DESTINO (Cap.20)

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     Osman logo após ser procurado pela polícia na casa dos seus pais e ter fugido, continuou por um tempo andando a esmo por São Paulo para tentar uma aproximação de Seher mas por medo de ser pego pela polícia que estava no seu encalço ou então pelos seguranças que Yaman tinha colocado para tomar conta dela, resolveu ir para fora do Brasil. Usou os favores de um amigo e conseguiu viajar em um navio levando apenas o dinheiro que tinha extorquido do pai de Seher em nome do falso detetive contratado para procurar por Kevser na França. Ficou na França por um tempo e depois mudou-se para a Itália, mas nunca deixou de lado a obsessão que tinha por Seher desde os tempos de escola quando a conheceu através de Kevser que era sua colega de classe, e a cada dia bolava um novo plano para pegá-la. Quando seu dinheiro acabou começou a fazer alguns trabalhos para a máfia local mas foi descoberto desviando dinheiro e para não morrer teve que sair às pressas de onde estava e então resolveu voltar para o Brasil.

- " Hora de te pegar de volta minha Seher! Você é minha e só minha... de mais ninguém..." – ele pensava enquanto estava escondido no compartimento de cargas de um navio que ele entrou sem nem mesmo saber o destino, apenas para não morrer nas mãos da máfia. Passou muitos dias no mar com uma alimentação bem escassa e seu estado de saúde mental que já não estava boa, piorou bastante. Quando enfim chegou ao porto de São Paulo, logo se dirigiu ao endereço de um amigo que sempre o ajudava nas coisas erradas, onde conseguiu um carro e então foi em direção a mansão a tempo de ver quando Seher, Kevser e Neslihan saíam. -Eu voltei minha Seher... agora vamos ser felizes juntos! – Ele fala para si mesmo enquanto as seguia de longe, aguardando uma oportunidade para agir. 

    As moças totalmente alheias ao perigo continuavam seu caminho felizes. Pararam em uma loja de vestidos de noiva e algumas horas depois saíram e se dirigiram ao Shopping para a escolha de lingeries para a noiva e aproveitavam para comprar para elas mesmas para agradar seus respectivos maridos. Passaram muito tempo andando de loja em loja, se divertiram muito, sempre sob olhos atentos dos seguranças que mais pareciam leões de guarda, frustrando os planos de Osman naquele dia. Já era final do dia quando resolvem ir para casa e seguem para o elevador para irem em direção ao estacionamento. Seher sente um calafrio ao entrar no ambiente, como se seu sexto sentido estivesse a alertando de algo, mas logo Kevser fala algo com ela e ela afasta o pensamento ruim. Haviam outras pessoas no elevador e entre elas, Osman, que puxou o chapéu escondendo boa parte do rosto e como estava de barba não foi reconhecido pela moça, assim ele conseguiu a informação de onde poderia agir com mais facilidade.

-Seher, Yaman te falou do baile amanhã no Country Club?

-Falou sim Neslihan! Ele disse que iríamos pois teriam muitos investidores e parceiros da construtora e da transportadora... ai Allah... eu esqueci de comprar um vestido para a ocasião... que cabeça a minha!

-Você pode usar um vestido meu se quiser... trouxe alguns, não sabia se poderia precisar!

-Ah irmã! Que bom que está aqui! Você sempre me salvando!

-Eu é que estou feliz por te reencontrar irmã! Senti muito sua falta! – As irmãs se abraçam assim que saem do elevador, deixando Osman tramando um plano para o baile do dia seguinte.As moças chegam em casa e cheias de sacolas e felizes com o dia que tiveram.

-Pelo sorriso encantador em seu rosto imagino que o dia foi ótimo! – diz Yalcin abraçando Kevser e logo uma vozinha infantil se faz ouvir.

-Mamãaaaeeee!! – Yusuf corre para os braços da mãe e os três se sentam para conversarem um pouco e matar a saudade.

-Como foi o seu dia minha bonequinha? – Yaman que tentava parecer calmo vai de encontro a sua esposa com o coração apertado de saudades. – Senti muito sua falta hoje! Acho que não consigo mais ficar um dia inteiro sem sentir o seu cheiro ou beijar sua boca! – ele sussurra no ouvido dela enquanto a abraça e a beija de leve, contendo a vontade de a carregar para o quarto.

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