+16| Any Gabrielly vai morar com seu pai em Madureira, e conhece Josh, filho do maior traficante da região, e sua vida fica de cabeça para baixo!
Isso é apenas uma adaptação.
História original e da:@camiblaked
História já revisada. Caso tenha algum...
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Quase um mês se passou e eu estou em Salvador. Estamos morando numa parte super calma e tranquila, tudo para a Sina ter uma boa gestação e em paz. A mãe dos meninos, a Úrsula, ela é uma mãezona pra a gente também, e acho que de todo mundo ela é a que mais sofre.
Noah sempre conversa com a Sina, mas nunca fala nada sobre o Josh, é sempre um "Tá na mesma".
Mas mesmo assim eu nunca perdi minhas esperanças, eu sei que ele vai sair dessa, eu sei que ele vai voltar pra mim. Eu sei que ele tá lutando por mim, ele prometeu nunca me deixar sozinha e eu sei que ele tá lutando até o último segundo.
Aqui a casa é simples, mas temos três quartos, um para cada uma. Sina insiste em ficar com um quarto pra ela e a neném. Mas eu queria mesmo decorar um cantinho todo pra ela.
Acordei com a luz do sol no meu rosto, levantei e prendi meu cabelo. Calor do caralho.
Abri a gaveta e peguei um baseado que eu tinha bolado, junto com os outros 369 baseados guardados naquela gaveta. Só assim pra conseguir.
Peguei meu isqueiro e sai do quarto. Sina estava na sala dobrando as roupinhas da neném junto Úrsula.
— Bom dia! — falei.
— Bom dia Any, estamos guardando as coisinhas da Aisha. — Sina falou.
— Bom dia, amor. Vai correr né? — Úrsula perguntou.
— Sim.
— Engraçado que tu sempre corre de baby doll. Tem roupa fitness não? — Sina disse.
— Apertadas demais. — falei. — Noah deu notícias?
— Ainda não ligou. — ela disse e eu senti um aperto no meu coração, como sinto todos os dias.
— Tá bom. Vou indo. — falei.
Fui saindo de casa e comecei a andar pro meu lugar de sempre. Uma praça perto dali, onde tem um lago, várias idosas fazendo pilates e crianças com seus pais. Sento todos os dias afastada de todos e fumo em paz.
Assendi meu baseado e puxei. Comecei a observar tudo ao redor. Como todos os dias.
Senti alguém sentando do meu lado.
— Ai, merda. — Sina disse.
— Não acredito que você andou até aqui, me seguindo e sabendo que não pode fazer isso Sina. — falei. — Tu não pode se esforçar.
— Eu tenho duas coisas pra te falar. — ela disse olhando para a mesma direção que eu.
Apaguei o baseado para o bebê não nascer viciado.
— Fala.
— Por que tá fazendo isso?
— O quê?
— Se acabando na maconha, você não é assim. Nunca foi assim. — ela disse.
— Não tô me acabando na maconha, só fumo pra manter a cabeça no lugar. — falei.
— Tu sabe que não pode ser assim. Any, nāo é aqui que você vai esconder sua dor. Não é assinm.
— Você fala isso porque o Noah te liga todos os dias. — falei.
— E quando ele não liga? Ou quanto ele desliga? A sensação de que vai acontecer algo ruim? — ela disse.
— É a vida.
— Eu sei que existe uma Any além do Josh. Ele também sabia disso. — ela disse.
— Talvez não exista. — falei séria.
— Claro que existe. Não deixa sua felicidade depender de um homem, você tem a vida toda pela frente, Josh nunca iria querer te ver assim, ele se foi mas te fez prometer que iria ser feliz. — ela disse.
— Eu não estou cumprindo, foda-se essa promessa. — respirei fundo. — Por que todo mundo fala que ele se foi? Ele está vivo! O coração dele bate, porra.
— Ele estava assim a três semanas. — ela disse com uma voz de choro.
— O que aconteceu? Como assim estava?
Eu não estava pronta pra ouvir um "Ele não resistiu" não agora.
— Noah ligou logo quando você saiu e disse que ele teve uma melhora. — ela disse e meus olhos ficaram marejados.
Ela tocou no meu braço.
— Se ele acordar, ele não vai ficar feliz em te ver assim. Então por favor, sai dessa caverna, seja mais forte por você mesma. — ela disse. — Ou pela Aisha que tem que ver a dinda guerreira que ela escuta a mamãe falar.
Sorri.
— Tá bom — me agarrei com ela e ficamos ali abraçadas.
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