tiver tudo bem para ti, prima.

- Claro. – responderam ao mesmo tempo.

- Visenya.

Viserys deu um último olhar para a sua filha e sem proferir uma palavra saiu do quarto sendo seguido por Baelon que gritava com o filho.

Aemma deu um fraco sorriso com o nome, mas internamente ela sentiu que estava a ser aberta novamente com o descontentamento de Viserys. As lágrimas escorreram silenciosamente por suas bochechas pálidas, transmitindo a imensidão de sentimentos que a consumiam.

Assim, naquele quarto, os ecos dos gritos deram lugar a um silêncio carregado de deceção e desilusão deixada para trás por Viserys.

Revisado → 24/06/2024

Revisado → 24/06/2024

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01. Modifiquei um pouco o prólogo, mas não mudei a ideia principal. Espero que tenham gostados dos novos detalhes. 

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