CAPITULO UM

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Kat

— Papai, estou saindo agora com o Joey — escuto, do outro lado da sala. É a Bianca.

— E quem te deu permissão para sair com esse garoto? — responde meu pai.

Eu realmente não entendo qual a necessidade que minha irmã tem de sair com esse garoto irritante, todos os dias. Para mim, todos os homens são iguais, idiotas e mentirosos, eles não são confiáveis e isso deveria ser um fato, não uma opinião. Por isso prefiro ficar sozinha a ter que me submeter a essa humilhação.

— Mas papai, eu prometo que volto cedo e o Joey é um bom rapaz — assegura ela.

— Não tenho certeza disso querida, não tive uma boa impressão sobre esse garoto, você merece coisa melhor. Olhe para sua irmã, ela sim entende que ainda não é hora para namorar. — diz ele, com uma expressão de satisfação em seu rosto.

— Isso não é justo, a Kat não namora porque nenhum garoto quer ela.

— O que? — a interrompo, furiosa — Eu não namoro porque não tenho interesse em perder meu tempo com garotos idiotas e cujo único interesse é qual a próxima festa que irão comparecer.

A Bianca tem essa mania irritante de achar que o mundo gira em torno de meninos e querer que eu pense igual a ela, eu odeio isso.

— Meninas se acalmem, isso não precisa virar uma discussão. — indaga meu pai, tentando nos acalmar.

— Isso não vai virar uma discussão, porque eu não vou perder o meu tempo tentando explicar para a Bianca que existem coisas mais interessantes no mundo que babar o ovo de idiotas. — respondo.

— Se é isso que você pensa, tudo bem. — diz ela, com um tom de mágoa.

— Bia, não foi isso que eu quis dizer! — tento reparar meu erro.

Posso ter exagerado e ter soado muito fria, mas quando a Bianca começa com esse papo de que é preciso ter um namorado, é irritante o suficiente para eu me descontrolar.

Ouço a campanhia tocar, é o Joey, claro.

— Oi Joey, sinto muito, mas acho que não tenho muitas chances de sair com você hoje. - diz ela, o recebendo.

— Como não gatinha? Eu até peguei o carro do meu pai emprestado só para te impressionar.

Que mesquinho.

— Senhor, eu prometo que a trago em segurança e não vou deixar nada de ruim acontecer com a Bianca, eu juro. — promete ele.

— Não sei rapaz, a Bianca ainda não tem a idade apropriada para ter um namorado. — retruca meu pai.

— Mas papai! Eu já tenho dezesseis anos e tenho maturidade o suficiente para namorar. — diz ela, choramingando.

— Não tenho certeza disso querida. — diz ele, com uma expressão pensativa — Tive uma ótima ideia! Você poderá namorar, contanto que sua irmã também tenha um namorado e te acompanhe nas festas.

— O que? — responde ela, com um tom de choque e indignação — Mas essas condições são praticamente a mesma coisa de dizer que eu nunca vou poder namorar!

— Sinto muito querida, mas essas são as condições.

— Obrigada pai, agora vou ser infernizada todo dia para encontrar um namorado, obrigada mesmo! — digo irritada e subo para o meu quarto.

— Me desculpe Joey, talvez eu o convença da próxima vez — escuto, das escadas.

— Tudo bem gatinha, eu tenho um plano. — diz ele soltando um beijo no ar e se retirando da minha casa.

Nem imagino que plano seja esse, e nem quero.

10 coisas que eu odeio em você Onde histórias criam vida. Descubra agora